Fiagros ganham destaque no mercado e superam R$ 38 bi em patrimônio

De acordo com o documento, a indústria encerrou o ano passado com 97 Fiagros, representando um crescimento de 106%.

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Publicado em 01/04/2024 às 14:21h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 01/04/2024 às 14:21h Atualizado 1 mês atrás por Matheus Rodrigues

💰 O relatório divulgado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta segunda-feira (1), revelou um aumento significativo no número de Fiagros (fundos de investimentos nas cadeias produtivas agroindustriais) em 2023, em comparação com o ano anterior.

De acordo com o documento, a indústria encerrou o ano passado com 97 Fiagros, representando um crescimento de 106%.

O patrimônio líquido desses fundos também registrou um incremento expressivo, alcançando R$ 38 bilhões até dezembro de 2023, o que representa um aumento de 262%. Dentre os Fiagros, os Fiagros-FII se destacam, concentrando 45% desse patrimônio.

Além disso, essa categoria também foi a mais representativa em termos de quantidade de fundos, totalizando 50% do total.

🌾 David Menegon, gerente de Securitização e Agronegócio da CVM, destacou que o crescimento do agronegócio continua acima da média, refletindo as oportunidades desse mercado no mercado de capitais.

No entanto, apesar do crescimento em 2023, os Fiagros listados em Bolsa enfrentaram turbulências no início de 2024, resultando em rentabilidade negativa para os investidores em março.

Algumas dificuldades foram relacionadas a problemas de inadimplência, que afetaram até mesmo as cotas de Fiagros que não relataram desafios no último trimestre.

Especialistas apontam que a quantidade ainda limitada de investidores contribuiu para acentuar a turbulência nesses papéis no último mês.

🚜 Até dezembro, 64% dos Fiagros tinham entre 2 e 5 mil cotistas, enquanto apenas 12 fundos já possuíam mais de 15 mil cotistas.

Quanto aos investimentos dos Fiagros, mais da metade (55%) está alocada em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), com imóveis (16%) e direitos creditórios (15%) em seguida.

Esse panorama demonstra a diversificação dos investimentos dentro dessa modalidade, apesar dos desafios enfrentados no mercado.