Como lucrar na renda fixa em 2026? Analistas já têm estratégia pronta

BTG Pactual mostra como aproveitar Selic em 15% ao ano, além de ganhos com marcação a mercado.

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Publicado em 24/11/2025 às 16:44h - Atualizado Agora Publicado em 24/11/2025 às 16:44h Atualizado Agora por Lucas Simões
Selic vai cair em 2026, mas ainda pode demorar um pouco mais que o previsto (Imagem: Shutterstock)
Selic vai cair em 2026, mas ainda pode demorar um pouco mais que o previsto (Imagem: Shutterstock)
Quanto antes o investidor planejar sua estratégia para a renda fixa em 2026, melhor aproveita as oportunidades ao longo do caminho, quanto evita os movimentos de manada na bolsa de valores. Por isso, analistas do BTG Pactual (BPAC11) já têm uma estratégia de alocação bem definida.
É claro que nada é escrito em pedra no mercado financeiro, mas dadas as circunstâncias atuais nesta reta final de 2025, o banco adota uma posição moderada em pós-fixados, maior otimismo em indexados à inflação e uma visão cautelosa em relação aos prefixados.
Traduzindo esse economês, significa que ainda dá tempo de aproveitar pelos próximos meses os rendimentos elevados pagos pelos títulos de renda fixa atrelados à Selic e ao CDI, que remuneram em torno de 15% ao ano. A equipe do BTG Pactual espera que a Selic encerre 2026 no patamar de 12% ao ano.
"Mesmo sob forte atratividade do retorno de 15% ao ano, historicamente o CDI apresenta a pior performance 12 meses prospectivamente em algum momento antes do ciclo de corte de juros. Vale ressaltar que, caso o cenário de desaceleração mais clara do mercado de trabalho não ocorra, esta classe pode retornar ao nível neutro, caso seja necessário", comenta Álvaro Frasson, economista e estrategista macro do BTG Pactual, em relatório.
Portanto, o dinheiro aplicado em investimentos como o Tesouro Selic, o título público com liquidez diária, ou CDBs pagando, pelo menos, 100% do CDI, ainda deve garantir retornos consistentes aos poupadores, embora outros indexadores de renda fixa tendam a entregar muito mais em 2026.
Conforme ferramenta do Investidor10, o CDB emitido pelo Banco Digimais, oferecendo taxa de 115% do CDI, traz um dos maiores retornos entre os investimentos pós-fixados no momento. O dinheiro permanece aplicado até 6 de outubro de 2031 e conta com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

Lucro com marcação a mercado

Enquanto emprestar dinheiro aos bancos por meio de CDBs, LCAs e LCIs não conta com efeitos da marcação a mercado, os títulos públicos que financiam o governo brasileiro no Tesouro Direto podem oferecer oportunidades de lucro com marcação a mercado aos investidores, a depender da trajetória das taxas.
É por isso que os títulos indexados à inflação (IPCA+) com vencimentos no longo prazo são os favoritos do BTG Pactual, dado que as expectativas de inflação (ainda que marginalmente melhores) seguem desancoradas para os próximos 12 meses, compondo fundamentos atrativos para o posicionamento tático em Tesouro IPCA+.
"Seguimos com duration média de 7 anos no perfil balanceado, estratégia que pode ser implementada com uma alocação barbell: compra de um título com vencimento curto e outro longo, a fim de compor a duration objetivo do portfólio", explica o estrategista do BTG Pactual.
Logo, não adianta apostar todas as fichas em um título de renda fixa tão arriscado como o Tesouro Renda+ 2065, apenas pensando em lucrar com a marcação a mercado, à medida que as taxas tendem a cair ao longo de 2026 e o preço unitário do investimento venha a se valorizar. O banco indica que o dinheiro seja distribuído entre diferentes prazos de vencimento.
Atualmente, o Tesouro Direto conta com três diferentes prazos de vencimento em títulos indexados à inflação: Tesouro IPCA+ 2029, Tesouro IPCA+ 2040 e Tesouro IPCA+ 2050. Então, ainda dá para apostar nos vencimentos de longuíssimo prazo, compensando com distribuição em prazos de menor vencimento.
Há oportunidades em IPCA+ em investimentos como CRAs, CRIs e debêntures, que também são marcadas a mercado. Todavia, pela sua baixa liquidez do mercado, quem empresta dinheiro diretamente às empresas corre o risco de só conseguir resgatar o dinheiro no vencimento e não conseguir aproveitar ganhos no meio do caminho, fora o risco de calote sem a proteção do FGC.

BPAC11

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