China e EUA concordam em prolongar trégua tarifária
O anúncio chega alguns dias após duas novas decisões envolvendo os dois países.

China e Estados Unidos finalizaram nesta terça-feira (29), em Estocolmo, na Suécia, o 2º e último dia das conversas comerciais. As equipes negociadoras chegaram a um entendimento de que irão trabalhar para prolongar a trégua tarifária de 90 dias estabelecida em 14 de maio de 2025.
Segundo o principal negociador comercial chinês, Li Chenggang, “ambos os lados continuarão a pressionar pela extensão contínua da pausa na parte de 24% das tarifas recíprocas do lado dos EUA, bem como pelas contramedidas do lado chinês”.
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💬 O anúncio chega alguns dias após duas novas decisões envolvendo os dois países. A primeira é que os Estados Unidos suspenderam as restrições às exportações para a China de softwares de design de chips e produtos de etano. As gigantes do setor Synopsys, Cadence Design Systems e Siemens, inclusive, informaram que restabeleceram o acesso de clientes chineses.
Além disso, os EUA e a China chegaram a um acordo para acelerar o envio de terras raras produzidas no país asiático. O Ministério do Comércio da China informou que os dois países “confirmaram os detalhes” da estrutura do acordo. Com isso, a China avaliará e autorizará as exportações de produtos controlados “de acordo com a legislação”.
Relembre o caso
A disputa começou em fevereiro, quando os Estados Unidos impuseram uma sobretaxa de 10% sobre produtos chineses, além dos 10% já existentes. Em 2 de abril, o presidente Donald Trump anunciou tarifas recíprocas, adicionando uma nova alíquota de 34% sobre produtos da China, o que elevou o total para 54%.
A China respondeu na mesma medida, com uma tarifa de 34% sobre produtos norte-americanos. A Casa Branca, então, elevou novamente as taxas, desta vez em 50 pontos percentuais, chegando a 104%.
💰 Após a China sinalizar uma elevação para 84% nas tarifas contra os EUA, o governo Trump subiu novamente sua tarifa para 145%. “Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato”, escreveu Trump em sua rede social.
Como contra-ataque, a China elevou suas tarifas para 125% e criticou duramente os EUA, afirmando que as tarifas se tornarão “uma piada”: “Mesmo que os EUA continuem a impor tarifas mais altas, isso deixará de fazer sentido econômico e se tornará uma piada na história da economia mundial”.
Em 15 de abril, a Casa Branca declarou que a China enfrentaria tarifas de 245% sobre produtos que entram nos EUA, justificando a medida como reação às represálias chinesas. Posteriormente, Trump anunciou que as tarifas seriam “substancialmente” reduzidas, mas que não chegarão a ser eliminadas. Em maio, os EUA e a China fecharam um acordo para reduzir, por 90 dias, as tarifas recíprocas entre os dois países.
Pelo acerto, os EUA diminuíram suas tarifas de 145% para 30%, enquanto a China reduziu de 125% para 10%, até o dia 14 de maio. Já em junho, Trump e Xi conversaram pela 1ª desde o início da guerra comercial. Segundo Trump, os presidentes haviam concordado em resolver as diferenças relacionadas às tarifas.

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