Agenda da semana: Mercado monitora juros e eleição dos EUA

Com agenda esvaziada no Brasil, mercado aguarda discursos de Jerome Powell e Kamala Harris.

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Publicado em 18/08/2024 às 14:53h - Atualizado 10 meses atrás Publicado em 18/08/2024 às 14:53h Atualizado 10 meses atrás por Marina Barbosa
Powell deve apresentar diretrizes para política monetária americana (Shutterstock)
Powell deve apresentar diretrizes para política monetária americana (Shutterstock)

Esta semana promete trazer sinais sobre o rumo da economia e da política dos Estados Unidos que devem mexer com mercados de todo o mundo. 

🗳️ Nesta segunda-feira (19), terá início a Convenção Nacional Democrata, que deve oficializar a candidatura da chapa Kamala Harris e Tim Walz à presidência dos Estados Unidos.

A convenção deve começar com um discurso do presidente americano Joe Biden e seguir até quinta-feira (22), quando Kamala deve discursar, aceitando formalmente a indicação do partido para as eleições.

Na quarta-feira (21), o Fed (Federal Reserve) publica a ata da última reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto), realizada em 30 e 31 de julho.

💲 Na ocasião, o Fomc manteve os juros americanos inalterados, mas avaliou que o momento de reduzir a taxa estava próximo. O presidente do Fed, Jerome Powell, admitiu, inclusive, a possibilidade de um corte em setembro.

Jerome Powell, por sinal, volta a falar sobre as diretrizes da política monetária norte-americana na próxima sexta-feira (23) durante o Simpósio de Jackson Hole. No evento, que neste ano vai de quinta (22) a sábado (24), presidentes de Bancos Centrais, economistas e acadêmicos discutem as tendências da política monetária ao redor do mundo.

Atualmente, o mercado dá como certo o corte dos juros americanos em setembro. O debate é, portanto, sobre o tamanho do corte que pode ser anunciado daqui a exatamente um mês pelo Fed. Além disso, há uma expectativa de que o Fed volte a cortar os juros em novembro e dezembro.

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Brasil

Já no Brasil, a percepção é de que o BC (Banco Central) pode voltar a elevar a taxa Selic caso seja necessário para atingir a meta de inflação. 

A possibilidade ganhou força nos últimos dias, diante de discursos mais duros dos diretores do BC e até do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Lula disse na semana passada que não fará nenhuma "loucura" ao indicar o próximo presidente do Banco Central, que não há interferência do governo na definição da Selic e que "quando tem que aumentar a taxa de juros, tem que aumentar".

Diante disso e da força demonstrada pela economia brasileira nos últimos meses, gestores têm revisto as projeções para 2024. 

O Boletim Focus deve mostrar, nesta segunda-feira (18), como ficaram as projeções do mercado para os principais indicadores da economia brasileira.

Além disso, são esperados nesta semana os dados da arrecadação federal de julho e o avanço das negociações sobre o próximo presidente do Banco Central.

Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Lula deve anunciar o seu escolhido nas próximas semanas, mas antes vai discutir a data da sabatina com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).