Datafolha: Marçal avança e empata com Boulos e Nunes na liderança

📊 A corrida eleitoral para a prefeitura de São Paulo está esquentando e se mostrando uma das mais imprevisíveis dos últimos anos.

Faltando apenas 45 dias do primeiro turno, uma nova pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha nesta quinta-feira (22) trouxe uma reviravolta significativa no cenário político da maior cidade do Brasil.

O empresário e influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) surpreendeu ao conquistar um aumento de 7 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, realizada há duas semanas.

Esse crescimento expressivo o colocou diretamente na disputa pela liderança, agora empatado tecnicamente com dois outros candidatos de peso: o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Marçal, que agora detém 21% das intenções de voto, tem utilizado uma estratégia de campanha focada em sua presença digital e em propostas que prometem inovação e renovação na gestão pública, cativando principalmente o eleitorado jovem e aqueles que buscam alternativas fora do eixo político tradicional.

Boulos e Nunes

Enquanto Marçal avança, Guilherme Boulos, líder do PSOL e conhecido por sua atuação em movimentos sociais, manteve-se na liderança com uma leve oscilação positiva, passando de 22% para 23% das intenções de voto.

Apesar de ter se consolidado como um dos favoritos desde o início da campanha, Boulos agora enfrenta um cenário mais competitivo, onde cada voto pode fazer a diferença na reta final.

O prefeito Ricardo Nunes, que busca a reeleição pelo MDB, viu sua base de apoio encolher, com uma queda de 23% para 19% nas intenções de voto.

Mesmo assim, ele ainda se mantém na disputa acirrada, empatado tecnicamente com Marçal e Boulos.

Nunes tem enfatizado sua experiência administrativa e a continuidade de projetos na cidade como seus principais trunfos, mas a redução em seu percentual indica que os eleitores estão buscando novas opções.

Outros candidatos e oposição

Na quarta posição, o jornalista e apresentador José Luiz Datena (PSDB) registrou um declínio significativo em seu desempenho, caindo de 14% para 10% nas intenções de voto.

Datena, que entrou na corrida com a promessa de representar uma voz independente e popular, parece estar enfrentando dificuldades em manter sua base de apoio em meio à polarização crescente.

Tabata Amaral (PSB), deputada federal conhecida por seu trabalho na área da educação, manteve relativa estabilidade, oscilando de 7% para 8%. Sua candidatura tem atraído eleitores que buscam uma renovação política com foco em pautas sociais e progressistas.

Por fim, Marina Helena (Novo), que defende uma agenda liberal com foco em eficiência administrativa e redução do tamanho do Estado, permanece com 4% das intenções de voto, sem alterações em relação à pesquisa anterior.

📈 Confira os percentuais de intenção de voto:

• Guilherme Boulos (PSOL): 23%
• Pablo Marçal (PRTB): 21%
• Ricardo Nunes (MDB): 19%
• José Luiz Datena (PSDB): 10%
• Tabata Amaral (PSB): 8%
• Marina Helena (Novo): 4%
• Branco/Nulo: 8%
• Não sabe: 4%

Análise e Impacto na Eleição

A pesquisa do Datafolha, realizada entre os dias 20 e 21 de agosto de 2024, com 1.204 eleitores da cidade de São Paulo, traz à tona um cenário de alta volatilidade e imprevisibilidade.

Com uma margem de erro de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, o estudo mostra que a disputa está em aberto, e os próximos dias serão cruciais para os candidatos.

O crescimento de Pablo Marçal revela a força das campanhas digitais e a busca do eleitor por alternativas fora do tradicional espectro político.

Enquanto isso, Boulos e Nunes precisam reforçar suas bases e conquistar novos eleitores para garantir uma vaga no segundo turno.

Datena, Tabata Amaral, e Marina Helena, embora mais distantes da liderança, ainda têm chances de reverter a situação, dependendo do andamento de suas campanhas e das próximas pesquisas.

📊 O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou a pesquisa sob o número SP-08344/2024, reforçando a importância de acompanhar os desdobramentos dessa eleição, que promete ser uma das mais disputadas da história recente de São Paulo.