Dólar fecha ano a R$ 6,18, com alta de 27,3% em 2024

Desde 19 de dezembro, o Banco Central fez uma série de intervenções.

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Publicado em 30/12/2024 às 18:14h - Atualizado 2 dias atrás Publicado em 30/12/2024 às 18:14h Atualizado 2 dias atrás por Elanny Vlaxio
Esse desempenho representa o maior aumento anual desde 2020 (Imagem: Shutterstock)
Esse desempenho representa o maior aumento anual desde 2020 (Imagem: Shutterstock)

🪙 O dólar encerrou o ano de 2024 com uma valorização expressiva de 27%, atingindo a cotação de R$ 6,18. Esse desempenho representa o maior aumento anual desde 2020, quando a pandemia da Covid-19 provocou uma alta de 29% na moeda norte-americana.

Embora não tenha encerrado o ano em seu pico máximo, a moeda norte-americana superou seu recorde histórico nominal em nove ocasiões distintas ao longo de 2024. 

📊 Esses recordes se concentraram nos meses de novembro e dezembro, com quatro recordes consecutivos entre os dias 27 de novembro e 2 de dezembro, seguidos por mais dois nos dias 6 e 9 de dezembro, e outros três entre os dias 16 e 18 de dezembro, quando a cotação atingiu o ápice de R$ 6,27.

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Desde 19 de dezembro, o Banco Central fez uma série de intervenções no mercado cambial, com o objetivo de conter a apreciação do dólar. Essas ações mantiveram a cotação da moeda abaixo de seu recorde histórico. Em um novo leilão realizado hoje, por volta das 14h, o Banco Central aceitou propostas no valor de US$ 1,815 bilhão, contribuindo para uma leve depreciação do dólar em 0,22%.

💸 O real está entre as moedas que mais se desvalorizaram em 2024, com o desempenho do dólar. O peso argentino liderou o ranking das moedas com maior valorização real em 2024, registrando um acréscimo de 44,2% nos primeiros onze meses do ano. Por outro lado, o peso argentino superou a lira turca, que apresentou uma valorização de 21,2% no período analisado. 

Em contrapartida, o real brasileiro exibiu o pior desempenho entre as moedas comparadas, com uma depreciação superior a 10%, considerando os efeitos inflacionários, segundo dados do Financial Times analisados pela consultoria GMA Capital com base em informações do Banco de Compensações Internacionais.