Trump e Xi conversam pela 1ª vez desde o início da guerra comercial

Segundo Trump, os presidentes concordaram em resolver as diferenças relacionadas às tarifas.

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Publicado em 05/06/2025 às 12:08h - Atualizado 14 horas atrás Publicado em 05/06/2025 às 12:08h Atualizado 14 horas atrás por Elanny Vlaxio
O telefonema foi solicitado por Trump (Imagem: Shutterstock)
O telefonema foi solicitado por Trump (Imagem: Shutterstock)

🗣️  Xi Jinping, presidente da China, e Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, tiveram nesta quinta-feira (5) a 1ª conversa desde o início da guerra comercial. 

Segundo Trump, os presidentes concordaram em resolver as diferenças relacionadas às tarifas. “Não deve mais haver dúvidas sobre a complexidade dos produtos de terras raras”, escreveu Trump no Truth Social. “Nossas respectivas equipes se reunirão em breve em um local a ser determinado", acrescentou. 

A ligação acontece semanas após Washington e Pequim voltarem a trocar acusações relacionadas às tarifas. Vale citar que os países fecharam um acordo de 90 dias em 12 de maio para pausar a decisão. 

Em sua declaração mais recente, Trump criticou o presidente da China e disse que o chefe é "duro e extremamente difícil". "Gosto do presidente Xi da China. Sempre gostei e sempre gostarei, mas ele é muito duro e extremamente difícil de fazer um acordo", afirmou Trump. 

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💬 Além disso, dias atrás ele acusou a China de violar o acordo sobre as tarifas. "A China, talvez não de forma surpreendente para alguns, tem violado totalmente seu acordo com os EUA", disse em publicação no Truth Social. 

Trump afirmou ainda que só concordou em reduzir as tarifas para ajudar a China. "Há duas semanas, a China corria grave perigo econômico! As tarifas altíssimas que estabeleci tornaram praticamente impossível para a China vender no mercado dos Estados Unidos, que é, de longe, o número um do mundo".

A China, por sua vez, disse que as acusações do presidente dos EUA são "infundadas" e afirmou que tomará medidas para defender seus interesses. Além disso, o porta-voz da embaixada, Liu Pengyu, pediu que os EUA acabem com as "restrições discriminatórias" contra Pequim. 

Relembre o acordo e a guerra tarifária 

📱 Os Estados Unidos e a China concordaram em maio reduzir durante 90 dias as chamadas tarifas recíprocas entre os dois países. Para os EUA, as tarifas cairão de 145% para 30%, já para a China, terá um redução de 125% para 10%, isso até o dia 14 de maio. 

A guerra tarifária entre os dois países começou em fevereiro. Os Estados Unidos adicionaram uma taxa extra de 10% sobre os produtos importados da China, somando aos 10% já existentes. No dia 2 de abril, Trump anunciou as tarifas recíprocas, incluindo uma nova alíquota de 34% sobre produtos chineses, o que elevou a tarifa total aplicada à China para 54%.

Com a reação da China — que impôs uma tarifa equivalente de 34% sobre produtos norte-americanos — a Casa Branca decidiu intensificar a resposta, aumentando em mais 50% as taxas sobre os produtos chineses. Assim, as tarifas dos EUA sobre a China chegaram a 104%.

Ao ser informada de que a China elevaria as tarifas contra os EUA para 84%, a administração Trump decidiu subir novamente a taxa contra os chineses, desta vez para 145%. "Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato", escreveu Trump em sua rede social.

Como resposta, a China elevou suas tarifas para 125% e além de dizer que as tarifas dos EUA se tornarão "piada" também afirmou que irá ignorar novas medidas. “Mesmo que os EUA continuem a impor tarifas mais altas, isso deixará de fazer sentido econômico e se tornará uma piada na história da economia mundial”.

Já no dia 15 de abril, a Casa Branca informou que a China enfrenta tarifas de 245% sobre produtos que entram nos Estados Unidos. Segundo o governo norte-americano, a medida é uma resposta às ações retaliatórias do país asiático. Mais recentemente, Trump afirmou que as tarifas passarão por uma redução "substancial", embora não cheguem ao nível zero.