Com saída de Warren, Berkshire sangra 5% no pregão
Resultados da companhia no 1T25 também impactam movimento das ações

No primeiro pregão depois do anúncio de saída de Warren Buffett da cadeira de CEO, as ações da Berkshire Hathaway (BERK34) despencaram. Em NYSE, os papéis caíram 5,1%, fechando o dia cotados em US$ 512.
📈 No Brasil, o movimento não foi diferente, com os BDRs recuando na mesma proporção e finalizando o dia em R$ 145,65. No acumulado deste ano, o ticker fracionado negociado direto na B3 acumula alta de 4,6%.
O movimento acontece como uma reação do mercado à última reunião anual da companhia, quando Buffett oficializou sua saída do comando da empresa de investimentos. Depois de seis décadas à frente dos negócios, no fim de 2025 ele se desloca para o cargo de chairman e Greg Abel, já aprovado na manhã desta segunda, assume como novo presidente da companhia.
“Eu ainda estarei por perto e serei útil em alguns casos, mas a palavra final será dada por Greg em qualquer assunto. Greg não sabia disto até agora. Ele será o CEO e ponto”, disse Buffett.
Além disso, a reação também está relacionada aos resultados de BERK34 no primeiro trimestre de 2025, que ficaram abaixo do esperado pelo mercado. O lucro líquido recuou 14% na comparação anual, para US$ 9,64 bilhões, enquanto a receita variou ligeiramente para US$ 89,7 bi ante a projeção dos analistas que era de US$ 90,8 bilhões.
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Apesar dos números trimestrais, o fato é que a jornada de Warren foi fundamental para que a marca atingisse os números que atingiu. Desde 1964, as ações da empresa acumulam uma valorização de 5.500.000%.
Por isso, diversos líderes e empresários homenageiam o investidor de sucesso, que se aposenta deixando um lugar importante para o mercado financeiro. “Jamais houve alguém como Warren”, escreveu Tim Cook, da Apple, nas redes sociais, após o anúncio surpresa da saída de Buffett. “Inúmeras pessoas, incluindo eu, foram inspiradas por sua sabedoria”, completou.
“Warren Buffett representa tudo o que há de bom no capitalismo americano e na própria América — investir no crescimento do país e de suas empresas com integridade, otimismo e bom senso”, disse Jamie Dimon, diretor-executivo do JP Morgan. “Aprendo com ele até hoje e me orgulho em chamá-lo de amigo”.
Aos 94 anos, Buffett é uma das pessoas mais ricas do mundo, com um patrimônio de US$ 154 bilhões, segundo ranking da Forbes. No último sábado, ele destacou que não tem a intenção de vender suas ações, mas que deve doá-las gradativamente ao longo dos meses.

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