Agências de rating não podem ouvir só a Faria Lima, alfineta Lula

A declaração foi feita na última quarta-feira (25) na Assembleia Geral da ONU.

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Publicado em 26/09/2024 às 10:39h - Atualizado 6 meses atrás Publicado em 26/09/2024 às 10:39h Atualizado 6 meses atrás por Elanny Vlaxio
Ele recordou das previsões acerca do crescimento da economia brasileira (Imagem: Shutterstock)
Ele recordou das previsões acerca do crescimento da economia brasileira (Imagem: Shutterstock)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo para que as agências de risco ouçam não apenas os empresários, mas também as vozes do governo e dos trabalhadores brasileiros. A declaração foi feita na última quarta-feira (25) na Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

🗣️ "Eu chamei as agências de rating porque é importante que vocês saibam da boca do presidente da República o que está acontecendo neste país. Não precisa ouvir só a Faria Lima, não precisa ouvir só os empresários. Ouçam os trabalhadores e o presidente da República", disse Lula.

Ele recordou das previsões acerca do crescimento da economia brasileira nos dois primeiros anos de seu atual mandato, que acabaram sendo ultrapassadas.

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💬 "O que está acontecendo no Brasil? O mercado dizia que a gente ia crescer 0,8% e nós crescemos 3%. O mercado estava dizendo que a gente iria crescer 1,5%. Agora o mercado está dizendo que a gente pode crescer 3,5%. Eu quero que as pessoas lembrem o que aconteceu no Brasil porque a imprensa também não lembra", pontuou.

Segundo ele, para o sucesso do país, é fundamental assegurar alguns pilares básicos, como estabilidade fiscal, econômica, política, jurídica e social.

💭 "E, por último, é preciso ter previsibilidade", disse. "Nada acontece a partir da meia-noite. Tudo no Brasil é à luz do Sol, é esse país, com todas essas marcas de estabilidade, que a gente está oferecendo. E nós estamos oferecendo mais com a reforma tributária", finalizou.

Vale citar que, na segunda-feira, ele se reuniu com Yann Le Pallec da S&P e Michael West da Moody’s. No dia seguinte, a comitiva brasileira encontrou-se com Paul Taylor da Fitch na sede da ONU. Essa interação com as agências de classificação representou um marco inédito em seu terceiro mandato.