Banco vê potencial de R$ 17 bi com vendas de ativos da Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4)

De acordo com o BofA, as companhias concentram seus esforços em reduzir o endividamento e alongar prazos de vencimento das dívidas.

Author
Publicado em 30/05/2025 às 16:18h - Atualizado 11 horas atrás Publicado em 30/05/2025 às 16:18h Atualizado 11 horas atrás por Matheus Silva
Para a Cosan, o BofA manteve o preço-alvo em R$ 14, o que implica um potencial de valorização de 77% (Imagem: Shutterstock)
Para a Cosan, o BofA manteve o preço-alvo em R$ 14, o que implica um potencial de valorização de 77% (Imagem: Shutterstock)

🚨 O Bank of America (BofA) reiterou na última quinta-feira (29) sua visão otimista para Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4), destacando avanços importantes no processo de reestruturação financeira das companhias.

Em relatório assinado pelas analistas Isabella Simonato e Julia Zaniolo, o banco reforçou a recomendação de compra para ambos os papéis, embora tenha revisado o preço-alvo de Raízen de R$ 3 para R$ 2,70 — um ajuste que reflete os resultados recentes e os desafios operacionais enfrentados pela empresa.

Para a Cosan, o BofA manteve o preço-alvo em R$ 14, o que implica um potencial de valorização de 77% em relação à cotação atual.

Segundo as analistas, a estratégia de desalavancagem das duas empresas segue no caminho certo, apoiada por um time sólido de gestão e pela qualidade dos ativos.

Venda de ativos como principal gatilho

De acordo com o BofA, as companhias concentram seus esforços em reduzir o endividamento e alongar prazos de vencimento das dívidas.

Esse processo já teria avançado consideravelmente na Cosan, que reduziu a dívida líquida em cerca de R$ 6 bilhões após a venda de sua participação na Vale (VALE3) e recompra de dívidas, com custo médio ajustado para CDI+0,91%.

No caso da Raízen, o cenário ainda exige atenção. Apesar do aumento da dívida bruta no último trimestre, impactado por consumo elevado de capital de giro, o banco projeta melhorias a partir do próximo ano fiscal, com redução do capex e ganhos de eficiência operacional.

Segundo o relatório, a venda de ativos continua sendo o principal gatilho para a destrava de valor nas ações.

A Cosan sinalizou conversas avançadas em projetos de M&A, enquanto a Raízen prepara a alienação de ativos estratégicos, incluindo usinas de moagem de cana e o negócio de distribuição de combustíveis na Argentina — este último avaliado como o de maior potencial para geração de caixa.

➡️ Leia mais: Itaú (ITUB4) anuncia JCP de R$ 0,33 por ação; veja quem tem direito

Potencial bilionário com alienações

As analistas do BofA estimam que a venda de ativos da Raízen pode somar entre R$ 10 bilhões e R$ 17 bilhões, dependendo das condições de mercado e dos múltiplos aplicados.

Veículos de imprensa apontam que grandes tradings globais como Trafigura e Glencore estariam entre os interessados nos ativos de combustíveis na Argentina.

Para o banco, a perspectiva de sucesso nessa frente, somada ao perfil sólido de ativos das duas empresas, sustenta a visão positiva de longo prazo, apesar do cenário de curto prazo mais desafiador, principalmente para a Raízen.

📉 Nesta sexta-feira (30), as ações da Cosan caíam cerca de 1,43%, cotadas a R$ 8,27, enquanto os papéis da Raízen caíam 1,01%, negociados a R$ 1,96, por volta das 16h.

CSAN3

COSAN
Cotação

R$ 8,30

Variação (12M)

-37,92 % Logo COSAN

Margem Líquida

-25,18 %

DY

5.44%

P/L

-1,41

P/VP

1,96