Americanas (AMER3) acena a credores com nova proposta

Acionistas elevaram de R$ 10 bilhões para R$ 12 bilhões a perspectiva de aumento de capital de curto prazo

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Publicado em 10/10/2023 às 20:50h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 10/10/2023 às 20:50h Atualizado 1 mês atrás por Marina Barbosa
Em recuperação judicial, Americanas busca acordo para equacionar dívidas. Foto: Shutterstock
Em recuperação judicial, Americanas busca acordo para equacionar dívidas. Foto: Shutterstock

A Americanas (AMER3) apresentou nesta terça-feira (10) uma nova proposta aos seus credores. Em recuperação judicial desde janeiro, a varejista busca um acordo para equacionar suas dívidas.

Com a nova proposta, os acionistas de referência da Americanas, isto é, os empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, fazem um aceno aos credores, ampliando o montante que devem aportar no início do processo de reestruturação de dívidas. 

Em fato relevante publicado nesta terça-feira (10), a Americanas disse que os seus acionistas de referência propuseram aos credores um aumento de capital de curto prazo no valor de R$ 12 bilhões, em dinheiro, considerando o financiamento DIP (devedor em posse, da sigla em inglês) já aportado.

A oferta é mais significativa do que a realizada em abril. Na ocasião, os executivos propuseram um aumento de capital de R$ 10 bilhões, com a possibilidade de dois aumentos adicionais no valor de R$ 1 bilhão cada. Agora, por sua vez, eles se mostram dispostos a contribuir com R$ 12 bilhões já na largada. 

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Além disso, a nova proposta da Americanas prevê: R$ 12 bilhões de capitalização de dívida concursal por parte dos credores; emissão de nova dívida para refinanciar parte das dívidas concursais existentes no valor de R$1,875 bilhão; R$ 8,7 bilhões em dinheiro dedicados à recompra antecipada de dívida concursal com desconto.

A varejista ainda manteve a previsão de pagamento integral das classes I e IV, isto é, de dívidas trabalhistas e dívidas com micro e pequenas empresas, respectivamente. Além disso, segue considerando alternativas de pagamento diferenciada para os fornecedores, como previsto no plano de recuperação judicial apresentado em março.

“A Companhia segue empenhada nas negociações destes termos com seus credores financeiros, em busca de uma solução sustentada que permita a continuidade de suas atividades”, concluiu a Americanas.