WeWork entra com pedido de recuperação judicial nos EUA e no Canadá

A WeWork, startup pioneira no modelo de coworking, entrou com um pedido de recuperação judicial na Justiça dos Estados Unidos. O pedido também engloba as operações da empresa no Canadá. As informações foram publicadas na noite da última segunda-feira (6). 

A WeWork reportou cerca de US$ 19 bilhões em dívidas. O valor corresponde a cerca de R$ 92,5 bilhões, na cotação parcial desta terça-feira (7). 

Veja também: Copom cita aumento da "incerteza fiscal" sobre meta, em ata

“Como parte do pedido, a WeWork está pedindo autorização para encerrar os arrendamentos de determinados locais que são em grande parte não operacionais, e todos os membros afetados receberam aviso prévio”, informou a companhia.

A companhia, que trabalha com locação de espaços compartilhados para pequenas e médias empresas, já teve o valuation de US$ 47 bilhões em 2019. Além disso, a empresa já foi a maior locatária de escritórios em Manhattan, em Nova York. Atualmente, a We Work é avaliada em US$ 44 milhões. 

Em 30 de junho deste ano, a WeWork possuía 777 estabelecimentos em 39 países, somando US$ 16 bilhões em dívidas, o que já significava um valor maior do que o levantado pela empresa com investidores desde a sua fundação. A ocupação estava próxima aos níveis de 2019, mas a companhia não encontrou o caminho para a lucratividade. 

WeWork no Brasil

No Brasil, a WeWork chegou em meados de 2017. Entretanto, desde 2021, a empresa opera através de uma joint venture com o SoftBank Latin America Fund. Presente em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte, o futuro da startup no País ainda é incerto. 

Segundo informou a empresa em nota, os espaços WeWork em outros países, que não sejam os EUA e o Canadá, continuarão em funcionamento.