Em meio a discussão sobre cisão do Google (GOGL34), ações caem nos EUA

Empresa enfrenta ação do governo contra monopólio

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Publicado em 09/10/2024 às 12:45h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 09/10/2024 às 12:45h Atualizado 1 mês atrás por Wesley Santana
Sede do Google, nos Estados Unidos (Imagem: Shutterstock)
Sede do Google, nos Estados Unidos (Imagem: Shutterstock)

📈 As ações da Alphabets (GOGL34), controladora do Google, caem quase 2% nesta quarta-feira (9). Em Nasdaq, os ativos são negociados em cerca de US$ 162,80, segundo dados da bolsa de valores.

No Brasil, o desempenho segue no mesmo ritmo, com o BDR recuando quase 1% desde o início da manhã. Atualmente, cada título é negociado por menos de R$ 75 na B3.

A queda nas ações veio depois da notícia de que o governo dos Estados Unidos estuda pedir que o Google faça duas grandes mudanças em seu modelo de negócio. A primeira é abrir a aloja de aplicativos Google Store para a concorrência e a segunda é tonar o navegador Chrome independente.

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"Por mais de uma década, o Google controlou os canais de distribuição mais populares, deixando os rivais com pouco ou nenhum incentivo para competir com os usuários", disseram autoridades antitruste no documento. "Remediar completamente esses danos requer não apenas acabar com o controle do Google sobre a distribuição hoje, mas garantir que o Google não possa controlar a distribuição amanhã”, completaram.

Em resposta ao órgão, o Google destacou que a solicitação vai muito além dos limites legais e que a abertura da loja de aplicativos para outros apps impactaria no preço dos dispositivos. "O alcance excessivo do governo em uma indústria em rápida evolução pode ter consequências negativas não intencionais para a inovação americana e os consumidores americanos”, pontuou a vice-presidente de assuntos regulatórios do Google, Lee-Anne Mulholland.

Apple na UE

🗺 O Google não é a única empresa que está sendo investigada por monopólio nos Estados Unidos. Recentemente, a Apple também foi processada pela Justiça local por práticas anticompetitivas que teriam lesado consumidores e programadores. 

O Departamento de Justiça alegou que a fabricante de smartphones usou sua linha de iPhones para aumentar preço dos serviços e prejudicar empresas menores. No geral, as assinaturas de aplicativos feitas a partir de dispositivos da Apple são mais caras, pois as empresas precisam pagar altas taxas para hospedar seus serviços nos servidores da companhia. 

"Os consumidores não devem ter de pagar preços mais elevados porque as empresas violam as leis anticoncorrenciais", destacou o procurador-geral americano, Merrick Garland, em um comunicado. "Se não tiver oposição, a Apple só vai continuar a reforçar o seu monopólio dos smartphones".

Em março, quando a notícia veio a público, as ações da Apple também reagiram mal, caindo mais de 4%. Nesta terça, os papeis são negociados por cerca de US$ 227, segundo dados de Nasdaq, nos EUA.