Banco do Brasil (BBAS3) pode liberar dividendos extras em 2026, indica CFO
Possibilidade veio à tona diante da expectativa de que os resultados do banco melhorem no próximo ano.
O Banco do Brasil (BBAS3) deve pagar menos dividendos neste ano, devido à crise do agronegócio. Contudo, pode reajustar o payout ou até liberar dividendos extras em 2026, caso consiga melhorar seus resultados.
🏦 O recado foi dado nesta quarta-feira (24) pelo CFO do BB, Geovanne Tobias, em reunião com analistas e investidores realizada em Nova York.
No encontro, o Banco do Brasil tentou mostrar ao mercado que vem trabalhando para melhorar os seus resultados. Tanto que já espera sinais de recuperação no balanço do quarto trimestre de 2025, com uma retomada do crescimento em 2026.
Diante dessa expectativa, Geovanne Tobias foi questionado sobre os dividendos do banco e adiantou que a instituição pode rever a meta de remuneração aos acionistas caso seja bem-sucedida nessa estratégia de retomada.
Dividendos extras ou payout maior?
Segundo o CFO do BB, tudo vai depender das perspectivas de resultados. Mas, caso a estratégia atual atinja os resultados esperados, o banco vai entregar lucros maiores e, por isso, poderá avaliar melhor a sua política de dividendos em 2026.
💰 Neste caso, o banco teria duas opções principais para elevar a remuneração aos acionistas, ainda de acordo com o CFO. Uma delas é voltar a ajustar o payout, que caiu de 40%-45% para 30% neste ano. A outra, liberar dividendos extras.
"Isso não significa que, dependendo dos resultados extras que eu possa ver acontecendo, eu não possa pagar dividendos extras", declarou Tobias.
Para ele, esta seria uma opção de elevar o retorno aos acionistas ao longo do próximo ano sem ter de se comprometer com um payout mais elevado já no início de 2026.
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BB vê recuperação a partir do 4T25
A estratégia de recuperação do Banco do Brasil passa tanto pela renegociação de dívidas rurais e da revisão dos critérios de concessão de crédito, quanto pela diversificação de negócios, com uma presença maior no mercado de crédito pessoa física, por meio do consignado privado e do cartão de crédito, por exemplo. E esse plano ainda tem o apoio de medidas recentes do governo, como a MP (Medida Provisória) que vai liberou R$ 12 bilhões para a renegociação de dívidas rurais.
Na avaliação da instituição, essas medidas estão pavimentando o caminho para uma retomada do crescimento e da rentabilidade em 2026. Contudo, já devem permitir que alguns sinais de recuperação apareçam no balanço do quarto trimestre de 2025, como o arrefecimento da inadimplência e uma redução, mesmo que ligeira, das provisões.
Para este terceiro trimestre, contudo, a expectativa ainda é de um resultado pressionado, pois as provisões contra perdas seguem acima dos níveis históricos por causa dos riscos vistos no segmento do agronegócio. Segundo Tobias, o próximo balanço será semelhante ao do segundo trimestre, quando o lucro da instituição afundou 60,2%.
Apesar desse aviso, a expectativa de uma melhora a partir do quarto trimestre parece ter animado os investidores. Isso porque as ações do Banco do Brasil operam em leve alta na B3 nesta quarta-feira (24), enquanto o Ibovespa e os demais bancos recuam.
BBAS3
Banco do BrasilR$ 21,25
-10,16 %
4,19 %
6.24%
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