Como investir em previdência privada

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Publicado em 07/10/2022 às 09:17h - Atualizado 2 meses atrás Publicado em 07/10/2022 às 09:17h Atualizado 2 meses atrás por João Henrique Possas
Como investir em previdência privada? Fonte: Shutterstock.
Como investir em previdência privada? Fonte: Shutterstock.

Muitas pessoas hoje querem aprender a como investir em previdência privada

As razões variam, mas no geral elas querem um completo para a previdência social. 

A questão é que não são todos que sabem como começar a investir na previdência privada. 

O que é a previdência privada?

Antes de falarmos sobre como investir em previdência privada, é importante entender o que é a previdência privada e quais são as suas principais características. 

De forma sucinta, podemos entender a previdência privada como sendo uma alternativa ou um complemento à previdência social do governo, cujo rendimento é maior. 

A diferença entre a previdência social e privada, é que a primeira existe graças a contribuições compulsórias que são feitas pelas pessoas e pelas empresas. 

A previdência privada é uma opção, uma alternativa. 

Algo que depende totalmente da iniciativa do indivíduo, e é um investimento que deve ser feito com atenção. 

Essa atenção é necessária porque existem duas formas de investir em previdência privada. 

São elas:

Nessas duas formas de investir na previdência o investidor faz a opção pela tabela progressiva ou regressiva. 

Inclusive, a cobrança de impostos depende da tabela optada.

A tabela progressiva da previdência privada

Em relação à tabela progressiva, esta é completamente baseada na tabela do IR (imposto de renda), com os mesmos valores. 

Isso significa que se o rendimento anual for:

  • Até R$ 22.847,76 o investidor é isento de imposto;
  • Entre R$ 22.847,77 até R$ 33.919,80, é cobrado uma alíquota de 7,5%;
  • Entre R$ 33.919,81 e R$ 45.012,60, é uma alíquota de 15%;
  • Entre R$ 45.012,61 e R$ 55.976,16, cobra-se uma alíquota de 22,5%;
  • Para resgates acima de R$ 55.976,16, é aplicado uma alíquota de 27,5%.

Mas cuidado, o PGBL e o VGBL possuem diferenças na aplicação da alíquota. 

No PGBL é cobrado sobre o valor resgatado, já o VGBL apenas no rendimento.

A tabela regressiva na previdência privada

A cobrança de imposto para quem investir em previdência privada com a tabela regressiva funciona em acordo com o tempo de duração do investimento

Isso significa que quanto mais tempo durar o investimento, menor tenderá a ser a alíquota de imposto cobrada do investidor, ou seja, ideal para investidores de longo prazo. 

A tabela regressiva, então, funciona da seguinte forma:

  • Até 2 anos: 35% de alíquota;
  • Entre 2 e 4 anos: 30% de alíquota;
  • Entre 4 e 6 anos: 25% de alíquota;
  • Entre 6 e 8 anos: 20% de alíquota;
  • Entre 8 e 10 anos: 15% de alíquota;
  • Mais de 10 anos: 10% de alíquota.

Um dado interessante de se lembrar é que a tabela regressiva é uma opção relativamente nova, tendo sido criada em 2005, como uma forma de diversificar os investimentos.

Qual a finalidade da previdência privada?

 

Quem quer investir em previdência privada deve saber qual é a principal utilidade desse investimento, que possui características que o tornam interessante para algumas pessoas. 

Em primeiro lugar, trata-se de uma opção de investimento para quem faz planos a longo prazo, seja este adquirir um imóvel, pagar estudos dos filhos, fazer uma viagem e etc. 

Por outro lado, a previdência privada pode ser muito interessante para ajudar no planejamento tributário e sucessão patrimonial graças aos benefícios de tributação. 

Vale ressaltar que o apontamento de beneficiários é uma livre escolha do titular. 

Todavia, caso eles não sejam escolhidos, a previdência irá direto para os herdeiros legais. 

Para maiores dúvidas sobre o que são herdeiros legais, basta ver as regras impostas pelo código civil. 

As instituições têm o direito de solicitar documentos para validar os herdeiros.

Como funciona a previdência privada?

Para investir em previdência privada, também é importante entender como ela funciona. 

Algo que muitos investidores não sabem, por exemplo, é que ela é composta de fundos

Sim, são fundos de investimento especialmente constituídos para essa finalidade. 

Estes fundos são oferecidos a colaboradores de empresas ou adquiridos individualmente. 

No caso, estes fundos são divididos em duas etapas. São elas:

  • Acumulação: Quando o investidor faz o aporte do dinheiro, que pode ser único ou de forma regular, de acordo com as condições do plano;
  • Usufruto: É quando as empresas responsáveis pelo fundo começam a pagar uma renda ao investidor de acordo com o que foi estipulado.

Inclusive, esse pagamento pode ser feito tanto por meio de uma parcela única, como em forma de renda mensal, como acontece com a previdência social.

Previdência privada aberta e previdência privada fechada

Algo que também precisa ser considerado quando se fala em investir em previdência privada, é o fato de que há dois segmentos de previdência, a aberta e a fechada. 

O que muda entre estes dois segmentos de previdência é em relação ao público que pode participar delas. 

No caso dos planos fechados, esses são chamados de fundo de pensão. 

Esses fundos de pensão são criados e oferecidos por empresas ou associações profissionais. 

São planos exclusivos e específicos para os seus colaboradores.

Isso significa que para fazer parte de uma previdência fechada, é preciso ser parte de uma instituição que a ofereça. 

Quem fiscaliza essas previdências privadas é a Previc

Já os planos de previdência privada aberta podem ser adquiridos por qualquer pessoa que queira investir. 

Basta procurar em uma instituição distribuidora, tal como os bancos. 

Lembre-se que os planos de previdência aberta devem seguir as regras estabelecidas pelas Susep, que também é responsável por fiscalizar o segmento todo. 

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