Acordo entre Visa e Mastercard corta tarifas e promete alívio para varejistas
Redução de 0,1 p.p. nas taxas de intercâmbio vale por cinco anos; marcas ampliam atuação no público de alta renda.
Duas competidoras de peso resolveram dar as mãos e fechar um acordo que beneficia os seus consumidores. Mastercard (MSCD34) e Visa (VISA34) encerraram um litígio de 20 anos e definiram a redução de 0,1 ponto percentual nas taxas de intercâmbio de cartão de crédito.
A decisão foi publicada na última segunda-feira (10), em comunicado enviado à SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos). Ficou definido que essa tarifa ficará limitada a 1,25% por pelo menos os próximos cinco anos.
“Após mais de 20 anos de litígio, a Visa e a Mastercard chegaram a um acordo proposto com varejistas americanos de todos os portes, que vai proporcionar um alívio significativo, mais flexibilidade e opções para controlar como aceitam pagamentos de seus clientes”, informou, em comunicado, a Visa.
Leia mais: Pode quebrar? Relatório da BDO questiona capacidade de varejista seguir funcionando
“Acreditamos que essa é a melhor solução para todas as partes, proporcionando clareza, flexibilidade e proteção ao consumidor buscadas nesse processo”, complementou a concorrente Mastercard.
O acordo é particularmente favorável para os lojistas, que não serão cobrados de forma expressiva por passarem o cartão de uma administradora na máquina de outra. Além disso, eles podem decidir quais categorias do plástico querem aceitar.
O caso remonta ao começo deste século, quando os comerciantes processaram as duas marcas por práticas anticompetitivas. Estima-se que, apenas em um ano, as duas empresas tenham auferido ao menos US$ 110 bilhões por meio dessas taxas.
Novos públicos
No Brasil, as duas empresas estão trabalhando para criar novos segmentos de receita e, para isso, lançaram novas categorias. A Visa chega com o Infinite Privilege, enquanto a Mastercard lança o World Legend.
Ambos os produtos estão em uma classificação acima da Black, englobando apenas 0,1% da população, dado o corte feito pela renda. No caso da Visa, é exclusivo para quem recebe acima de US$ 60 mil ou mantém investimentos que ultrapassem US$ 6 milhões.
“Trata-se de um público pequeno em número, mas influente, altamente conectado e com alto impacto econômico”, diz Leonardo Linares, vice-presidente sênior de soluções da Mastercard.
VISA34
VisaR$ 86,88
-2,25 %
50,15 %
0,65%
27,90
14,76
Pagamentos digitais fazem Visa (VISA34) criar nova vertical para o Brasil
Subsidiária será responsável por operacionalizar Pix em lojas virtuais
21 ações que pagarão mais dividendos em 2025, segundo BTG Pactual
Veja a lista de companhias brasileiras que podem garantir uma boa renda passiva
2025 é o ano do ouro caro e do dólar barato; saiba o pódio dos investimentos
Metal precioso se valoriza quase +30% no ano, ao passo que o dólar tem a maior queda anual desde 2016.
Quem aplicou no exterior em outubro se deu bem; veja os melhores investimentos
Índice de BDRs, carteira de empresas estrangeiras com ações listadas no Brasil, entrega quase 6% ao mês.
Ações brasileiras: Qual empresa subiu quase 40% e quem evaporou 55% em abril? Veja os destaques do Ibovespa
Uma varejista surfou o mês embalada por troca em seu conselho de administração e uma companhia área tem perdido bastante valor de mercado
Rumo (RAIL3) transporta mais em ferrovias, mas lucra menos no 3T25
Companhia vê sua lucratividade descarrilhar -39,2% durante o terceiro trimestre do ano.
Barsi da Faria Lima faz o alerta: Selic em 2025 subirá a 'patamares esquecidos'
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, já acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 e revela estratégia de investimentos para este ano
WEG (WEGE3) pode bater ROIC de 38% em 2025; saiba se analistas investem
Indicadores fundamentalistas favoráveis e cenário de dólar acima dos R$ 6 dão indícios para a ação que já disparou +45% em 20224