CVM dá ultimato e pede que Marisa (AMAR3) refaça balanços dos últimos 3 anos; entenda
Rede de moda terá de republicar resultados de 2022 a 2024; decisão envolve provisões tributárias e se soma a multa milionária do Procon-MG

Nesta sexta-feira (3), a Marisa (AMAR3) informou ao mercado que recebeu um comunicado da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) pedindo a republicação dos balanços trimestrais. O órgão ligado ao governo federal quer obter mais informações sobre uma das subsidiárias da rede de varejo de moda.
Segundo o documento, a empresa terá de refazer os resultados financeiros divulgados entre os anos de 2022 e 2024. Estão no pedido tanto as informações publicadas a cada trimestre quanto as demonstrações financeiras anuais.
O foco da CVM com esse pedido está nas provisões sobre processos tributários que envolvem a M Serviços Ltda. Essa empresa é uma controlada direta da Marisa, responsável pela oferta de serviços nos balcões das lojas da rede.
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A autarquia entende que os novos documentos com os dados são importantes para que os investidores saibam quais são as obrigações futuras da companhia. Por isso, indica que devem ser republicados com m projeções de pagamentos que podem ocorrer futuramente.
“A companhia está analisando os termos da decisão da área técnica da CVM e avaliando as medidas a serem eventualmente adotadas, inclusive no que se refere à apresentação de recurso, com pedido de efeito suspensivo”, afirmou.
No último balanço anual publicado pela Marisa, a consultoria BDO ressaltou que o passivo não circulante estava subavaliado, além do patrimônio líquido superavaliado em mais de R$ 195 milhões. Os auditores também apontaram que o prejuízo subavaliado era de R$ 4,09 milhões.
Multa milionária
Se já não bastasse a decisão da CVM, nesta semana, a Marisa foi multada em mais de R$ 1 milhão pelo Procon-MG. O órgão alega que a empresa infringiu o Código de Defesa do Consumidor com práticas abusivas.
Segundo investigações, a empresa estaria incluindo, sem autorização, diversos serviços nas faturas de clientes que têm o cartão de crédito da loja. Ainda, a marca dificultava o cancelamento desses produtos e naõ realizava o estorno quando solicitado pelos clientes.
Por meio de nota à imprensa, a companhia esclareceu que o processo se refere a fatos que aconteceram antes de 2018 e que já foram analisados pela Justiça, que indeferiu as ações. A empresa reiterou o compromisso com a conformidade legal e pede a revisão do caso, com base em situações anteriores.

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