Como investir em previdência privada
Muitas pessoas hoje querem aprender a como investir em previdência privada.
As razões variam, mas no geral elas querem um completo para a previdência social.
A questão é que não são todos que sabem como começar a investir na previdência privada.
O que é a previdência privada?
Antes de falarmos sobre como investir em previdência privada, é importante entender o que é a previdência privada e quais são as suas principais características.
De forma sucinta, podemos entender a previdência privada como sendo uma alternativa ou um complemento à previdência social do governo, cujo rendimento é maior.
A diferença entre a previdência social e privada, é que a primeira existe graças a contribuições compulsórias que são feitas pelas pessoas e pelas empresas.
A previdência privada é uma opção, uma alternativa.
Algo que depende totalmente da iniciativa do indivíduo, e é um investimento que deve ser feito com atenção.
Essa atenção é necessária porque existem duas formas de investir em previdência privada.
São elas:
- PGBL: Recomendado para quem faz a declaração de imposto de renda completa, o que gera a possibilidade de maiores deduções;
- VGBL: Recomendado para quem faz a declaração do imposto de renda simples ou trabalha como autônomo ou profissional liberal.
Nessas duas formas de investir na previdência o investidor faz a opção pela tabela progressiva ou regressiva.
Inclusive, a cobrança de impostos depende da tabela optada.
A tabela progressiva da previdência privada
Em relação à tabela progressiva, esta é completamente baseada na tabela do IR (imposto de renda), com os mesmos valores.
Isso significa que se o rendimento anual for:
- Até R$ 22.847,76 o investidor é isento de imposto;
- Entre R$ 22.847,77 até R$ 33.919,80, é cobrado uma alíquota de 7,5%;
- Entre R$ 33.919,81 e R$ 45.012,60, é uma alíquota de 15%;
- Entre R$ 45.012,61 e R$ 55.976,16, cobra-se uma alíquota de 22,5%;
- Para resgates acima de R$ 55.976,16, é aplicado uma alíquota de 27,5%.
Mas cuidado, o PGBL e o VGBL possuem diferenças na aplicação da alíquota.
No PGBL é cobrado sobre o valor resgatado, já o VGBL apenas no rendimento.
A tabela regressiva na previdência privada
A cobrança de imposto para quem investir em previdência privada com a tabela regressiva funciona em acordo com o tempo de duração do investimento.
Isso significa que quanto mais tempo durar o investimento, menor tenderá a ser a alíquota de imposto cobrada do investidor, ou seja, ideal para investidores de longo prazo.
A tabela regressiva, então, funciona da seguinte forma:
- Até 2 anos: 35% de alíquota;
- Entre 2 e 4 anos: 30% de alíquota;
- Entre 4 e 6 anos: 25% de alíquota;
- Entre 6 e 8 anos: 20% de alíquota;
- Entre 8 e 10 anos: 15% de alíquota;
- Mais de 10 anos: 10% de alíquota.
Um dado interessante de se lembrar é que a tabela regressiva é uma opção relativamente nova, tendo sido criada em 2005, como uma forma de diversificar os investimentos.
Qual a finalidade da previdência privada?
Quem quer investir em previdência privada deve saber qual é a principal utilidade desse investimento, que possui características que o tornam interessante para algumas pessoas.
Em primeiro lugar, trata-se de uma opção de investimento para quem faz planos a longo prazo, seja este adquirir um imóvel, pagar estudos dos filhos, fazer uma viagem e etc.
Por outro lado, a previdência privada pode ser muito interessante para ajudar no planejamento tributário e sucessão patrimonial graças aos benefícios de tributação.
Vale ressaltar que o apontamento de beneficiários é uma livre escolha do titular.
Todavia, caso eles não sejam escolhidos, a previdência irá direto para os herdeiros legais.
Para maiores dúvidas sobre o que são herdeiros legais, basta ver as regras impostas pelo código civil.
As instituições têm o direito de solicitar documentos para validar os herdeiros.
Como funciona a previdência privada?
Para investir em previdência privada, também é importante entender como ela funciona.
Algo que muitos investidores não sabem, por exemplo, é que ela é composta de fundos.
Sim, são fundos de investimento especialmente constituídos para essa finalidade.
Estes fundos são oferecidos a colaboradores de empresas ou adquiridos individualmente.
No caso, estes fundos são divididos em duas etapas. São elas:
- Acumulação: Quando o investidor faz o aporte do dinheiro, que pode ser único ou de forma regular, de acordo com as condições do plano;
- Usufruto: É quando as empresas responsáveis pelo fundo começam a pagar uma renda ao investidor de acordo com o que foi estipulado.
Inclusive, esse pagamento pode ser feito tanto por meio de uma parcela única, como em forma de renda mensal, como acontece com a previdência social.
Previdência privada aberta e previdência privada fechada
Algo que também precisa ser considerado quando se fala em investir em previdência privada, é o fato de que há dois segmentos de previdência, a aberta e a fechada.
O que muda entre estes dois segmentos de previdência é em relação ao público que pode participar delas.
No caso dos planos fechados, esses são chamados de fundo de pensão.
Esses fundos de pensão são criados e oferecidos por empresas ou associações profissionais.
São planos exclusivos e específicos para os seus colaboradores.
Isso significa que para fazer parte de uma previdência fechada, é preciso ser parte de uma instituição que a ofereça.
Quem fiscaliza essas previdências privadas é a Previc.
Já os planos de previdência privada aberta podem ser adquiridos por qualquer pessoa que queira investir.
Basta procurar em uma instituição distribuidora, tal como os bancos.
Lembre-se que os planos de previdência aberta devem seguir as regras estabelecidas pelas Susep, que também é responsável por fiscalizar o segmento todo.
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