Depois do Brasil, Makro vai deixar a Argentina e pede R$ 1 bilhão pelos ativos

Decisão acontece 35 anos depois de desembarcar no país vizinho

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Publicado em 26/08/2024 às 12:42h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 26/08/2024 às 12:42h Atualizado 2 meses atrás por Wesley Santana
Makro é subsidiário de um grupo holandês (Imagem: Shutterstock)
Makro é subsidiário de um grupo holandês (Imagem: Shutterstock)

🛒 Uma das principais redes de atacarejo do mundo, o Makro decidiu deixar a Argentina na última semana. A decisão parte da queda do consumo massivo que o país vizinho enfrenta nos últimos anos, mas que se intensificou em 2024.

Os controladores do atacado estão em conversa com grupos empresariais locais na tentativa de vender o ativo por US$ 200 milhões, equivalente a mais de R$ 1 bilhão. A empresa não confirmou as negociações, mas a imprensa argentina obteve acesso a documentos que comprovam as conversas.

A saída do mercado argentina acontece um ano depois que a rede também deixou o Brasil, Venezuela e Peru. O grupo holandês SHV estaria em um processo de desinvestimento na América Latina e, agora, só mantém as operações da Colômbia.

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Na Argentina, só em agosto, houve uma queda de 18,5% no consumo das famílias, motivada pela alta do custo de vida e da disparidade dos salários. Esse, portanto, é o cenário indicado para que empresas de varejo -que são as mais impactadas- realizem estruturações de negócio. 

É importante destacar que, diferente de quando o Makro desembarcou na América do Sul, hoje varejo alimentar é bastante distinto. Além das redes de supermercado que se espalharam pelas grandes cidades, há também o modelo de negócio conhecido como mercado de proximidade, em que as unidades são inauguradas cada vez mais próximas dos consumidores.

A rede Makro é uma subsidiária da SHV Holding que está presente em 74 países operando diferentes marcas. A empresa desembarcou na Argentina em 1988.