Gerdau: conheça a trajetória da maior empresa brasileira produtora de aço

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Publicado em 14/01/2025 às 10:02h - Atualizado 17 horas atrás Publicado em 14/01/2025 às 10:02h Atualizado 17 horas atrás por Carlos Filadelpho
Imagem de uma das unidades da Gerdau no Brasil
Imagem de uma das unidades da Gerdau no Brasil

A Gerdau é uma das maiores e mais respeitadas empresas do setor siderúrgico no Brasil e no mundo, com dezenas de unidades e mais de 30 mil colaboradores. Presente em diversos países, ela se destaca pela produção e comercialização de aço, matéria-prima essencial para inúmeras aplicações que vão desde a construção civil até a indústria automobilística, naval e de petróleo e gás.

Ao longo de sua trajetória, a Gerdau tornou-se um símbolo de força e tradição, sustentada por um modelo de negócios sólido e por constantes investimentos em tecnologia, sustentabilidade e responsabilidade social.

Para investidores e entusiastas do mercado de capitais, trata-se de uma companhia que costuma figurar entre as mais importantes oportunidades de investimento no ramo da siderurgia.

Este artigo tem como objetivo apresentar um panorama completo sobre a Gerdau, abordando desde as suas origens até o momento atual.

Para tanto, percorremos aspectos-chave de sua história, passando pela fase de crescimento e consolidação que a projetou globalmente, assim como seu processo de abertura de capital (IPO) e os passos que a levaram à Bolsa de Valores.

Também veremos como ocorreram as principais aquisições e fusões ao longo do tempo, as quais contribuíram para a expansão geográfica e para a diversificação de produtos e serviços oferecidos.

Seja você um investidor experiente ou alguém que deseja conhecer mais sobre a empresa, fique conosco para entender por que a Gerdau está entre as instituições mais influentes do mercado nacional e internacional.

O que é a Gerdau?

A Gerdau (GGBR3/GGBR4) é uma multinacional brasileira reconhecida mundialmente pela produção e comercialização de aço.

Fundada originalmente no Brasil, a companhia expandiu-se ao longo dos anos, tornando-se referência global no setor siderúrgico.

Em essência, a Gerdau transforma matérias-primas, como minério de ferro e sucata metálica, em produtos siderúrgicos de alto valor agregado, que por sua vez são utilizados em uma infinidade de aplicações.

Seu portfólio abrange vergalhões, perfis, arames, arames trefilados, vigas, barras e outros itens essenciais para setores como construção civil, indústria de máquinas, setor automotivo, naval, óleo e gás, e muito mais.

Ao lado de seu foco produtivo, a Gerdau também se destaca pela busca constante de inovações tecnológicas e pela adoção de práticas sustentáveis.

A empresa não apenas procura otimizar seu processo de produção de aço para torná-lo mais competitivo, mas também investe em pesquisa e desenvolvimento para criar soluções que sejam ambientalmente responsáveis e que atendam às crescentes demandas por materiais de qualidade superior.

Com isso, ela consegue atender desde pequenas construções locais até grandes empreendimentos de infraestrutura em diferentes partes do globo.

Além do Brasil, a Gerdau mantém operações significativas na América do Norte, na América Latina e em alguns países da Europa.

Essa presença internacional permite à empresa equilibrar riscos e oportunidades, já que a demanda por aço varia conforme o nível de atividade econômica e os ciclos de crescimento de cada região.

Dessa forma, ela é capaz de alinhar estratégias de produção e distribuição para manter a competitividade em mercados distintos.

Em termos de estrutura, a Gerdau se organiza de forma a atender diversos segmentos do setor siderúrgico por meio de unidades de negócio específicas.

Cada uma delas visa aperfeiçoar a produção e a comercialização de produtos voltados para as necessidades daquele nicho, contando com equipes técnicas e administrativas especializadas.

Outro ponto de destaque é a cultura corporativa da Gerdau, que se baseia em valores como segurança, ética, respeito às pessoas e ao meio ambiente.

Tais princípios norteiam a conduta da empresa e influenciam diretamente suas práticas diárias, desde a escolha de fornecedores até o relacionamento com acionistas, governos e a comunidade.

Tudo isso contribui para que a Gerdau não seja apenas uma empresa siderúrgica tradicional, mas sim um agente de transformação, criando valor econômico e social por meio de um negócio que impacta diversos setores estratégicos da economia global.

História da Gerdau e como surgiu

A origem da Gerdau remonta ao final do século XIX, quando o empreendedor alemão João Gerdau chegou ao Brasil em busca de oportunidades na região sul do país.

Em 1901, ele adquiriu a pequena Siderúrgica Pontas de Paris, localizada em Porto Alegre (RS), dando início a um empreendimento que, décadas depois, se transformaria em uma das maiores empresas siderúrgicas do mundo.

A princípio, a operação era bastante modesta e voltada principalmente à produção de pregos, arames e pequenos utensílios de ferro que atendiam ao mercado local.

Apesar das limitações de infraestrutura e tecnologia da época, a iniciativa mostrava sinais de solidez, graças ao empenho de João Gerdau em inovar e melhorar a qualidade de seus produtos.

Um passo decisivo na história da empresa ocorreu em 1920, quando o negócio passou a ser conduzido pelo filho de João, Hugo Gerdau. Sob essa nova gestão, a companhia começou a diversificar suas atividades e a ampliar sua participação no mercado regional.

Foi nesse período que se iniciou o processo de verticalização, ou seja, a aquisição de outros elos da cadeia produtiva para garantir o fornecimento de matéria-prima e otimizar custos. Paralelamente, aprimoraram-se métodos de fabricação, adotando-se gradualmente novas tecnologias para a produção de aço.

Contudo, foi a partir da segunda metade do século XX que a Gerdau consolidou sua presença como uma força emergente no setor siderúrgico.

Na década de 1940, ocorreu a inauguração de sua primeira usina integrada, cuja estrutura permitia um maior controle sobre o processo de produção, desde a obtenção do ferro-gusa até a laminação do aço.

Sem dúvida alguma, esse marco foi um elo fundamental para assegurar competitividade e sustentabilidade à companhia, abrindo espaço para futuros investimentos em maquinário de ponta e na capacitação de mão de obra.

Nos anos subsequentes, a empresa deu continuidade à estratégia de expansão por meio de aquisições de siderúrgicas menores, bem como pelo estabelecimento de parcerias tecnológicas com companhias internacionais.

Assim, a Gerdau nasceu como um pequeno negócio familiar, pautado em valores de trabalho duro, inovação e visão de longo prazo.

À medida que a empresa se profissionalizou e aumentou sua capacidade produtiva, passou a desempenhar um papel de protagonista no desenvolvimento industrial do Brasil.

Esse percurso histórico, repleto de transformações, posiciona a Gerdau não apenas como uma gigante do aço, mas também como um exemplo de sucesso empresarial, resultado de uma estratégia consistente, gestão eficiente e alinhamento de princípios que continuam a nortear suas atividades até hoje.

Crescimento e consolidação da Gerdau

O processo de crescimento e consolidação da Gerdau foi marcado por estratégias bem definidas de expansão, modernização e diversificação de suas operações.

Após estabelecer um sólido alicerce no mercado brasileiro ao longo da primeira metade do século XX, a empresa passou a buscar oportunidades fora de suas fronteiras de origem.

Esse movimento teve como ponto de partida a identificação de novos mercados, tanto na América Latina quanto na América do Norte, e foi impulsionado pela crescente demanda global por produtos siderúrgicos.

A adoção de práticas de gestão orientadas para resultados, bem como a implementação de sistemas de qualidade e controle de processos, permitiram à Gerdau sustentar uma trajetória de crescimento contínuo.

Uma das chaves para essa consolidação foi a constante atualização tecnológica. Enquanto muitas siderúrgicas mantinham processos produtivos tradicionais, a Gerdau investia em plantas mais modernas, capazes de produzir diferentes tipos de aços para variados segmentos.

A verticalização da produção, que envolveu a ampliação do uso de sucata metálica como insumo, também se mostrou essencial. Isso reduziu custos, aumentou a eficiência e, ao mesmo tempo, reforçou o compromisso da empresa com a sustentabilidade, visto que a reciclagem de metais diminui a extração de matéria-prima virgem e a emissão de gases poluentes.

Outro fator determinante para o fortalecimento da marca foi a busca por aquisições estratégicas. A empresa identificou siderúrgicas menores ou em dificuldade financeira, aplicando sua expertise em gestão e produção para recuperá-las e incorporá-las ao seu portfólio de negócios.

Além de ampliar a capacidade produtiva, essas integrações proporcionaram maior alcance geográfico, com unidades instaladas em regiões-chave para a indústria do aço.

A partir dos anos 1990, a Gerdau reforçou ainda mais sua presença em mercados internacionais, especialmente após a estabilidade econômica alcançada pelo Brasil nesse período.

Com a abertura comercial e a estabilização da inflação, a companhia encontrou condições propícias para intensificar suas exportações e competir de igual para igual com grandes grupos siderúrgicos de outros países.

Na prática, isso se traduziu em melhorias constantes de processos, cultura de inovação e, sobretudo, na profissionalização das equipes, que receberam treinamento contínuo para lidar com tecnologias avançadas e exigências regulatórias diversas.

IPO da Gerdau e sua entrada na Bolsa de Valores

A entrada da Gerdau no mercado de capitais marca um importante capítulo em sua trajetória de expansão e consolidação como uma das maiores produtoras de aço do mundo.

O processo de abertura de capital, conhecido como IPO (Initial Public Offering), ocorreu na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro ainda na década de 1940, em um momento em que a empresa buscava captar recursos para sustentar seu projeto de crescimento no Brasil.

Posteriormente, com a unificação do mercado acionário brasileiro, os papéis da Gerdau passaram a ser negociados também na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa, hoje B3), ampliando a visibilidade da companhia e a liquidez de suas ações.

Esse movimento colocou a Gerdau diante de um grupo maior e mais diversificado de investidores, permitindo à empresa acessar fontes de financiamento importantes para modernizar plantas, aprimorar processos produtivos e adquirir outras usinas siderúrgicas ao longo das décadas seguintes.

Desde então, a companhia vem expandindo sua base de acionistas e aprimorando sua governança corporativa. Um dos principais reflexos dessa evolução pode ser visto na adoção de padrões internacionais de transparência e na divulgação de informações financeiras cada vez mais detalhadas.

Ao longo dos anos, a Gerdau adequou-se às exigências da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e passou a reportar dados sobre produção, vendas, perspectivas de mercado, e projetos de investimento, tudo de forma clara e acessível aos investidores.

Além disso, a companhia aderiu de forma voluntária a diferentes níveis de governança, reforçando seu compromisso com a proteção dos acionistas minoritários e a manutenção de um relacionamento ético e transparente com o mercado.

Na prática, a Gerdau disponibiliza diferentes classes de ações para os investidores, sendo as ações ordinárias (GGBR3) e as preferenciais (GGBR4) as mais conhecidas no mercado brasileiro.

Para quem estuda a empresa sob a ótica de investimento, é fundamental compreender as características de cada tipo de papel, pois elas podem influenciar a tomada de decisão, principalmente em relação ao direito a voto e à distribuição de dividendos.

Por meio de estratégias de distribuição de proventos e ampla divulgação de resultados trimestrais, a Gerdau busca manter um alto nível de atratividade e previsibilidade junto aos investidores.

A entrada na Bolsa, portanto, não apenas forneceu à Gerdau recursos para financiar sua escalada industrial, mas também a inseriu em um ambiente de constante avaliação pelo mercado.

Ao conquistar a confiança de diferentes perfis de investidores — desde grandes fundos institucionais até pessoas físicas que buscam exposição ao setor siderúrgico —, a Gerdau consagrou-se como um dos papéis de referência na B3, demonstrando solidez e resiliência mesmo em cenários econômicos desafiadores.

Com uma história bem-sucedida de abertura de capital e expansão no mercado acionário, a companhia pavimentou o caminho para se firmar como uma das líderes globais em produção de aço.

Principais aquisições e fusões

As aquisições e fusões ocupam um lugar de destaque na trajetória de expansão da Gerdau, contribuindo diretamente para que a empresa se tornasse um dos principais players do setor siderúrgico no cenário global.

Desde os primeiros passos na compra de pequenas siderúrgicas até as mais recentes incorporações de companhias de renome internacional, a estratégia de crescimento possibilitou à Gerdau ampliar sua capacidade produtiva, diversificar a gama de produtos e fortalecer sua presença em mercados estratégicos.

Uma das aquisições que marcam a história da companhia ocorreu ainda nas décadas de 1960 e 1970, quando a Gerdau passou a adquirir siderúrgicas de médio porte em diferentes regiões do Brasil.

Esse movimento possibilitou que a empresa deixasse de ser apenas um negócio familiar no Rio Grande do Sul para se estabelecer nacionalmente.

Com cada nova compra, a Gerdau incorporava linhas de produção, maquinários, profissionais experientes e carteiras de clientes, agregando mais valor e expertise às suas operações.

Além disso, essas investidas foram fundamentais para que a companhia acelerasse o processo de verticalização, fortalecendo o acesso a insumos e otimizando a distribuição de produtos acabados.

A busca por uma presença internacional mais robusta levou a Gerdau a investir fortemente em aquisições fora do Brasil, sobretudo a partir dos anos 1990.

Na América do Norte, a companhia realizou importantes negociações para adquirir usinas e empresas de reciclagem de sucata, dando um passo decisivo para se tornar um nome reconhecido no mercado siderúrgico dos Estados Unidos.

Essas operações, muitas vezes realizadas em parceria com outras corporações, ajudaram a Gerdau a ganhar escala e a competir de igual para igual com gigantes da indústria local.

Outro ponto relevante na estratégia de fusões e aquisições da Gerdau envolve sua presença na América Latina.

O fortalecimento das relações comerciais entre países vizinhos, especialmente aqueles em franco desenvolvimento, fez com que a empresa identificasse sinergias na compra de usinas e distribuidoras em nações como Argentina, Colômbia e México.

Dessa forma, a Gerdau consolidou uma rede de produção e distribuição que lhe permite atender a diversos segmentos, desde o setor da construção civil até a indústria automotiva e de infraestrutura.

Vale destacar que cada aquisição ou fusão da Gerdau é pensada não apenas sob o prisma financeiro, mas também levando em conta aspectos culturais, ambientais e de governança corporativa.

A integração das novas operações costuma vir acompanhada de investimentos em modernização, treinamentos e adequação aos padrões de sustentabilidade da empresa.

Com isso, a Gerdau tem conseguido manter o equilíbrio entre expansão e responsabilidade socioambiental, traço que se tornou característico de sua atuação global.

Essas estratégias de crescimento inorgânico seguem como um componente vital da história da companhia, garantindo que ela permaneça competitiva em mercados cada vez mais disputados e inovadores.

Segmentos de atuação da Gerdau

A Gerdau é amplamente reconhecida como uma das maiores produtoras de aço do mundo, e sua atuação se estende por diversos segmentos estratégicos.

Essa abrangência é fruto de anos de investimento em pesquisa, desenvolvimento de novas ligas, melhoria contínua dos processos de produção e aquisição de plantas siderúrgicas em diferentes regiões.

Segmento da construção civil

Um dos pilares do negócio da Gerdau é o segmento da construção civil, voltado para a oferta de produtos como vergalhões, perfis e arames utilizados em obras residenciais, comerciais, industriais e de infraestrutura.

Esses itens desempenham papel fundamental em edificações de médio e grande porte, contribuindo para a solidez e a durabilidade das estruturas.

A empresa fornece produtos para construtoras, empreiteiras e distribuidores de materiais, ajustando-se às especificidades de cada projeto e garantindo suporte técnico para soluções mais eficientes e sustentáveis.

Segmento industrial

Em paralelo, a Gerdau se faz presente no segmento industrial, provendo aço para máquinas e equipamentos diversos, desde linhas de produção automatizadas até ferramentas de precisão.

Nesse campo, a qualidade dos aços especiais é determinante para garantir robustez e longevidade dos equipamentos, aspectos críticos na operação de fábricas e na manutenção de parques industriais.

A agilidade na entrega e a flexibilidade na customização dos produtos são diferenciais que ajudam a Gerdau a atender às particularidades de cada cliente.

Segmento automotivo

O setor automotivo é outro foco de atuação da Gerdau, que produz aços voltados para componentes de carros, caminhões, ônibus e até motocicletas.

Peças como eixos, suspensões, engrenagens e componentes estruturais exigem alta resistência a impactos e desgaste, características alcançadas por meio de ligas avançadas e processos de laminação e tratamento térmico rigorosos.

Graças a essa especialização, a empresa fornece para grandes montadoras e para o mercado de reposição, contribuindo para a cadeia produtiva automotiva em escala global.

Segmento de óleo e gás

Adicionalmente, a empresa tem notável participação no setor de óleo e gás, fornecendo aços específicos para tubos, plataformas de perfuração e sistemas de extração.

Essas aplicações exigem produtos com resistência a pressões extremas, corrosão e altas temperaturas, resultando em rigorosos padrões de qualidade e segurança.

A Gerdau responde a esse desafio com equipes técnicas treinadas e certificações internacionais que atestam a confiabilidade de seus produtos.

Outros segmentos da Gerdau

Por fim, a Gerdau opera também nos mercados de agropecuária, distribuição e serviços especializados, adaptando sua produção à demanda de cada segmento.

No ramo agro, por exemplo, a empresa disponibiliza arames para cercas, telas e demais implementos rurais. Já em distribuição, atua por meio de centros de serviços e pontos de venda que fornecem soluções de corte, dobra e montagem, tornando seus produtos mais acessíveis e prontos para uso.

Toda essa capilaridade garante uma presença marcante em múltiplas frentes de negócio, fortalecendo a marca Gerdau como sinônimo de inovação e confiabilidade no ramo siderúrgico.

Quadro societário da Gerdau

O quadro societário da Gerdau reflete a complexidade de uma empresa global que, ao longo de décadas, buscou capitalizar seus investimentos por meio do mercado de ações, fusões e aquisições estratégicas.

Com capital aberto na B3, a companhia possui diferentes classes de ações, o que permite atrair investidores institucionais, estrangeiros e pessoas físicas em busca de exposição ao setor siderúrgico.

Atualmente, boa parte das ações ordinárias (GGBR3) e preferenciais (GGBR4) está dispersa entre um amplo leque de acionistas no Brasil e no exterior, o que proporciona liquidez e valor de mercado significativo para a empresa.

Apesar da pulverização de boa parte do capital, a Gerdau mantém uma estrutura de controle definida, em que a família Gerdau Johannpeter desempenha papel preponderante.

Essa família, descendente do fundador João Gerdau, detém uma participação expressiva na holding que centraliza o poder de decisão e a coordenação estratégica.

Assim, mesmo com a presença de inúmeros acionistas minoritários, o grupo controlador garante a coesão das diretrizes organizacionais, exercendo influência nos principais assuntos que impactam o futuro da companhia.

Outro ponto importante diz respeito à governança corporativa: A Gerdau segue padrões rigorosos em termos de transparência, prestação de contas e equidade de tratamento entre os acionistas.

Por exemplo, a adoção de conselhos e comitês independentes na estrutura organizacional visa assegurar a supervisão das atividades executivas, reduzindo riscos de conflitos de interesse e promovendo a efetividade das decisões.

A empresa também se empenha na divulgação periódica de informações financeiras, operacionais e socioambientais, facilitando a análise por parte dos investidores.

Há ainda a participação de fundos de investimento e instituições financeiras — nacionais e internacionais — em seu capital social.

Esses atores avaliam constantemente a performance e as perspectivas de mercado da Gerdau, podendo ajustar suas posições de acordo com o cenário econômico ou as estratégias anunciadas pela empresa.

Na prática, esse dinamismo assegura à Gerdau uma avaliação constante por parte do mercado, o que, por sua vez, estimula melhorias na eficiência operacional, na gestão de riscos e na condução de projetos de expansão.

Em síntese, o quadro societário da Gerdau demonstra como a família fundadora segue presente e influente, ao mesmo tempo em que abre espaço para a participação de investidores de todo o mundo.

Essa configuração garante recursos para a continuidade do crescimento orgânico e inorgânico, reforçando o posicionamento da Gerdau como uma das principais empresas siderúrgicas globais, respaldada por práticas de governança corporativa de alto nível e por uma estrutura de capital diversificada.

Quem é o atual dono da Gerdau?

Embora a Gerdau seja uma companhia de capital aberto, com ações negociadas na Bolsa de Valores e uma base acionária pulverizada, o controle efetivo permanece nas mãos da família Gerdau Johannpeter.

Essa família, descendente do fundador João Gerdau, mantém uma participação acionária relevante por meio de holdings e acordos de acionistas, garantindo poder de decisão sobre os rumos estratégicos da empresa.

Dessa forma, ainda que existam diversos investidores — incluindo fundos nacionais e estrangeiros, além de pessoas físicas — a família controladora tem influência determinante em decisões de grande impacto.

Historicamente, a família Gerdau Johannpeter tem desempenhado papeis executivos na companhia. Por exemplo, André Gerdau Johannpeter chegou a ocupar a posição de CEO por muitos anos, liderando processos de modernização e expansão internacional.

Mesmo que a empresa tenha passado por ciclos de gestão profissionalizados, abrindo espaço para executivos de mercado em diversos cargos, há sempre a presença de membros da família nas instâncias mais altas de decisão, como o Conselho de Administração.

Esse arranjo busca equilibrar a experiência e a tradição familiar com a vivência de gestores especializados, trazendo uma governança corporativa que mescla herança cultural e foco em resultados.

Sustentabilidade e ações sociais da Gerdau

A preocupação com sustentabilidade e responsabilidade social é parte integrante da cultura corporativa da Gerdau, que busca ir além do desempenho econômico para gerar impacto positivo nas comunidades onde atua.

A empresa reconhece que a indústria siderúrgica, por sua própria natureza, consome recursos naturais e energia em larga escala.

Por isso, desenvolve e adota práticas de produção e governança que visam minimizar a pegada ambiental, incentivar a reciclagem e promover o desenvolvimento socioeconômico de colaboradores e populações locais.

Em termos ambientais, um dos maiores diferenciais da Gerdau é o uso massivo de sucata metálica como insumo para a produção de aço. Essa abordagem não apenas reduz a dependência de minério de ferro extraído da natureza, como também contribui para a diminuição do volume de resíduos sólidos que seriam descartados em aterros.

Dessa forma, o aproveitamento de sucata reforça a economia circular, ao mesmo tempo que diminui a emissão de gases de efeito estufa e o consumo de energia.

Além disso, a empresa investe em tecnologias de ponta para otimizar a eficiência energética e reduzir o consumo de água nas plantas industriais, garantindo que os processos produtivos evoluam de maneira cada vez mais sustentável.

No campo social, a Gerdau aposta em projetos que reforçam a educação, a formação profissional e a inclusão social nas regiões onde mantém unidades produtivas.

Através de programas de capacitação técnica, a companhia busca ampliar as oportunidades de trabalho para jovens e adultos da comunidade, contribuindo para o fortalecimento da mão de obra local.

Também são frequentes as iniciativas de parcerias com escolas e universidades, estimulando a pesquisa e a inovação no setor siderúrgico, além de abrir portas para estágios, pesquisas acadêmicas e programas de trainee.

A atuação em responsabilidade social inclui ainda o investimento em projetos culturais, esportivos e de infraestrutura comunitária, de modo a trazer melhorias concretas ao cotidiano das populações próximas às usinas.

Atuação da Gerdau na Bolsa de Valores (B3)

A Gerdau tem uma longa história de relacionamento com o mercado de capitais brasileiro, sendo considerada uma das companhias de maior relevância na B3, a principal Bolsa de Valores do Brasil.

Suas ações são negociadas sob os códigos GGBR3 (ordinárias) e GGBR4 (preferenciais), sendo ambas reconhecidas por sua elevada liquidez e presença constante em importantes índices, como o Ibovespa.

Por meio da listagem na B3, a empresa consegue captar recursos junto a um amplo público de investidores, incluindo pessoas físicas, fundos de pensão, gestores institucionais e estrangeiros que buscam exposição ao setor siderúrgico.

Historicamente, a performance das ações da Gerdau na Bolsa acompanha, em boa medida, os ciclos econômicos e a demanda global por aço.

Em períodos de maior expansão econômica, em que a construção civil, a indústria automotiva e os projetos de infraestrutura se intensificam, a procura pelos produtos siderúrgicos tende a aumentar, o que pode valorizar os papéis da empresa.

Por outro lado, momentos de desaceleração global ou quedas no preço do aço podem afetar negativamente suas cotações.

No entanto, apesar dessas oscilações naturais, a Gerdau se mantém como um ativo de destaque para muitos investidores interessados em empresas de caráter cíclico, porém resilientes no longo prazo.

Um dos fatores que tornam as ações da Gerdau atrativas é a política de distribuição de dividendos. Conforme sua governança corporativa e o estatuto social, a empresa costuma remunerar os acionistas por meio de proventos, variando os montantes conforme a geração de caixa e a estratégia de investimentos adotada em cada exercício.

Além disso, a Gerdau frequentemente lança programas de recompra de ações, o que pode contribuir para a valorização dos papéis no mercado, ao mesmo tempo em que sinaliza confiança dos gestores nos fundamentos do negócio.

Para os analistas, a Gerdau é considerada uma empresa de grande porte, com alto grau de liquidez de suas ações e ampla cobertura de research por casas de análise e instituições financeiras.

Em termos de governança, a companhia exibe boas práticas de transparência e prestação de contas, o que reforça sua credibilidade no mercado e atrai perfis variados de acionistas — desde aqueles que procuram dividendos recorrentes até os que buscam possíveis valorizações ao longo do ciclo econômico.

Dessa forma, a atuação da Gerdau na B3 reflete não apenas sua força industrial, mas também seu compromisso contínuo em dialogar com o mercado e manter elevados padrões de governança corporativa.

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