CEO da Itaúsa (ITSA4) diz que dividendos não estão no patamar ideal
Durante o "Panorama Itaúsa", Alfredo Setubal destacou que empresas do portfólio precisam reduzir alavancagem e nível de investimentos
O CEO da Itaúsa (ITSA4), Alfredo Setubal, afirmou, nesta terça-feira (10), que os dividendos da empresa não estão no patamar desejado pela companhia, por questões de investimentos e alavancagem das controladas. A fala do executivo foi dita durante o "Panorama Itaúsa", evento online promovido pela empresa para tratar sobre as estratégias e perspectivas da holding.
"Em termos de dividendos, estamos em um vale. Essas empresas [controladas da Itaúsa] têm investimentos muito grandes, então os dividendos hoje são menores do que o que a gente queria que fosse, mas a gente acredita que reduzindo a alavancagem das empresas, reduzindo o nível de investimento que elas são obrigadas a fazer nesse momento, esse fluxo de dividendos virá", afirmou Setubal.
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O executivo destacou que a diversificação da Itaúsa ajuda a empresa a ser resiliente nos momentos mais atípicos da economia, já que enquanto algumas companhias do portfólio sofrem, outras conseguem performar bem, mesmo em cenários adversos.
"A grande âncora da Itaúsa é o Itaú Unibanco, que representa 85% dos nossos ativos. Nesses últimos anos, as grandes oportunidades vieram nas privatizações, concessões e por isso entramos fortes no setor de infraestrutura, como com a CCR. O Itaú também vem muito bem, sabe enfrentar a nova concorrência e nas áreas mais industriais, como Dexco e Alpargatas, sofrem um pouco mais. Com a taxa de juros alta, há uma queda setorial de vendas muito grande. A alpargatas sofre também com a queda de renda da população nos últimos anos, mas de qualquer forma temos um mix importante e relevante, com marcas fortes e estamos bem posicionados", destacou Setubal.
Segundo o executivo da Itaúsa, o ciclo de investimentos da holding foi encerrado no ano passado, com a aquisição de participação na CCR. O momento, então, é de maturação e acompanhamento dos investimentos, além do foco em redução de dívida das empresas do grupo. Isso porque há empresas em diferentes momentos.
"Temos que entender melhor o momento de cada empresa. Estruturamos uma grande área para acompanhar esses investimentos para que a gente possa ter mais condições de saber se essas empresas estão com valuations corretos, se estão indo bem... o momento atual é de consolidação do portfólio e de redução de dívida. Temos uma agenda de redução de dívida que é importante neste momento de taxa de juros mais altas", finalizou Setubal.
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