WEG (WEGE3) ficou barata? Bancos enxergam oportunidade 'rara' com DeepSeek
Embora a WEG não esteja no setor de tecnologia, sua cotação foi impactada pelo efeito dominó causado pelo lançamento da DeepSeek.

🚨 A forte queda das ações da WEG (WEGE3) pegou o mercado de surpresa, mas especialistas apontam que esse movimento pode ter aberto uma janela de oportunidade para os investidores.
Embora a multinacional brasileira não esteja diretamente ligada ao setor de tecnologia, sua cotação foi impactada pelo efeito dominó causado pelo lançamento da DeepSeek, uma inteligência artificial chinesa que abalou o setor de big techs e refletiu negativamente no índice Nasdaq.
O resultado? Uma queda de 8% no papel da WEG no pregão de segunda-feira (27). Mas será que esse recuo é motivo de preocupação ou uma chance rara de comprar ações da empresa por um preço mais atraente?
Analistas enxergam oportunidade
Para o Itaú BBA, a resposta é clara: não apenas vale a pena manter as ações da WEG na carteira, como também este pode ser um momento estratégico para aumentar a exposição ao papel.
Tradicionalmente negociada com múltiplos elevados devido ao seu sólido histórico de crescimento e resiliência, a ação pode estar sendo precificada abaixo do seu real valor de mercado.
Essa visão não é isolada. Instituições de peso, como JP Morgan e Citi, também recomendam a compra, destacando que a reação negativa à DeepSeek foi exagerada.
O Citi, por exemplo, manteve seu preço-alvo de R$ 62 para a ação, o que representa um potencial de valorização de 14% em relação ao fechamento da última quarta-feira (29).
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Efeito DeepSeek: impacto real ou ruído temporário?
Diferentemente das big techs, que dependem diretamente do avanço da inteligência artificial, a receita da WEG tem pouca exposição imediata a essa tecnologia.
Seu core business está concentrado em motores elétricos, automação industrial e geração, transmissão e distribuição (GT&D) de energia.
Isso significa que a volatilidade recente pode não se justificar quando analisamos os fundamentos de longo prazo da empresa.
Segundo os analistas do Itaú BBA, a principal conexão da WEG com a IA deve ocorrer no setor de GT&D, principalmente através da venda de transformadores para o mercado norte-americano.
Hoje, esses equipamentos representam entre 10% e 15% da receita da companhia, e sua demanda tem crescido por dois fatores estruturais:
Envelhecimento da infraestrutura elétrica dos EUA – Cerca de 70% dos transformadores no país já têm mais de 25 anos de uso.
Adoção de energias renováveis – O avanço da energia solar e eólica exige novas soluções para distribuição eficiente.
Isso significa que os contratos atuais da WEG já estavam firmados antes mesmo da explosão dos investimentos em IA. Ou seja, a recente queda no preço da ação pode ser um reflexo de um pânico momentâneo do mercado, e não de uma mudança estrutural no potencial da companhia.
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Expectativa de valorização
O Itaú BBA reforçou sua recomendação de compra para WEGE3, com um preço-alvo de R$ 67 até o final de 2025, o que representaria um potencial de valorização de 21% em relação à cotação atual.
Outro ponto destacado pelo Citi é que a redução de custos dos modelos de inteligência artificial ainda não foi totalmente comprovada, o que torna incerto qualquer impacto futuro sobre a demanda por energia e infraestrutura associada.
Além disso, a relação da WEG com IA ocorre mais indiretamente, através de data centers e sistemas de automação industrial, e não com semicondutores de ponta.
💲 Embora oscilações de curto prazo possam assustar investidores menos experientes, o consenso entre as principais casas de análise é de que a WEG continua sendo um ativo robusto, com fundamentos sólidos e perspectivas positivas para os próximos anos.

WEGE3
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