Esta ação pode subir 30%, segundo o Bradesco BBI; veja qual é

O banco acredita que a queda de 30% nas ações não seja justificável neste momento.

Publicado em 17/03/2025 às 14:55h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 17/03/2025 às 14:55h Atualizado 1 mês atrás por Elanny Vlaxio

O preço-alvo é de R$ 17 (Imagem: Shutterstock)

💲 Após o tombo de 30% das ações da Natura (NTCO3) no pregão da última sexta-feira (14), o Bradesco BBI reiterou sua recomendação outperform (equivalente a compra) para os papéis da empresa, com o preço-alvo de R$ 17, sendo um potencial de valorização de 30%.

A queda das ações, segundo o banco, foi motivada pela revisão para baixo do lucro por ação, pelas novas estimativas para os resultados da empresa e pela nova abordagem de 'vender primeiro, perguntar depois'.

Embora o Bradesco BBI acredite que o tombo nas ações não seja justificável neste momento, o banco reconhece, em seu relatório, que há razões para uma desvalorização.

“A gestão atribuiu grande parte da queda na margem bruta à Argentina, mas sem quantificar. Argumentaram que a margem bruta da Natura&Co LatAm teria se expandido consideravelmente ano a ano se excluíssemos a Argentina. Ainda não está claro para nós se a pressão na margem bruta da Argentina é mais de natureza contábil ou operacional, e se há algum carregamento para 2025”, diz o relatório.

💰 Para o banco, os fatores que levaram à queda significativa do preço da ação na sexta-feira podem não estar exclusivamente relacionados às revisões, mas sim a expectativas 'desancoradas' e a uma menor inclinação dos investidores em conceder o benefício da dúvida.

“Permaneceremos vigilantes e continuaremos tentando entender mais precisamente as perguntas pendentes que são chave para revisar as estimativas”, diz o relatório. Além do BBI, outro banco também acredita que as ações da NTCO3 podem disparar,e, para mais, em 79%.

Segundo os analistas do banco, o mercado demonstrou preocupação excessiva com as margens pressionadas, deixando de lado a aceleração da receita da NTCO3. A varejista apresentou um crescimento de 63,1% neste item no quarto trimestre em relação ao ano anterior.

“A receita líquida acelerou, impulsionada pelo forte crescimento da marca Natura, mais do que compensando um desempenho mais fraco da Avon (embora já esperado por alguns). No entanto, esse ponto positivo do balanço acabou sendo ofuscado por tendências de margem mais fracas”, comentou o banco.

🏦 Os analistas dizem ainda que a parte da redução da margem de lucratividade pode estar ligada ao crescimento acelerado das receitas, uma vez que a empresa preferiu um ganho menor para aumentar as vendas.