Controle de dividendos: Haddad descarta como resposta ao tarifaço de Trump
Nos bastidores da política, já se ventilava estudo para limitar remessa de dividendos de companhias americanas.

O Ministério da Fazenda afastou oficialmente neste sábado (19) o temor de que os dividendos pagos por empresas americanas com operações no Brasil poderiam ser retidos como forma do governo Lula retaliar o tarifaço de 50% contra os produtos brasileiros destinados aos Estados Unidos a partir do próximo dia 1º de agosto, conforme promessa de Donald Trump.
Em nota, a pasta declarou que o ministro Fernando Haddad nega que o governo brasileiro esteja avaliando a adoção de medidas mais rigorosas de controle sobre os dividendos, “e reafirma que essa possibilidade não está em consideração”.
Nos bastidores políticos, a informação de que Haddad rejeitou a possibilidade da adoção de medidas de controle de dividendos foi divulgada inicialmente pelo Estadão Broadcast.
O final de semana tem sido bastante movimentado na política nacional, com repercussões à operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que levou à imposição de tornozeleira eletrônica e proibição de uso das redes sociais no último dia 18 de julho.
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Além do tarifaço
Parte dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República e seus familiares tiveram os seus vistos de entrada nos EUA revogados por iniciativa de Trump.
Já o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), saiu em defesa dos membros da Suprema Corte atingidos pela repreensão da Casa Branca, episódio que só complica uma solução diplomática para as tarifas comerciais contra o Brasil.
Vale recordar que o produto brasileiro mais comprado pelos americanos é o petróleo. Só no primeiro semestre deste ano, foram US$ 2,37 bilhões em vendas. Além disso, as exportações de ferro, aço, café e aeronaves também chegaram à casa do bilhão.
No curto prazo, as principais empresas brasileiras nesses setores observam suas ações em tendência de queda na B3, casos de Petrobras (PETR4) e Embraer (EMBR3), que recuam −5,64% e −6,28%, respectivamente, nos últimos 30 dias, conforme dados do Investidor10.

PETR4
PetrobrásR$ 31,42
-4,55 %
15,69 %
16.41%
5,23
1,01

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