COP29 termina com acordo de US$ 300 milhões; Brasil recebe próxima edição
Entidades dizem que financiamento dos países ricos é abaixo do necessário

Terminou neste domingo (25), a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29) realizado em Baku, no Azerbaijão. Os países ricos chegaram a um consenso de aportar até US$ 300 milhões em financiamento global para o assunto.
🛢 Essa edição da conferência foi realizada em um dos países que tem sua economia baseada no petróleo, portanto, já havia uma expectativa de que os impactos do evento seriam menores. No entanto, o valor anunciado pelo grupo é bem inferior ao que foi apontado como necessário, que era de US$ 1 trilhão.
Além disso, os participantes deixaram lacunas sobre a origem do montante para o financiamento, podendo sair desde órgãos públicos a empresas privadas. "Esse objetivo não é o que esperávamos alcançar. Depois de anos de discussões, não é ambicioso para nós", disse Evans Njewa, diplomata do Malawi e chefe do bloco dos Países Menos Desenvolvidos.
Os países subdesenvolvidos são os que menos contribuem para a geração de gases poluentes, mas os que sentem em maior escala os resultados das mudanças climáticas. Por isso, o sul global defende que essa é uma dívida que as nações desenvolvidas -a maioria do Hemisfério Norte- tem de oferecer financiamentos para a pauta.
"Nenhum país conseguiu tudo o que queria, e deixamos Baku com uma montanha de trabalho ainda a fazer. Portanto, este não é o momento para voltas de honra", disse o chefe da agência climática da ONU, Simon Stiell, em um comunicado.
Por outro lado, os países que participam do acordo parabenizaram o resultado. “Marca uma nova era”, definiu Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. “Graças em parte aos esforços incansáveis de uma forte delegação dos EUA, o mundo chegou a um acordo histórico", comemorou Joe Biden, presidente dos EUA.
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Greenpeace rechaça
Uma das entidades mais importantes no segmento de combate às mudanças climáticas, o Greenpeace rechaçou o acordo da COP29. A ONG ponderou que este foi um acordo “lamentavelmente inadequado” que não atende as necessidades anuais para o enfrentamento da crise global.
“O acordo final também inclui buracos decepcionantes nos mercados de carbono e pouca ação climática, embora não represente um retrocesso na decisão da COP28 de abandonar os combustíveis fósseis. O resultado final em Baku eliminou, no último minuto, frases que incluíam o princípio do "poluidor-pagador", o que desanimou ainda mais a sociedade civil e os países que já sofrem o impacto da crise climática”, diz comunicado do Greenpeace.
COP30 no Brasil
🏳 Com o encerramento da edição no Azerbaijão, o Brasil começa os preparativos para a próxima edição que será realizada em Belém do Pará, em novembro de 2025. Segundo o Ministério do Meio Ambiente e da Mudança Climática, um dos diferenciais da edição será o Pavilhão do Oceano, destinado a destacar o papel crítico do oceano e promover parcerias para governança sustentável neste tema.
“Já temos trabalhado incessantemente nas obras e na capacitação de Belém para receber a COP30. Agora, seguiremos nos encontros permanentes com o secretariado da ONU para Mudança do Clima nas mais de 25 frentes de trabalho que temos em comum para realizar a Conferência do ano que vem”, diz secretário extraordinário para a COP30, Valter Correia.

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