Americanas (AMER3) não vai fazer "liquidação" de seus ativos, diz CEO

Companhia varejista não está disposta a vender Uni.co e Natural da Terra a qualquer preço

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Publicado em 16/11/2023 às 14:27h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 16/11/2023 às 14:27h Atualizado 1 mês atrás por Juliano Passaro
Fachada de lojas Americanas (Divulgação/Americanas)
Fachada de lojas Americanas (Divulgação/Americanas)

O CEO da Americanas (AMER3), Leonardo Coelho, disse, durante teleconferência com analistas nesta quinta-feira (16), que a companhia não vai vender seus ativos Uni.co e Natural da Terra a qualquer preço. As informações são da "Reuters".

"Uni.co e HNT (Hortifruti Natural da Terra) não serão venda de liquidação. Se acharmos preço certo, vamos estudar, caso contrário, elas usufruem de todo pacote de transformação da Americanas”, afirmou Coelho.

Veja também: Americanas (AMER3) registra rombo de R$ 12,9 bilhões em 2022

Coelho também ressaltou que a varejista não pretende vender a fintech AME, por enquanto, já que a unidade é importante tanto para o online da empresa quanto para o presencial nas lojas físicas.

O executivo também afirmou que a Americanas estudará, junto aos seus assessores jurídicos, como e quando poderá buscar ressarcimento da fraude que forçou a companhia a fazer pedido de recuperação judicial no início deste ano.

Rombo bilionário da Americanas

Em janeiro deste ano, a Americanas anunciou que foram identificadas "inconsistências em lançamentos contábeis redutores da conta fornecedores realizados em anos anteriores, incluindo o exercício de 2022".
Tais "inconsistências" totalizavam cerca de R$ 20 bilhões, em uma análise preliminar. Assim que foi divulgado o rombo da varejista, o executivo Sérgio Rial deixou a presidência da companhia, nove dias após ter assumido o cargo.
A empresa afirmou que as inconsistência eram referentes a como os valores pagos aos fornecedores vinham sendo tratados nos balanços por anos.
As ações da Americanas caíram forte desde a informação de que a empresa havia descoberto um rombo em seu balanço. No primeiro pregão deste ano, no dia 2 de janeiro, pouco antes do anúncio do rombo, as ações eram cotadas a R$ 9,03. Atualmente, estão cotadas a R$ 0,85, o que representa uma queda de 90,59% no acumulado do ano.