Foz do Amazonas: Petrobras (PETR4) não desiste e prepara resposta para o Ibama
Companhia vai enviar novos dados para tentar obter a licença ambiental que permitirá a exploração da região.

A Petrobras (PETR4) ainda acredita na exploração da Foz do Amazonas, mesmo depois de técnicos do Ibama recomendarem mais uma vez o veto ao projeto.
Para técnicos do Ibama, a Petrobras ainda não apresentou uma "alternativa viável que mitigue, satisfatoriamente, a perda de biodiversidade, no caso de um acidente com vazamento de óleo".
🧾 Por isso, o órgão pediu que a estatal apresente mais esclarecimentos e dados sobre o plano de proteção à fauna local. Só depois que essas informações forem apresentadas e avaliadas é que o Ibama deve emitir a decisão final sobre o assunto.
Procurada pela reportagem, a Petrobras disse que sua equipe técnica "está detalhando cada questionamento para responder ao Ibama".
A companhia ainda disse que vê "um importante avanço no processo de licenciamento do bloco FZA-M-59, Amapá Águas Profundas".
🗣️ "A Petrobras está otimista e segue trabalhando na construção da nova unidade de fauna no Oiapoque, com o entendimento que é possível realizar a APO (avaliação pré-operacional) para a obtenção da licença para a perfuração em águas profundas no Amapá", disse, em nota.
A companhia mostrou confiança no projeto depois que o Ibama reconheceu, em nota, que a estatal reduziu os tempos de resposta e atendimento à fauna local nos seus últimos estudos, apesar do posicionamento duro dos seus técnicos.
Além disso, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, sinalizou à "Folha de S. Paulo" que o licenciamento ambiental pode avançar caso a Petrobras construa uma base de apoio, para resposta em caso de acidente, nas proximidades do local em que devem ser perfurados poços exploratórios.
No ano passado, Agostinho seguiu o entendimento dos técnicos do Ibama e negou a licença ambiental que permitiria a exploração da região. A Petrobras recorreu e, com isso, pôde apresentar novos estudos ao Ibama, reabrindo a análise.
Leia também: Petrobras (PETR4) obtém decisão favorável em ação ligada à Lava Jato na Holanda
Margem Equatorial
⛽ A foz do Amazonas faz parte da Margem Equatorial, área que pode ter reservas de até 30 bilhões de barris de petróleo e gás, segundo as estimativas do governo. Por isso, a estatal e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendem a exploração da região.
O projeto, no entanto, é visto com cautela por especialistas, por causa dos seus riscos ambientais. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, por exemplo, já disse que a nova decisão do Ibama sobre o assunto "será técnica e livre de interferência política".
Diante desse impasse, a Petrobras já admitiu que não será possível dar início à exploração da foz do Amazonas neste ano. Segundo a estatal, mesmo que o Ibama conceda a licença ambiental, as atividades exploratórias só devem começar em 2025.

PETR4
PetrobrásR$ 30,47
-6,34 %
15,69 %
16.97%
5,08
0.98

Petrobras (PETR4) faz último teste na Margem Equatorial, antes de concessão
Estatal avalia a capacidade de resposta a incidentes na exploração de petróleo em alto mar.

Novo presidente do Conselho da Petrobras (PETR4): quem é Bruno Moretti e o que muda
O executivo assume o cargo no lugar de Pietro Adamo Sampaio Mendes, que deixou a função para integrar a diretoria da ANP.

Estatais batem recorde e faturam R$ 1,3 tri em 2024; Petrobras (PETR4) freia lucro
Apesar disso, o lucro líquido caiu 41%, somando R$ 116,6 bilhões no período, puxada pela redução do resultado da Petrobras.

O que disse a Petrobras (PETR4) à CVM sobre iniciativas de etanol?
A empresa destacou que o plano de negócios 2025-2029 prevê investimentos no setor de etanol.

Petrobras (PETR4): Prazo para receber dividendos acaba hoje
No total, serão distribuídos R$ 8,7 bilhões em dividendos e JCP intercalares.

Presidente do Conselho da Petrobras (PETR4) renuncia para assumir vaga na ANP
Em comunicado oficial, a companhia destacou que Mendes agradeceu o apoio recebido durante sua gestão.

Petrobras (PETR4) paga hoje 1ª parcela de dividendos e JCP
Terão acesso ao pagamento os acionistas posicionados na B3 até 2 de junho de 2025 e na NYSE até 4 de junho.

Petrobras (PETR4) descarta Raízen (RAIZ4) e deve focar no etanol de milho
Na noite desta segunda-feira (18), a Petrobras negou ter qualquer estudo ou projeto relacionado à Raízen, seja no setor de etanol ou de distribuição.