China rebate EUA e restringe exportações de peças para semicondutores

As restrições à exportação abrangem elementos como gálio, antimônio e germânio.

Author
Publicado em 03/12/2024 às 11:01h - Atualizado 4 meses atrás Publicado em 03/12/2024 às 11:01h Atualizado 4 meses atrás por Elanny Vlaxio
As exportações também serão submetidas a um processo de revisão mais rigoroso (Imagem: Shutterstock)
As exportações também serão submetidas a um processo de revisão mais rigoroso (Imagem: Shutterstock)

Em retaliação às restrições impostas pelos Estados Unidos na segunda-feira (2) ao setor tecnológico chinês, a China anunciou nesta terça-feira (3) novas medidas de controle sobre a exportação de componentes essenciais para a produção de semicondutores.

🗣️ Conforme comunicado do Ministério do Comércio chinês, as restrições à exportação abrangem elementos como gálio, antimônio e germânio. Esses materiais possuem aplicações em tecnologias de uso dual, ou seja, com potencial tanto para fins civis quanto militares.

O ministério chinês informou ainda que as exportações de grafite, outro componente essencial para a fabricação de semicondutores, serão submetidas a um processo de revisão mais rigoroso, com o objetivo de verificar os usos finais e os destinatários finais dos produtos.

"Para salvaguardar os interesses de segurança nacional e cumprir com as obrigações internacionais como a não proliferação, a China decidiu reforçar os controles da exportação em artigos de uso dual para os Estados Unidos", justificou.

Leia também: Trump ameaça tarifar Brics em 100%, entenda  

O governo chinês estabeleceu que a partir de agora, a exportação desses componentes para os Estados Unidos estará condicionada à obtenção de uma licença específica. Além disso, a exportação para qualquer finalidade militar está terminantemente proibida.

Em comunicado divulgado na segunda-feira, o Departamento de Comércio norte-americano anunciou a implementação de novas restrições às exportações de semicondutores e insumos para sua fabricação destinados à China. 

💬  No momento, a venda de tais produtos para 140 empresas chinesas, incluindo fabricantes de chips como Piotech e SiCarrier, bem como a Naura Technology, que produz equipamentos para a fabricação de semicondutores, estará condicionada à obtenção de uma autorização específica do departamento.

Com o objetivo de proteger a segurança nacional, a administração Biden adotou medidas para restringir a exportação de chips de ponta para a China, que poderiam ser utilizados para desenvolver tecnologias militares avançadas e sistemas de inteligência artificial.  

O ministério chinês, no entanto, acusa Washington de ter "politizado e transformado em arma as questões econômicas, comerciais e tecnológicas".

China também fez alerta 

⚠️ A China também emitiu um forte aviso aos Estados Unidos na segunda-feira (2), alertando-os contra qualquer ação que possa ser interpretada como cruzamento da "linha vermelha" em relação a Taiwan. 

E exigiu, ainda, que Washington cesse todo o apoio às forças que defendem a independência da ilha. Os comentários feitos na segunda-feira pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, foram feitos após a visita do presidente de Taiwan, Lai Ching-te, ao Havaí no sábado (30).