Azul (AZUL4): Prejuízo cresce e chega a R$ 744,4 milhões no 2º tri

Resultado foi pressionado pela alta do dólar e pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

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Publicado em 12/08/2024 às 09:36h - Atualizado 6 dias atrás Publicado em 12/08/2024 às 09:36h Atualizado 6 dias atrás por Marina Barbosa
Azul reviu projeções para 2024 (Shutterstock)
Azul reviu projeções para 2024 (Shutterstock)

A Azul (AZUL4) registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 744,4 milhões no segundo trimestre de 2024. O rombo cresceu e levou a Azul a revisar as projeções para 2024.

✈️ O prejuízo da Azul cresceu 31,3% em relação ao mesmo período de 2023, quando foi de R$ 566,8 milhões. O dado foi pressionado principalmente pela queda do resultado operacional e à disparada do  dólar.

Em balanço divulgado nesta segunda-feira (12), a Azul reportou uma receita operacional líquidade R$ 4,172 bilhões. A cifra caiu 2,3% na base anual. A empresa diz, contudo, que a receita teria crescido não fossem as enchentes no Rio Grande do Sul e a  redução temporária de 8% da sua capacidade internacional.

"O Rio Grande do Sul é o quarto maior estado do país em atividade econômica e representa mais de 10% de nossa capacidade. Estimamos que a redução da operação na região impactou negativamente nosso resultado do 2T24 em pelo menos R$ 200 milhões", explicou.

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Já as despesas operacionais cresceram 1,5%, atingindo R$ 3,7 bilhões, devido à  alta do dólar e do preço dos combustíveis, além do aumento da capacidade total da empresa. Com isso, o Ebitda caiu 9%, para R$ 1,052 bilhão. A margem Ebitda foi de 25,2%, ante 27,1%.

💵 O resultado financeiro líquido, no entanto, afundou de R$ -94 milhões no segundo trimestre de 2023 para R$ -4,339 bilhões no mesmo período de 2024. Isso porque a Azul sofreu uma perda líquida de R$ 3,085 bilhões devido ao impacto da alta do dólar nos passivos de arrendamento e empréstimos denominados em moeda estrangeira.

Apesar do impacto desses fatores no resultado líquido da companhia, a Azul diz ter gerado"fortes resultados operacionais" e destaca a margem Ebitda, que, embora tenha caído, é uma das mais altas da indústria, segundo a empresa.

Além disso, a Azul afirmou que "as tendências de vendas no terceiro trimestre estão muito encorajadoras, com uma aceleração na demanda corporativa, levando a um aumento nas tarifas". "Acreditamos que esta tendência irá se intensificar no segundo semestre do ano, sazonalmente o nosso período mais forte", pontuou.

Prejuízo menor no 1º semestre

Com esses dados e o prejuízo de R$ 324,2 milhões do primeiro trimestre, a Azul somou um resultado negativo de R$ 1,068 bilhão no primeiro semestre de 2024.

O resultado semestral é ligeiramente melhor do que o registrado no mesmo período de 2023: R$ -1,294 bilhão.

Novo guidance

Ainda assim, a Azul revisou o guidance para 2024. A companhia reduziu de 11% para 7% a projeção para o aumento da sua capacidade neste ano, por causa dos seguintes fatores:

  • redução da capacidade em decorrência das enchentes no Rio Grande do Sul em maio e o fechamento do Aeroporto de Porto Alegre, com reabertura parcial prevista para outubro;
  • redução temporária da capacidade internacional no primeiro semestre do ano;
  • atrasos dos fabricantes nas entregas de novas aeronaves.

Com isso, a companhia também reduziu de R$ 6,5 bilhões para "acima de R$ 6 bilhões" a projeção para o Ebitda de 2024. Já a perspectiva de alavancagem subiu de 3x para 4,2x, devido à redução do Ebitda e da alta do dólar.

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