Como investir em BDRs: diversifique sua carteira internacional [Guia Completo]

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Se você quer aprender como investir em BDRs, está no lugar certo.
Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) permitem que investidores brasileiros tenham acesso a ações de empresas internacionais, como Tesla, Nvdia, Amazon e Microsoft, diretamente pela B3, sem a necessidade de abrir contas em corretoras no exterior.
Neste guia, você vai descobrir passo a passo como investir em BDRs, desde a escolha da corretora até a seleção dos papéis mais adequados para o seu perfil de risco.
Também aprenderá a acompanhar o desempenho desses ativos, entender os diferentes tipos de BDRs e aproveitar oportunidades para diversificar sua carteira com segurança e eficiência.
O que são BDRs?
BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são certificados emitidos no Brasil que representam ações de empresas estrangeiras.
Ou seja, eles são negociados na B3, mas referem-se a ações emitidas no exterior.
Esses papéis permitem que investidores brasileiros invistam em empresas internacionais sem a necessidade de enviar dinheiro para fora do país.
Ao comprar um BDR, o investidor está adquirindo um título que representa as ações de uma empresa estrangeira, mas essas ações estão sob custódia de uma instituição no exterior.
O investidor, contudo, não se torna sócio direto da empresa, mas pode receber dividendos e usufruir de outras vantagens oferecidas pelas ações que o BDR representa.
Benefícios dos BDRs
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Diversificação internacional: investir em empresas de mercados globais pode proteger o investidor contra crises locais.
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Facilidade de operação: negociações em reais e na B3, sem a necessidade de abrir contas no exterior.
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Acesso a grandes empresas globais: gigantes como Netflix, Microsoft, Amazon e Facebook estão disponíveis para investidores brasileiros.
Como os BDRs funcionam?

Os BDRs são negociados na B3, e podem ser comprados diretamente por meio de plataformas de Home Broker.
A negociação é feita em reais e segue as mesmas regras de negociação de ações locais, o que facilita para investidores iniciantes.
Embora sejam representações de ações estrangeiras, os BDRs estão sujeitos a variações cambiais, pois o desempenho dessas empresas é impactado por fatores como a economia de seus países de origem e a oscilação da taxa de câmbio.
Isso pode criar oportunidades de ganho (ou perda) com a variação do dólar.
Emissão e custódia
Para que os BDRs existam, é necessário o trabalho de duas instituições: uma no país de origem das ações e outra no Brasil.
A primeira fica responsável pela custódia das ações originais, enquanto a segunda emite os certificados correspondentes aqui no Brasil.
Ambas as instituições precisam ser autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Banco Central para garantir que o processo seja feito de maneira segura e transparente.
Existem diferentes tipos de BDRs, que variam conforme o nível de envolvimento da empresa emissora e a regulamentação necessária. Vamos explorar esses diferentes modelos.
Tipos de BDRs
Os BDRs são classificados em dois grandes grupos: patrocinados e não patrocinados.
Essa distinção é fundamental para entender a forma como esses títulos são trazidos ao mercado brasileiro e as responsabilidades envolvidas no processo.
A categorização dos BDRs também define em quais mercados eles podem ser negociados e as exigências regulatórias que as empresas emissoras precisam cumprir.
Em 2025, com o aumento do interesse dos investidores brasileiros em diversificar suas carteiras e buscar exposições internacionais, o conhecimento detalhado desses modelos se torna ainda mais relevante.
BDR patrocinado
Nos BDRs patrocinados, a própria empresa estrangeira que emitiu as ações estabelece uma parceria com uma instituição financeira no Brasil para a emissão dos BDRs.
Isso significa que há uma colaboração direta entre a empresa emissora e a instituição depositária brasileira.
Esse modelo é ideal para empresas que querem facilitar o acesso ao capital brasileiro, especialmente em um contexto de maior liquidez e interesse dos investidores no cenário de 2025, quando a globalização dos mercados financeiros está em pleno vapor.
Esses BDRs patrocinados são divididos em três níveis, de acordo com o grau de regulamentação e o tipo de acesso que oferecem aos investidores brasileiros:
Nível | Quem pode investir | Onde é negociado | Transparência / Regulamentação | Destaque |
I | Apenas investidores qualificados (R$ 1 mi+) | Mercado de balcão (fora da B3) | Não exige registro na CVM, baixa transparência | Mais restrito e pouco atrativo para varejo |
II | Aberto a investidores em geral | B3 (bolsa brasileira) | Registro na CVM + regras de governança | Maior segurança e liquidez |
III | Aberto a investidores em geral | B3 (bolsa brasileira) | Registro na CVM + regras de governança | Permite ofertas públicas no Brasil e no exterior |
BDR não patrocinado
São emitidos por instituições financeiras no Brasil sem participação direta da empresa estrangeira. Isso amplia a variedade de empresas disponíveis no mercado brasileiro, mas com menos regulamentação e menor transparência.
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Acesso: restritos a investidores qualificados, assim como os BDRs patrocinados Nível I.
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Riscos: menor envolvimento da empresa emissora, menos informações sobre governança e finanças.
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Vantagens: permitem diversificação internacional com custos mais baixos.
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Identificação: códigos terminam em 34 ou 35, enquanto os patrocinados usam 32 (Nível II) e 33 (Nível III).
Atualmente essa modalidade ganhou espaço, atraindo investidores experientes em busca de exposição a mercados menos acessíveis.
A B3 tem trabalhado para tornar esses códigos ainda mais intuitivos e fáceis de identificar, com o objetivo de atrair mais investidores para essa modalidade.
Vantagens e desvantagens dos BDRs

Investir em BDRs tem ganhado cada vez mais popularidade entre investidores brasileiros em 2025, especialmente devido à globalização dos mercados financeiros e ao desejo de diversificação de portfólio.
No entanto, como qualquer tipo de investimento, os BDRs apresentam tanto vantagens quanto desvantagens.
É essencial que os investidores estejam cientes desses aspectos antes de tomar decisões.
A seguir, exploraremos os principais pontos positivos e negativos desse tipo de ativo, com base nas tendências mais recentes do mercado.
Vantagens dos BDRs
Os BDRs permitem ao investidor diversificar o portfólio internacional sem precisar abrir conta em corretoras estrangeiras.
Assim, é possível ter exposição a empresas de alto crescimento em setores como tecnologia, saúde e consumo, presentes em grandes economias como EUA e Europa.
Em 2025, diante das incertezas locais, essa estratégia se mostra valiosa para diluir riscos específicos do Brasil.
Outro ponto é a facilidade operacional: todas as negociações são feitas em reais, pelo mesmo Home Broker usado para ações brasileiras, o que simplifica o processo tanto para iniciantes quanto para investidores experientes.
Além disso, muitos BDRs dão direito ao recebimento de dividendos, gerando renda passiva vinda de multinacionais sólidas.
Por fim, os BDRs reduzem a burocracia de investir no exterior, eliminando barreiras como contas internacionais ou questões tributárias complexas. Com regras atualizadas da CVM, o acesso ficou ainda mais transparente, impulsionando a demanda por esses ativos.
💡Um recurso que pode facilitar bastante a vida do investidor de BDRs é a Agenda de Dividendos do Investidor10. Com ela, é possível acompanhar as datas de pagamento e os valores dos proventos distribuídos pelas empresas estrangeiras.
Isso ajuda a planejar entradas e saídas no mercado, além de permitir que o investidor visualize melhor o fluxo de renda passiva gerado pelos BDRs, sem precisar buscar essas informações em múltiplas fontes.
Desvantagens dos BDRs
Embora os BDRs sejam negociados em reais, seu desempenho está diretamente atrelado a moedas estrangeiras, principalmente o dólar. Isso expõe o investidor à variação cambial, que pode ampliar ganhos, mas também gerar perdas, tornando-se um ponto de atenção, sobretudo para perfis conservadores.
Outro fator são os custos adicionais: além das taxas de corretagem, algumas instituições cobram valores extras, como conversão cambial ou custódia, o que pode reduzir a rentabilidade, especialmente em operações de menor volume. Apesar disso, a concorrência entre corretoras tem levado à oferta de condições mais competitivas.
A liquidez também pode ser um desafio. Apesar do crescimento no número de BDRs listados na B3, alguns ativos ainda apresentam baixo volume de negociação, dificultando compras ou vendas em momentos críticos.
Por fim, o investidor não se torna acionista direto da empresa estrangeira, o que significa menos direitos societários, como voto em assembleias. Ainda assim, os BDRs permanecem uma via prática de acessar ganhos globais.
Como investir em BDRs?

1. Escolha a corretora
Com a expansão do mercado financeiro e a digitalização acelerada em 2025, diversas corretoras estão oferecendo condições diferenciadas para atrair investidores.
2. Defina seu perfil de investidor
Investir em BDRs exige que você compreenda bem o seu perfil de risco.
Diferentes tipos de investidores possuem diferentes níveis de tolerância ao risco, e os BDRs, apesar de serem uma excelente ferramenta de diversificação, apresentam algumas particularidades que podem influenciar suas decisões:
3. Selecione os BDRs adequados
Com mais de 500 BDRs disponíveis na B3, as opções são vastas e abrangem diversos setores, desde tecnologia até saúde e consumo.
Empresas como Tesla (TSLA34), Nvidia (NVDC34), Amazon (AMZO34), Microsoft (MSFT34), Alphabet (GOGL34) continuam sendo algumas das preferidas entre os investidores brasileiros, devido ao seu histórico de crescimento sólido e inovação constante.
4. Acompanhe os movimentos do mercado global
Investir em BDRs também significa ficar atento às condições macroeconômicas globais.
Eventos como mudanças nas políticas monetárias do Federal Reserve (Fed), variações na taxa de câmbio, e conflitos geopolíticos podem impactar o desempenho das empresas estrangeiras e, consequentemente, dos BDRs.
Acompanhar essas tendências e ajustar sua estratégia de investimento conforme o cenário global é fundamental para minimizar riscos e aproveitar as melhores oportunidades.
Conclusão: investir em BDRs vale a pena?
Investir em BDRs pode ser uma estratégia interessante para diversificar a carteira de investimentos e obter exposição ao mercado internacional sem precisar abrir conta no exterior, mas também envolvem riscos, como a variação cambial e as oscilações das bolsas estrangeiras.
Antes de investir, é importante avaliar seu perfil de risco, seus objetivos e o peso que os BDRs terão dentro da sua alocação.
Além disso, contar com ferramentas de análise, comparadores de ações e acompanhamento de indicadores pode ajudar a tomar decisões mais embasadas e seguras.
Nesse contexto, o Investidor10 surge como um aliado estratégico, oferecendo recomendação de carteira, ferramentas como calculadoras, rankings, radar inteligente, análises detalhadas e rankings atualizados, além de insights que ajudam a interpretar o cenário financeiro.
Com esses recursos, você consegue acompanhar tendências, organizar seu portfólio e tomar decisões mais fundamentadas, tornando sua experiência no mercado internacional mais segura.