Casas Bahia (BHIA3) faz acordo de recuperação extrajudicial
Pedido foi negociado com credores e permitirá o alongamento de uma dívida de R$ 4,1 bilhões.

A Casas Bahia (BHIA3) entrou com um pedido de recuperação extrajudicial para a reestruturação de uma dívida de R$ 4,1 bilhões. O pedido foi formalizado no domingo (28), depois de ser acordado com os principais credores da companhia.
💰 Em comunicado ao mercado, a Casas Bahia destacou que a recuperação extrajudicial vale apenas para a dívida de R$ 4,1 bilhões, referente a debêntures e CCBs (Cédulas de Crédito Bancário) emitidas nos últimos anos. Logo, não afeta as demais obrigações da companhia.
"A recuperação extrajudicial tem escopo limitado e não impactará as demais dívidas da Companhia, inclusive operacionais com fornecedores e parceiros, as quais continuarão sendo honradas regular e tempestivamente nos seus respectivos vencimentos, sem qualquer interrupção ou descontinuidade. A recuperação extrajudicial também não impactará adversamente quaisquer outras obrigações da Companhia perante seus demais stakeholders, incluindo seus clientes e colaboradores", afirmou.
🤝 Segundo a Casas Bahia, o plano foi aprovado por credores detentores de aproximadamente 55% do crédito de R$ 4,1 bilhões. Por isso, será estendido para os demais credores cobertos por essa dívida.
"A recuperação extrajudicial é uma ferramenta legal inspirada no modelo 'prepack' para implementação de reperfilamentos de dívida previamente acordados entre devedores e credores, de forma a vincular ao acordo credores dissidentes ou ausentes titulares de créditos abrangidos pelo plano", explicou.
Alongamento da dívida
O acordo de recuperação extrajudicial prevê o alongamento e a redução do custo médio da dívida de R$ 4,1 bilhões. Com isso, a Casas Bahia vai deixar de desembolsar R$ 4,3 bilhões até 2027.
A Casas Bahia previa o pagamento de R$ 4,8 bilhões até 2027 para amortizar a dívida. Com o acordo, contudo, terá que pagar apenas R$ 0,5 bilhão nesse período, deixando o restante dos desembolsos para os três anos seguintes (de 2028 a 2030). O prazo médio de pagamento subirá, então, de 22 para 72 meses.
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"O Plano contempla o alongamento do cronograma de amortização dos Créditos Sujeitos, incluindo uma carência de 24 meses para pagamento de juros e de 30 meses para pagamento de principal, e prazo total de amortização de 78 meses (6,5 anos)", detalhou.
Além disso, a companhia prevê uma economia de até R$ 60 milhões por ano em juros de dívida. É que o custo da dívida era de CDI + 2,7%, mas passará para CDI + 1,0% a 1,5% com o acordo.
Os credores que apoiaram a recuperação ainda terão a possibilidade de converter parte dos créditos em participação societária na companhia, no prazo entre 18 a 36 meses após a aprovação do plano.
O pedido de recuperação extrajudicial foi aprovado por unanimidade pelo Conselho de Administração da Casas Bahia, mas será levado para ratificação dos acionistas em assembleia geral extraordinária a ser convocada pela companhia.

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