Americanas (AMER3) volta a adiar balanços financeiros

A Americanas (AMER3) voltou a adiar a publicação dos seus resultados financeiros. Desta vez, dos balanços referentes ao ano consolidado de 2023 e ao primeiro trimestre de 2024.

🗓️ O balanço anual de 2023 estava previsto para a próxima semana, no dia 26 de março. Já o do primeiro trimestre de 2024 seria divulgado no dia 15 de maio. Agora, ambos devem ser divulgados até 28 de maio.

"A Companhia está envidando todos os esforços para que a auditoria das demonstrações financeiras e a revisão das informações trimestrais sejam concluídas o mais rapidamente possível, de forma que sejam divulgadas ao mercado até 28 de maio de 2024", disse a Americanas.

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Em fato relevante publicado nesta segunda-feira (18), a varejista disse que adiou as divulgações em razão da "complexidade dos impactos da recuperação judicial" na elaboração das demonstrações financeiras e do parecer dos auditores independentes. A companhia disse ainda que o foco é na "qualidade e adequação do tratamento de suas informações contábeis".

Com isso, a companhia vai convocar uma Assembleia Geral Ordinária para 30 de abril, mas também terá que chamar uma assembleia extraordinária para que os acionistas deliberem sobre as demonstrações financeiras.

Balanços adiados

A Americanas vem adiando a divulgação dos resultados trimestrais desde que deu entrada no pedido de recuperação judicial, no início de 2023.

💲 O balanço que apontou um prejuízo de R$ 12,9 bilhões em 2022, por exemplo, só foi divulgado em novembro de 2023. Já os resultados que mostraram um rombo de R$ 4,6 bilhões nos nove primeiros meses de 2023 foram publicados apenas em fevereiro de 2024.

A Americanas entrou em recuperação judicial após identificar "inconsistências contábeis" de aproximadamente R$ 20 bilhões. As dívidas da varejista, no entanto, chegaram a R$ 50 bilhões.

Depois de meses de negociação com os credores, a Americanas aprovou um plano de recuperação judicial em dezembro de 2023. O plano prevê, entre outras coisas, a capitalização da companhia em até R$ 24 bilhões e o pagamento dos credores em prazos que variam de 30 dias a 20 anos.