Tesouro Direto

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Tesouro Direto

O que é Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um programa que oferta e permite que os investidores interessados comprem títulos públicos diretamente pela internet.

Os títulos disponíveis no Tesouro Direto são emitidos pelo Tesouro Nacional e possuem como garantia a capacidade de pagamento e de gerar recursos do próprio governo. Os investidores podem escolher entre diferentes opções de títulos, com prazos de vencimento e rendimentos variados.

Atualmente, o Tesouro Direto é considerado uma opção de investimento de baixo risco e é acessível a investidores de todos os perfis e capacidade financeira.

Na prática, quando um investidor aplica recursos nesta modalidade de investimento, ele está emprestando dinheiro para o Governo Federal em troca de rentabilidade, ou seja, retorno financeiro.

Como funciona o Tesouro Direto?

Conforme destacamos anteriormente, o Tesouro Direto é um programa que permite aos investidores comprar títulos públicos federais diretamente pela internet. Esses títulos são uma forma que o governo possui para captar recursos para financiar suas atividades.

Para começar a investir no Tesouro Direto, o primeiro passo é se cadastrar em uma corretora de valores autorizada pelo Banco Central a oferecer o programa.

Nesta etapa, é necessário fornecer informações pessoais e documentos, como RG e CPF, além de efetuar uma transferência bancária para depositar recursos na conta da corretora.

Uma vez que o cadastro esteja concluído e o dinheiro depositado, o investidor pode escolher os títulos públicos que pretende adquirir. Há uma variedade de opções disponíveis, com prazos de vencimento e rendimentos variados.

O Tesouro Selic, por exemplo, é um título de renda fixa que paga juros diários e tem uma taxa de juros ligada à Selic, enquanto isso, o Tesouro IPCA+ tem uma taxa de juros que acompanha a inflação mais uma margem adicional.

Após a escolha do título, o investidor pode comprá-lo pela internet e acompanhar o seu desempenho e rendimentos através da plataforma da corretora. Por fim, vale destacar que caso seja necessário, é possível vender os títulos antes do vencimento, mas isso pode resultar em prejuízo ou perda de rendimentos.

Tipos de Tesouro Direto

Existem vários tipos de títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto, cada um com características e objetivos de investimento diferentes.

Tesouro Prefixado (LTN)

O Tesouro Prefixado tem uma taxa de juros fixa que é definida no momento da emissão. O rendimento é conhecido de antemão e não varia com a taxa Selic. É uma boa opção para investidores que buscam previsibilidade no rendimento.

Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F)

O Tesouro Prefixado com Juros Semestrais paga rendimentos a cada semestre ao invés de pagamento único ao vencimento.

Esse tipo de título é indicado para investidores que buscam previsibilidade no rendimento e preferem receber os juros de forma periódica. Ele é considerado um investimento de médio a longo prazo e tem um risco moderado.

Tesouro Selic (LFT)

O Tesouro Selic rende juros diários e tem uma taxa de juros ligada à taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira. É considerado uma opção de baixo risco e é indicado para investidores que buscam rendimentos com liquidez diária

Esse título é indicado para investidores que buscam uma rentabilidade mais conservadora e que desejam acompanhar a taxa de juros da economia brasileira. Ele é considerado uma opção de investimento de baixo risco.

Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal)

O Tesouro IPCA+ tem uma taxa de juros que acompanha a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mais uma margem adicional, conhecida como spread.

Esse título é indicado para investidores que buscam proteção contra a inflação e desejam acompanhar a variação dos preços no mercado. Ele é considerado uma opção de investimento de médio risco.

Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B)

O Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais é similar ao Tesouro IPCA+, mas paga juros semestrais ao invés de pagamento único ao vencimento.

Esse título é indicado para investidores que buscam proteção contra a inflação e desejam receber rendimentos parciais ao longo do período de investimento. Ele é considerado uma opção de investimento de médio risco.

Como é possível observar, cada tipo de título tem suas próprias características e objetivos de investimento, portanto, é recomendável que os investidores pesquisem e entendam bem os riscos e benefícios de cada opção antes de escolher em qual investir.

Tesouro Direto RendA+ (RendaMais)

O Tesouro Direto Renda+ é uma nova modalidade de investimento com o objetivo de ajudar os investidores a diversificarem sua carteira de investimentos e obterem rendimentos maiores. O Renda+ é uma opção de investimento em títulos públicos com rentabilidade indexada à inflação.

Ao contrário de outros títulos públicos, como o Tesouro Selic, que possuem rentabilidade fixa, a rentabilidade do Tesouro Direto Renda+ é atualizada mensalmente de acordo com a variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Isso significa que os investidores podem proteger seu dinheiro contra a inflação e ao mesmo tempo obter rendimentos acima da inflação.

Qual é o rendimento do Tesouro Direto?

O rendimento do Tesouro Direto varia de acordo com o tipo de título escolhido pelo investidor e o prazo de investimento. Conforme detalhamos no tópico anterior, existem diversos tipos de títulos oferecidos pelo Tesouro Direto, como o Tesouro Selic, o Tesouro IPCA+ e o Tesouro Prefixado, cada um com suas particularidades e rendimentos específicos.

O Tesouro Selic, por exemplo, tem uma taxa de juros que segue a taxa Selic, sendo indicado para quem busca uma rentabilidade segura e conservadora. Já o Tesouro IPCA+ tem uma taxa de juros que segue a variação da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais uma taxa adicional, sendo indicado para quem busca proteção contra a inflação.

Além disso, o rendimento do Tesouro Direto também varia de acordo com o prazo de investimento. Quanto maior o prazo, maior será o rendimento, mas também maior será o risco. É importante que os investidores avaliem seus objetivos e perfil de risco antes de escolher um título e um prazo de investimento.

Em geral, o Tesouro Direto é considerado uma opção de investimento de baixo risco e com rendimentos atrativos, tornando-se uma alternativa interessante para quem deseja diversificar sua carteira de investimentos. Porém, é importante que cada investidor faça sua própria análise e avaliação antes de tomar qualquer decisão de investimento.

Quais os custos e a tributação do Tesouro Direto

Os custos do Tesouro Direto incluem taxas de corretagem e custódia. Confira na sequência como elas funcionam e quais são as suas alíquotas.

  • Taxas de corretagem e administração: São cobradas pelas corretoras e variam de acordo com a instituição financeira escolhida. Algumas corretoras oferecem taxas zero para títulos do Tesouro Direto.
  • Taxa de Custódia: É uma taxa cobrada semestralmente pelo Tesouro Nacional para manter os títulos sob sua custódia. A taxa é equivalente a 0,20% ao ano sobre o valor investido, ficando isentas as aplicações de valor inferior a R$ 10 mil no Tesouro Selic.

Quem pretende investir recursos no Tesouro Direto também precisa ficar atento com os custos relacionados à tributação deste tipo de aplicação financeira.

Sobre aplicações em títulos do Tesouro Direto, pode incidir o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), nas condições discriminadas abaixo.

Imposto de Renda: O imposto de renda sobre aplicações financeiras no Tesouro Direto, é cobrado no momento do resgate, com base em uma tabela de alíquotas regressivas, ou seja, quanto mais tempo você mantém a aplicação, menor o imposto a pagar.

As alíquotas são as seguintes:

  • 22,5%, para resgate em até 180 dias;
  • 20%, para resgate entre 181 dias até 360 dias;
  • 17,5%, para resgate entre 361 dias até 720 dias;
  • 15%, para resgate com prazo acima de 720 dias.

Vale destacar que o imposto em questão incide apenas sobre os rendimentos e não sobre o montante total da aplicação.

IOF: O IOF é cobrado apenas nos resgates em período inferior a 30 dias. A tabela é regressiva, variando de 96% a 0% sobre o valor dos rendimentos no período. Veja a tabela:

Dias % Dias % Dias %
1 96 11 63 21 30
2 93 12 60 22 26
3 90 13 56 23 23
4 86 14 53 24 20
5 83 15 50 25 16
6 80 16 46 26 13
7 76 17 43 27 10
8 73 18 40 28 6
9 70 19 36 29 3
10 66 20 33 30 0

Quais são as vantagens do Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é considerado uma das opções mais seguras e rentáveis de investimento no Brasil. Algumas das principais vantagens do Tesouro Direto incluem:

  • Baixo risco: Os títulos do Tesouro Direto são emitidos pelo Governo Federal, o que garante aos investidores a segurança de que os pagamentos serão realizados conforme o prometido.
  • Rentabilidade atrativa: Os títulos oferecem taxas de juros competitivas, que podem ser maiores do que as oferecidas por outros investimentos de renda fixa.
  • Disponibilidade: Os títulos do Tesouro Direto estão disponíveis para investidores de todos os perfis, inclusive para aqueles que possuem pouco dinheiro disponível para investir.
  • Facilidade de aplicação: o Tesouro Direto pode ser aplicado online, sem a necessidade de intermediários financeiros, o que facilita e agiliza o processo de investimento.
  • Diversificação: Os investidores podem escolher entre vários tipos de títulos do Tesouro Direto, com diferentes prazos e taxas de juros, o que permite aos investidores diversificar seus investimentos.
  • Liquidez: Os títulos do Tesouro Direto podem ser facilmente resgatados antes do vencimento, sem perda de valor.

Quais são as desvantagens do Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é considerado uma opção segura e rentável de investimento, mas também possui algumas desvantagens, incluindo:

  • Baixo rendimento: Alguns títulos do Tesouro Direto podem oferecer taxas de juros menores do que outros investimentos de renda fixa, como as debêntures de empresas.
  • Risco de inflação: Alguns títulos do Tesouro Direto são indexados à inflação, o que significa que o rendimento pode ser prejudicado caso a inflação não atinja o patamar esperado.
  • Tributação: Os títulos do Tesouro Direto estão sujeitos a impostos, como Imposto de Renda, e o IOF dependendo do tempo de detenção e do tipo de título.
  • Poucas opções de investimento: O Tesouro Direto possui menos opções de investimento em comparação com outros mercados financeiros, como ações, fundos imobiliários, entre outros.

Dito isso, é importante que o investidor coloque as vantagens e desvantagens na balança e faça a sua análise antes de começar a investir.

É seguro investir no Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é considerado um investimento seguro, pois os títulos emitidos pelo governo federal são garantidos pelo próprio Estado. Além disso, o Tesouro é considerado uma opção de investimento de baixo risco, pois as taxas de juros podem ser fixadas e conhecidas desde o início do investimento ou atrelados à Selic ou à inflação.

No entanto, é importante lembrar que nenhum investimento é completamente isento de risco e que a rentabilidade do Tesouro Direto pode ser afetada por fatores externos, como a as mudanças nas taxas de juros.

Por isso, é importante que o investidor conheça bem seus objetivos financeiros e sua tolerância a riscos antes de investir no Tesouro Direto.

Como investir no Tesouro Direto

Investir no Tesouro Direto é muito fácil, confira o passo a passo e veja como funciona:

1. Escolha um agente de custódia: O Tesouro Direto é negociado exclusivamente pela internet, então é necessário escolher uma corretora, banco ou outro agente de custódia para acessar e negociar os títulos.

2. Faça a abertura de conta: Após escolher o agente de custódia, será necessário abrir uma conta e fornecer informações pessoais, como CPF e RG.

3. Escolha o título: Existem diversos tipos de títulos disponíveis no Tesouro Direto, cada um com características e taxas de juros diferentes. É importante escolher o título que melhor se adequa aos objetivos financeiros e ao perfil de risco do investidor.

4. Faça a compra: Após escolher o título, é necessário transferir o dinheiro para a conta da corretora ou banco e fazer a compra. A compra pode ser feita na quantidade de títulos desejada e em apenas alguns cliques por meio da plataforma da corretora ou banco.

5. Acompanhe o seu investimento: É importante acompanhar o desempenho do título e as informações sobre o pagamento de juros e do resgate.