Ações da Azul (AZUL4) caem 40% em uma semana
Empresa está envolta em plano para renegociar dívidas

✈ Depois de tentar se recuperar na última sexta-feira (30), as ações da Azul (AZUL4) voltaram a cair nesta segunda (2). Segundo dados da bolsa de valores, nas primeiras horas do pregão, os papeis recuaram mais de 16%, para R$ 4,65.
Com isso, no intervalo de uma semana, as ações da companhia aérea já caíram quase 40%. No acumulado do ano, o desempenho negativo é ainda pior, de 68%, ainda de acordo com a B3.
O declínio das ações teve início na quinta (29), quando a imprensa noticiou que a empresa estaria procurando alternativas para renegociar suas dívidas. Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, na mesa de alternativas estaria uma nova oferta de ações, a emissão de dívidas ou, em um último cenário, um pedido de Recuperação Judicial nos Estados Unidos, chamado de Chapter 11.
⚠ Leia mais: Azul (AZUL4) fala sobre recuperação: "Notícia mal-interpretada"
No mesmo dia, a empresa se manifestou e disse que a “a notícia foi mal interpretada”. A companhia destacou que está em negociações ativas com seus principais stakeholders para otimizar a estrutura de equity”.
A companhia também tentou afastar a hipótese da RJ, comentando que não é uma empresa quebrada, mas sim saudável. A principal aposta é a emissão de dívidas no valor total de US$ 800 milhões por meio da sua subsidiária Cargo Azul.
O que gerou a dívida
💲 No último balanço trimestral, a Azul reportou um crescimento de sua alavancagem,que saltou de 3,7 vezes para 4,5 no intervalo de um ano.
A empresa destacou cinco cenários que influenciarem para o aumento da dívida: desvalorização do real brasileiro, redução da capacidade doméstica como resultado das enchentes no Rio Grande do Sul; fechamento do Aeroporto de Porto Alegre; redução da capacidade internacional no primeiro semestre; e atraso nas entregas de novas aeronaves.
A Azul é uma das três maiores companhias aéreas do país, com um valor de mercado hoje em R$ 1,5 bilhão. No ano passado, a empresa registrou uma receita recorde de R$ 19 bilhões, com um lucro líquido de R$ 1,8 bi.

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