Aristocratas da B3: Veja as empresas que pagam dividendos crescentes no Brasil

Empresas que aumentam consistentemente o pagamento de dividendos ficaram conhecidas nos Estados Unidos como as "Aristocratas dos Dividendos" e servem de referência para investidores de todo o mundo que aplicam em ações pensando em ganhar proventos. Contudo, também há algumas companhias brasileiras que poderiam ganhar esse título.

💰 As "Aristocratas da B3" foram mapeadas pela Elos Ayta Consultoria, em parceria com a Ações Garantem Futuro. O estudo revelou que oito empresas listadas na bolsa brasileira vêm pagando dividendos de forma consistente e sempre em valores crescentes nos últimos cinco anos. Ou seja, essas empresas não deixaram de pagar dividendos em nenhum ano desde 2020 e, nesse período, sempre distribuíram um valor maior do que o do ano anterior.

O Banco do Brasil (BBAS3) é o grande destaque dessa lista. Afinal, entregou um DY (Dividend Yield) mediano ajustado pela inflação de 9,60% nos últimos cinco anos e deve distribuir mais de R$ 2,60 por ação sob a forma de dividendos ou JCP (Juros sobre o Capital Próprio) neste ano. É mais do que o dobro do valor pago em 2020 (R$ 1,01, em valores corrigidos pela inflação).

Mais duas empresas do setor financeiro estão na lista das "Aristocratas da B3". As outras integrantes desse grupo são do setor de serviços e da indústria.

Veja as 8 "Aristocratas da B3":

• Banco do Brasil (BBAS3);
• Localiza (RENT3);
• BTG Pactual (BPAC11);
• WEG (WEGE3);
• TIM (TIMS3);
• Tegma (TGMA3);
• CSU Digital (CSUD3);
• Schulz (SHUL4).

Além de dividendos reais crescentes, a maior parte dessas empresas proporcionou ganhos de capital para os seus acionistas nos últimos cinco anos.

📈 "Com o reinvestimento dos proventos, todas, exceto Localiza, superaram o desempenho acumulado do Ibovespa nos últimos cinco anos", contou o CEO da Elos Ayta Consultoria, Einar Rivero.

Ele disse, então, que "as Aristocratas da Bolsa surgem como referência não apenas para investidores em busca de renda passiva, mas também para aqueles que buscam oportunidades robustas de longo prazo em um cenário desafiador".

B3 x S&P

O levantamento foi adaptado à realidade brasileira, devido às diferenças estruturais com o mercado americano. Por isso, enquanto o S&P analisa os proventos pagos ao longo de 25 anos para identificar as aristocratas dos Estados Unidos, a Elos Ayta e a AGF consideraram apenas os proventos dos últimos cinco anos para mapear as aristocratas da B3.

📊 O estudo local, contudo, observou tanto os valores nominais desses proventos, quanto os valores ajustados pela inflação. Além disso, leva em conta apenas as empresas que apresentam uma média diária de negociações superior a R$ 2 milhões.

Enquanto 8 de quase 400 companhias listadas na B3 ganharam o título de "Aristocratas da Bolsa", 66 empresas americanas são classificadas dessa maneira pelo S&P, segundo a carteira mais recente do índice S&P 500 Dividend Aristocrats. Entre essas empresas, estão Emerson Electric Co (E1MR34), Franklin Resourcers (F1RA34) e Walmart (WALM34).