Dividendos extras ou recompra de ações? Vale (VALE3) tem uma preferência para 2025
Companhia discutiu suas estratégias com analistas nessa quarta-feira (28).

Oscilando na bolsa, a Vale (VALE3) deve privilegiar recompras de ações neste ano, deixando para depois o pagamento de dividendos extraordinários aos seus acionistas.
A preferência pelas recompras foi revelada pela diretoria da empresa em reunião com analistas nessa quarta-feira (28).
📉De acordo com o Itaú BBA, a administração da Vale considera as recompras "mais atraentes do que os dividendos extraordinários" devido aos "níveis deprimidos dos preços das ações".
Os papeis da mineradora caíram quase 32% em 2024 e ainda não se recuperaram do tombo. Na verdade, o saldo de 2025 é negativo em cerca de 1,7%.
Por isso, o ativo vem sendo negociado por volta dos R$ 55, bem distante do pico de R$ 92 registrado em 2022.
A Genial Investimentos observou que não houve "progresso significativo" no valuation após as "eliminações de excessos", como o acordo de reparação de danos de Mariana, a renegociação das concessões ferroviárias e a escolha do novo CEO.
Além disso, a pressão sobre os preços do minério de ferro e as incertezas sobre o crescimento chinês no atual cenário de guerra comercial pesam sobre as ações. Afinal, a China é a maior consumidora da commodity.
Leia também: Quais ações brasileiras os gestores estão mais comprados e vendidos em 2025?
Dívida
Para o BTG Pactual, a preferência por recompras faz sentido diante dessas cotações. O banco ainda observou que a companhia deve focar na redução da sua alavancagem no segundo semestre deste ano, o que pode limitar retornos extraordinários de caixa.
💲 O CFO da Vale, Marcelo Bacci, já havia dito que a empresa pretende reduzir a dívida líquida expandida, que alcançou US$ 18,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025, para um patamar abaixo de US$ 15 bilhões.
Bacci indicou, então, que só depois disso é que os dividendos extraordinários entrariam no radar da empresa. Ele garantiu, no entanto, que a companhia seguirá pagando os dividendos mínimos previstos na sua política de remuneração aos acionistas. Ou seja, 30% do EBITDA ajustado menos o investimento corrente.
Cabe lembrar ainda que, em fevereiro deste ano, a Vale aprovou a recompra de até 120 milhões de ações ordinárias em um prazo de 18 meses. Isto é, 3% dos papeis que estavam em circulação à época.
Dividend Yield
Diante da preferência por recompras, Itaú BBA e BTG projetam um DY (dividend yield) de 8% para a Vale neste ano.
💰 Já a Genial Investimento acredita que a Vale pode entregar um rendimento de dividendos de 9% em 2025 e de 10% em 2026.
A casa disse ainda que "o caso permanece ancorado em valuation atrativo, disciplina operacional e capacidade de adaptação a um novo ciclo de mercado".
Falando em adaptação, a Vale indicou aos analistas que está ajustando seu mix de produtos para enfrentar o cenário atual, de possível redução da demanda chinesa e de menor apetite do mercado por produtos de alta qualidade.
Recomendações
Com esse entendimento, a Genial reiterou a recomendação de compra para as ações da Vale, com um preço-alvo de R$ 61,50.
Da mesma forma, o Itaú BBA manteve a recomendação outperform (equivalente à compra) para o papel, mas com um preço-alvo de R$ 74.
O Safra também recomenda a compra de VALE3, mas cortou o preço-alvo do papel de R$ 72 para R$ 68, segundo o "Money Times".
O banco creditou a revisão a menores projeções nos resultados de níquel e nos preços do minério de ferro.
Vale ressaltar, contudo, que o novo preço-alvo do Safra ainda implica em um potencial de valorização de 26% do papel, em relação ao fechamento dessa quarta-feira (28).
Já o BTG Pactual têm uma recomendação neutra. O banco diz que gostou da mensagem da administração e acredita que a companhia está focada em entregar uma boa execução e controle de custos. Contudo, aguarda mais clareza sobre o cenário global antes de revisar suas projeções. Este também é o posicionamento da XP.

VALE3
ValeR$ 52,23
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