B3 tem o menor número de empresas listadas desde abril de 2021
Bolsa brasileira ainda deve perder mais uma empresa nos próximos dias: a Cielo.

A bolsa brasileira perdeu 12 companhias nos últimos 12 meses e, com isso, atingiu o menor número de empresas listadas em mais de três anos.
Segundo dados divulgados nesta terça-feira (13) pela B3 (B3SA3), 429 empresas estavam listadas na bolsa brasileira ao final de julho deste ano de 2024.
📉 O número de empresas listadas caiu 2,7% em relação a julho de 2023, quando era de 441. E é o menor desde abril de 2021, quando a B3 também contava com 429 empresas listadas.
O recuo ocorre em meio à maior seca de IPOs (Initial Public Offering, ou Oferta Pública Inicial) dos últimos 20 anos na B3, mas também diante da saída de diversas empresas da bolsa brasileira.
Leia também: Ibovespa atinge os 132 mil pontos, maior nível desde janeiro
A B3 não é palco para um IPO há mais de dois anos, algo que não acontecia pelo menos desde 2004, o início da série histórica da bolsa.
A última empresa a abrir capital no Brasil foi a Vittia (VITT3), em setembro de 2021. O Nubank (ROXO34) estreou na Bolsa em dezembro do mesmo ano, só que com uma dupla listagem, na B3 e na Nyse (Bolsa de Valores de Nova York).
Além disso, o número de companhias que têm decidido deixar a Bolsa brasileira é significativo. Só neste ano, 11 empresas já cancelaram a listagem na B3. Em 2023, foram 16.
Entre as empresas que saíram da B3 recentemente, estão o Consórcio, a Financeira e o Banco Alfa de Investimentos, além de Saraiva, Dommo Energia e Banco Modal.
🗓️ E mais nomes podem deixar a B3 em breve. A Cielo (CIEL3), por exemplo, realiza nesta quarta-feira (14) o leilão da OPA (Oferta Pública de Aquisição) que deve marcar a saída da empresa da Bolsa.
Com a saída da Cielo, o número de empresas listadas na B3 deve ir para 428, o menor desde março de 2021. E as perspectivas de recuperação desse número são incertas.
Juros e incertezas pressionam bolsa
Em junho, o sócio e especialista em IPO na EY (Ernst Young), Rafael A. Alves dos Santos, disse que a volta dos IPOs na B3 dependia de uma "melhoria do contexto do mercado, incluindo a perspectiva de taxas de juro de um dígito".
Hoje, no entanto, esta não é a perspectiva do mercado. Isso porque, diante da alta das expectativas de inflação, analistas não descartam uma nova alta da taxa Selic, que está em 10,50% desde maio.
Mais recentemente, o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, reforçou que a inflação e os juros altos prejudicam a agenda de IPOs, bem como o aumento das incertezas que vêm pressionando o mercado de ações brasileiro.
Para se ter uma ideia, o volume financeiro médio que é negociado diariamente no mercado de ações brasileiro caiu pelo sétimo mês consecutivo em julho, mesmo com o Ibovespa tendo um mês de ganhos. O baque foi de 12,8% e levou a cifra a R$ 21,6 bilhões, segundo dados operacionais divulgados nesta terça-feira (13) pela B3.

B3SA3
B3R$ 13,15
7,62 %
44,65 %
2.25%
14,38
3,51

B3 (B3SA3) lucra R$ 1,27 bilhão no 2T25, com ajuda da renda fixa
Dona da bolsa de valores brasileira segue colhendo benefícios do mercado de juros compostos.

Investidor gringo coloca ou tira dinheiro da bolsa brasileira em 2025?
Estrangeiros pisam no freio nos investimentos e fazem a maior retirada da B3 desde abril de 2024.

B3 (B3SA3): falha técnica exibe cotações desatualizadas no 1º pregão de agosto
Problema afetou Ibovespa, IFIX e outros índices; bolsa afirma que negociações seguem normais.

B3 (B3SA3) vai ampliar horário de negociação, a começar pelo Bitcoin (BTC)
O mercado futuro de criptomoedas deve operar das 8h às 20h a partir de outubro.

B3 movimenta R$ 9 bilhões nas soluções de grandes lotes em 2025
Dados divulgados pela B3 apontam que, em 2025, as plataformas de negociação bateram recordes históricos.

De olho no Ibovespa e nas eleições, Itaú BBA eleva preço-alvo da B3 (B3SA3)
Analistas projetam uma valorização de até 7% nos papéis, com os papéis alcançando a faixa de R$ 15,50.

B3 lança contratos futuros de juros offshore, veja detalhes
Os derivativos lançados pela B3 permitem aos investidores acesso eficiente e econômico às taxas de juros internacionais.

Mais dividendos: B3 e Telefônica atualizam para cima valor de JCP
Proventos serão pagos entre julho e abril de 2026, conforme respectivos fatos relevantes divulgados ao mercado.