Bets passam YouTube e WhatsApp e são 2º maior destino da internet do Brasil

No início da regulamentação, as bets alcançaram 55 milhões de acessos diários.

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Publicado em 08/07/2025 às 10:01h - Atualizado 16 horas atrás Publicado em 08/07/2025 às 10:01h Atualizado 16 horas atrás por Elanny Vlaxio
Os homens representam dois terços do total de apostadores em 2024 (Imagem: Shutterstock)
Os homens representam dois terços do total de apostadores em 2024 (Imagem: Shutterstock)

O monitoramento do tráfego da internet feito pelo SimilarWeb revelou que as bets, ou casas de apostas, já ultrapassaram plataformas como Youtube e WhatsApp no Brasil em número de acessos, sendo o 2º maior destino da internet do Brasil.

Nas últimas semanas o Google anunciou a liberação de aplicativos de casas de apostas legalizadas na Play Store, aumentando ainda mais esse acesso. Estão liberadas, corridas de cavalo, apostas esportivas, loterias e jogos de azar online.

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Logo no mês de janeiro, início da regulamentação, as bets alcançaram 55 milhões de acessos diários. O volume aumentou mês a mês, chegando a uma média de 68 milhões por dia em maio, mês mais recente com dados disponíveis.

Somente nesse mês, as casas de apostas registraram 2,7 bilhões de visitas, ficando atrás apenas do Google (4,9 bilhões). Na lista dos mais acessados, aparecem também YouTube (1,3 bilhão), Globo (765 milhões), WhatsApp (759 milhões) e TikTok (740 milhões).

Quem são as pessoas que apostam?

Os homens representam dois terços do total de apostadores em 2024, é o que apontou pesquisa da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). A geração Z, com idades entre 16 e 28 anos, é a mais presente entre os usuários de aplicativos de apostas, com 25% de participação.

Em seguida, vêm os millennials (29 a 43 anos), com 21%. A geração X (44 a 63 anos) e os boomers (acima de 64 anos) registram percentuais menores, com 6% e 2%, respectivamente. Em relação ao perfil socioeconômico, a classe D/E é a menos envolvida nas apostas, com 10%. Já nas classes C e A/B, os percentuais são de 17% e 16%.

Ainda em 2024, 37% da população brasileira, cerca de 59 milhões de pessoas, investiu em produtos financeiros. A maioria desses investidores pertence à classe C (46%), tem renda familiar mensal média de R$ 6.299, possui ensino médio completo (42%) e reside principalmente na região Sudeste (51%).