Ações de rede social de Trump sobem 50% na estreia em Nasdaq
Empresa foi avaliada em US$ 6 bilhões, mas receita trimestral não é compatível, disseram analistas
📊 Menos de uma hora foi o tempo necessário para que as ações da nova empresa listada em Nasdaq superassem a alta de 50%.
Trata-se da controladora da rede social Truth Social, de propriedade do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os papeis da Trump Media & Technology Group chegaram à bolsa norte-americana na segunda-feira (25).
Cada ação do ticker DJT foi precificada em US$ 50, mas, na manhã desta terça (26), performava a mais de US$ 70. Durante 10 minutos, as negociações tiveram de ser interrompidas em razão da alta, conforme comunicado divulgado por Nasdaq.
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Trump conseguiu uma avaliação de mercado de US$ 6 bilhões pela plataforma. O curioso é que, nos últimos três meses, a receita da companhia foi bem inferior, cerca de US$ 3,5 milhões, de acordo com registros enviados à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês).
Donald tem mais da metade das ações da nova empresa, portanto, sua fortuna a partir de hoje pode ser superior a US$ 3 bilhões só neste negócio. Alguns analistas se mostraram curiosos com o crescimento do papel, já que os números reportados pela plataforma não são muito animadores.
"A DJT tem todas as características de uma ação de meme, dado o fator notícia de Trump", observou Ben Emons, gerente sênior de portfólio e chefe de renda fixa da NewEdge Wealth LLC à CBS News. "Para os macro investidores globais, a DJT será um proxy de como os mercados precificam as políticas de Trump 2.0", prosseguiu.
A rede social Truth foi criada por Trump em 2022, depois que o político foi banido de outras plataformas, como Twitter, Instagram e Facebook, por ter feito posts que contribuíram para o ataque ao Capitólio, nos EUA. Passados dois anos, a plataforma ainda patina em número de usuários se comparado às rivais, mas consegue se destacar entre as marcas alternativas.
A abertura de capital -e os bilhões na conta- vem no momento em que Trump tem de pagar milhões de dólares à Justiça por fraude. No entanto, por regra da bolsa de valores, o novamente candidato à Casa Branca só pode vender suas ações depois de seis meses, portanto, a partir do fim de setembro.
Essa não é a primeira vez que a Trump leva uma empresa ao mercado de capitais. Em 1995, o empresário fez a abertura de capital da sua rede de hotel, que chegou a dobrar seu valor de mercado e cada ação saltou de US$ 14 para U$ 35, segundo destacou o Washington Post.
No entanto, com o passar dos anos, o preço foi caindo até chegar a ser negociado por centavos. Diante disso, além de deixar a bolsa, a Trump Hotels e Casino Resort entrou com um pedido de falência, em 2004.
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