O que é CDB: entenda tudo sobre esse investimento [Guia Completo]
Conteúdo
- O que é CDB?
- Tipos de CDB disponíveis no mercado
- Quais são as vantagens de investir em um CDB?
- O que é CDI e qual sua relação com o CDB?
- Valor mínimo de investimento
- Custos e taxas
- Quanto rende um CDB?
- Quais os impostos e taxas para investir em CDB?
- Segurança e garantias - FGC
- Como investir em CDB: passo a passo
- CDB vs. outras aplicações de renda fixa
- Quais os riscos de investir em CDB?
- Conclusão: vale a pena investir em CDBs?
O CDB, Certificado de Depósito Bancário, é uma das principais opções de investimento de renda fixa no Brasil, esse é o tipo de investimento que se adapta aos diferentes cenários econômicos do país.
Seja em momentos de juros elevados, que potencializam a rentabilidade, ou em períodos de juros baixos, que ainda assim oferecem segurança e previsibilidade, os CDBs continuam sendo opção para investidores que priorizam estabilidade e rendimentos consistentes em suas carteiras.
Neste guia, vamos explicar de forma simples e prática tudo o que você precisa saber sobre o CDB: como funciona, como investir, quais são as vantagens, riscos, impostos e muito mais. Confira a seguir!
O que é CDB?
CDB é a sigla para Certificado de Depósito Bancário, um investimento de renda fixa onde você empresta dinheiro para um banco e recebe juros em troca.
Na prática, funciona assim: você aplica seus recursos em um título CDB, o banco utiliza esse dinheiro para suas operações e se compromete a devolver o valor corrigido por juros após determinado período.
Os rendimentos do CDB são calculados com base no CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que caminha muito próximo à Taxa Selic, com taxas que variam de 100% a 150% do CDI em 2025.
Tipos de CDB disponíveis no mercado
CDB Pré-fixado
No CDB pré-fixado, a taxa de juros é definida no momento da aplicação, oferecendo previsibilidade total do rendimento. É ideal para investidores que acreditam que a Selic diminuirá nos próximos meses.
Exemplo: Taxa de 12% ao ano, independentemente das variações da economia.
CDB Pós-fixado
No CDB pós-fixado, a rentabilidade está atrelada a um índice, geralmente o CDI, que por sua vez depende da taxa básica de juros (Selic). É interessante para quem acredita na manutenção ou elevação dos juros.
Exemplo: 105% do CDI, 110% do CDI ou 120% do CDI.
CDB Híbrido
Combina uma parte fixa com outra variável atrelada a algum indicador, como o IPCA. Oferece proteção contra a inflação com ganho real.
Exemplo: IPCA + 6% ao ano ou IPCA + 7,5% ao ano.
CDB com Liquidez Diária
Modalidade onde o prazo é D+0, ou seja, o resgate acontece no mesmo dia em que é solicitado, oferecendo máxima flexibilidade para o investidor, geralmente é a opção para reserva de emergência.
💡No Investidor10, por exemplo, o Gerenciador de Carteira permite monitorar de forma prática o desempenho dos seus CDBs, junto com outros ativos, a ferramenta apresenta evolução patrimonial, rentabilidade e o progresso das metas financeiras.
Quais são as vantagens de investir em um CDB?
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Segurança e proteção: a cobertura do FGC garante até R$ 250.000 por CPF e por instituição, tornando o CDB um dos investimentos mais seguros disponíveis no mercado brasileiro.
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Rentabilidade superior à poupança: os CDBs geralmente oferecem rendimentos significativamente maiores que a poupança tradicional, especialmente em cenários de juros elevados.
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Diversificação de prazos e liquidez: é possível escolher entre CDBs com liquidez diária para reserva de emergência ou prazos mais longos para objetivos específicos, permitindo maior flexibilidade no planejamento financeiro.
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Previsibilidade de retorno: nos CDBs pré-fixados, você sabe exatamente quanto receberá no vencimento, facilitando o planejamento de metas financeiras de longo prazo.
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Acessibilidade: com valores mínimos a partir de R$ 1,00 em algumas instituições, o CDB democratiza o acesso a investimentos de qualidade para todos os públicos.
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Ausência de taxas: diferentemente de alguns fundos de investimento, os CDBs não cobram taxa de administração ou custódia, maximizando seus ganhos.
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Proteção contra inflação (CDB Híbrido): nos CDBs atrelados ao IPCA, você garante ganho real acima da inflação, preservando o poder de compra do seu patrimônio.
O que é CDI e qual sua relação com o CDB?
O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é a taxa usada pelos bancos para emprestar dinheiro entre si. Funciona como referência da renda fixa no Brasil e acompanha de perto a taxa Selic.
O CDI é calculado diariamente pela B3 e costuma ficar de 0,1 a 0,2 pontos percentuais abaixo da Selic. Ele serve como base para diversos investimentos de renda fixa, como CDB, LCI, LCA e fundos, sendo expresso em taxa anual, mas com atualização diária.
A maioria dos CDBs pós-fixados rende um percentual do CDI. Quanto maior o percentual, maior será o retorno.
Exemplo:
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CDI = 13,65% ao ano
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CDB = 110% do CDI
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Rendimento bruto = 13,65% × 1,10 = 15,02% ao ano
Valor mínimo de investimento
O CDB é extremamente acessível, com opções que atendem desde pequenos até grandes investidores. No mercado atual, você encontra:
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Investimento mínimo: de R$ 1,00 a R$ 1.000,00
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Média do mercado: R$ 100,00 a R$ 500,00
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Bancos digitais: geralmente R$ 1,00
💡Uma opção para você calcular quanto terá de rendimento é A Calculadora CDI do Investidor10 é uma ferramenta para quem investe em renda fixa e quer entender, de forma simples, quanto o seu dinheiro pode render ao longo do tempo.
Custos e taxas
Uma das principais vantagens dos CDBs é a ausência de taxas. A maioria dos bancos e corretoras não cobra taxas de administração, taxa de custódia, taxa de corretagem. No entanto, há incidência de imposto de renda. Veja abaixo a tabela regressiva de IR
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Prazo de Aplicação |
Alíquota do IR |
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Até 180 dias |
22,50% |
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De 181 a 360 dias |
20% |
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De 361 a 720 dias |
17,50% |
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Acima de 720 dias |
15% |
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incide apenas sobre resgates em até 30 dias, com alíquota decrescente diária até zerar no 30º dia.
Quanto rende um CDB?
O rendimento do CDB varia conforme o tipo escolhido e as condições de mercado. Para entender melhor, vejamos exemplos práticos com diferentes cenários:
Exemplo 1: CDB Pós-fixado (120% do CDI)
-
Investimento: R$ 10.000,00
-
Prazo: 2 anos
-
CDI atual: 13,65% ao ano
-
Rendimento bruto: 16,38% ao ano (13,65% × 1,20)
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Rendimento líquido após IR (17,5%): R$ 2.700,00 aproximadamente
Exemplo 2: CDB Pré-fixado (12% ao ano)
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Investimento: R$ 10.000,00
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Prazo: 1 ano
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Rendimento bruto: R$ 1.200,00
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Rendimento líquido após IR (20%): R$ 960,00
Exemplo 3: CDB Híbrido (IPCA + 6%)
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Investimento: R$ 10.000,00
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Prazo: 3 anos
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IPCA projetado: 4% ao ano
-
Rendimento total: aproximadamente 10% ao ano
-
Proteção real contra inflação + ganho adicional
É importante lembrar que o rendimento líquido sempre será menor que o bruto devido à incidência do Imposto de Renda, que segue a tabela regressiva mencionada anteriormente.
Quais os impostos e taxas para investir em CDB?
Entender a tributação é fundamental para calcular corretamente o rendimento líquido do seu investimento em CDB.
O IR incide apenas sobre os rendimentos (lucro) e segue a tabela regressiva já apresentada.
Quanto mais tempo o dinheiro permanecer aplicado, menor será a alíquota:
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Até 180 dias: 22,50%
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De 181 a 360 dias: 20%
-
De 361 a 720 dias: 17,50%
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Acima de 720 dias: 15%
O desconto é feito automaticamente na fonte, no momento do resgate ou no vencimento do título.
O IOF é aplicado apenas em resgates realizados nos primeiros 30 dias da aplicação, com alíquota regressiva que varia de 96% no primeiro dia até zero no 30º dia. Após esse período, não há cobrança de IOF.
A boa notícia é que os CDBs são isentos de:
-
Taxa de administração
-
Taxa de custódia
-
Taxa de corretagem
-
Taxa de carregamento
-
Taxa de performance
Isso significa que o único custo efetivo são os impostos sobre os rendimentos, tornando o CDB uma opção transparente e com custos previsíveis.
Dica importante: Para maximizar seus ganhos, evite resgates antes de 30 dias (para não pagar IOF) e mantenha o investimento por mais de 2 anos (720 dias) para pagar a menor alíquota de IR possível.
💡A página Renda Fixa do Investidor10 oferece um panorama completo dos principais tipos (CDB, LCI/LCA, debêntures, CRI/CRA, LC, entre outros). Você encontra filtros para prazo, liquidez, indexador e rendimento, o que facilita escolher produtos que se encaixem no seu perfil.
Segurança e garantias - FGC
O FGC (Fundo Garantidor de Crédito) é uma entidade privada sem fins lucrativos que protege investidores de produtos financeiros, incluindo o CDB, em caso de intervenção, liquidação ou falência das instituições financeiras.
Quando você investe em um CDB, automaticamente tem direito à cobertura de até R$ 250.000 por CPF e por instituição financeira, com um limite global de R$ 1 milhão a cada período de quatro anos.
Isso significa que mesmo se o banco quebrar, você receberá seu dinheiro de volta dentro desses limites, tornando o CDB um dos investimentos mais seguros do mercado brasileiro.
Como investir em CDB: passo a passo
1. Escolha da instituição
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Compare taxas oferecidas por diferentes bancos
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Verifique a solidez financeira da instituição
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Analise a facilidade da plataforma digital
2. Análise do produto
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Defina seu perfil: conservador, moderado ou agressivo
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Escolha entre liquidez diária ou vencimento fixo
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Compare rendimentos: pré, pós-fixado ou híbrido
3. Processo de aplicação
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Abra conta na instituição escolhida
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Transfira recursos via PIX (instantâneo)
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Selecione o CDB desejado na plataforma
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Confirme a aplicação
4. Acompanhamento
-
Monitore periodicamente o rendimento
-
Avalie oportunidades de portabilidade
-
Considere reinvestimento nos vencimentos
CDB vs. outras aplicações de renda fixa
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Investimento |
Risco |
Liquidez |
Rendimento Médio* |
Tributação |
|
CDB |
Baixo |
Variável |
105%-120% CDI |
Regressiva |
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Poupança |
Baixo |
Diária |
70% Selic |
Isento |
|
Tesouro Selic |
Baixo |
Diária |
100% Selic |
Regressiva |
|
LCI/LCA |
Baixo |
Variável |
80%-95% CDI |
Isento |
*Rendimentos são aproximados e variam conforme instituição e prazo.
Quais os riscos de investir em CDB?
Embora o CDB seja considerado um investimento seguro, é importante conhecer os riscos envolvidos para tomar decisões conscientes:
Risco de crédito: é o risco de o banco emissor do CDB não conseguir honrar o pagamento. Esse risco é mitigado pela cobertura do FGC até R$ 250.000 por CPF e por instituição. Para valores superiores, recomenda-se diversificar entre diferentes bancos.
Risco de liquidez: CDBs com prazos fixos não permitem resgate antecipado sem penalidades ou até mesmo impedem totalmente o resgate antes do vencimento. Isso pode ser problemático se você precisar do dinheiro em uma emergência.
Risco de mercado (CDB Pré-fixado): se você investir em um CDB pré-fixado e a Selic subir significativamente, terá perdido a oportunidade de ganhar mais com as taxas mais altas do mercado, já que sua taxa ficou "travada".
Risco de inflação (CDB Pós-fixado): em CDBs pós-fixados atrelados ao CDI, se a inflação subir mais que os juros, você pode ter ganho nominal, mas perda real de poder de compra.
Risco de oportunidade: ao manter recursos em CDBs de longo prazo, você pode perder oportunidades de investimentos mais rentáveis que surjam no mercado.
Como minimizar os riscos:
-
Diversifique entre diferentes instituições financeiras
-
Verifique a solidez e o rating do banco emissor
-
Mantenha parte do patrimônio em CDB com liquidez diária
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Escolha o tipo de CDB adequado ao cenário econômico
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Respeite o limite de R$ 250.000 por instituição para garantia do FGC
Conclusão: vale a pena investir em CDBs?
Investir em CDBs é uma estratégia inteligente para quem busca segurança, previsibilidade e proteção contra a volatilidade de outros ativos, como ações.
Essa modalidade de renda fixa permite diversificar a carteira, aproveitar diferentes cenários econômicos e garantir rendimentos consistentes ao longo do tempo.
Com o Investidor10, você tem acesso a ferramentas completas para analisar seus investimentos, comparar CDBs, acompanhar a rentabilidade e monitorar sua carteira de forma prática e segura.
Assim, é possível tomar decisões mais informadas, planejar seu patrimônio e alcançar seus objetivos financeiros de maneira estratégica.
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