Vibra (VBBR3) agora tem grau de investimento da S&P, veja por quê

S&P destaca melhora dos resultados da Vibra e ainda vê espaço para mais dividendos.

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Publicado em 24/09/2025 às 10:53h - Atualizado Agora Publicado em 24/09/2025 às 10:53h Atualizado Agora por Marina Barbosa
Vibra é a antiga BR Distribuidora (Imagem: Shutterstock)
Vibra é a antiga BR Distribuidora (Imagem: Shutterstock)

A Vibra (VBBR3) conquistou nessa terça-feira (23) o grau de investimento da S&P Global Ratings, uma indicação importante para os investidores nacionais e estrangeiros.

💲 O grau de investimento indica que as empresas apresentam baixo risco de inadimplência e, consequentemente, alta capacidade de honrar suas dívidas. Por isso, obter este selo é importante para as companhias atraírem mais investimentos.

No caso da Vibra, o tal "investment grade" veio nessa terça-feira (23), depois que a S&P atribuiu uma nota de crédito global BBB-, com perspectiva estável, para a companhia. É um rating melhor até que o do Brasil, atualmente em BB.

O que diz a S&P?

⛽ Em relatório, a S&P explicou que a nota de crédito se baseia na sólida posição comercial da Vibra e na expectativa de que a empresa melhora os seus resultados nos próximos trimestres.

"Esperamos que a distribuidora brasileira de combustíveis Vibra Energia continue melhorando os volumes e as margens nos próximos trimestres, beneficiando-se de sua forte posição no mercado brasileiro de distribuição de combustíveis, com cobertura nacional e uma extensa rede logística", afirmou a S&P-

Já a perspectiva estável do rating reflete a expectativa de que, com uma geração de caixa consistente e um Ebitda maior, a Vibra também reduza a sua alavancagem, mantendo uma confortável reserva de liquidez.

É uma combinação de melhorias operacionais e financeiras que, na avaliação da agência de classificação de risco, ainda pode permitir um aumento dos dividendos da empresa já a partir de 2026.

Projeções

📈 No relatório, a S&P destacou que Vibra já é a maior distribuidora de combustíveis do Brasil, mas ainda pode se beneficiar de medidas do governo que buscam coibir práticas ilegais neste mercado e da expansão no mercado de energia renovável, ampliando os seus volumes.

A agência de classificação de risco também prevê a redução da alavancagem da Vibra, além de uma melhora da geração de caixa e do Ebitda da companhia nos próximos trimestres. Afinal, os indicadores foram pressionados nos últimos meses pela aquisição da Comerc e pelos reajustes dos combustíveis anunciados pela Petrobras (PETR4).

"Esperamos que preços mais estáveis ​​e volumes sólidos sustentem um EBITDA e uma geração de caixa mais elevados no segundo semestre de 2025 e em 2026", afirmou a S&P, citando também a tentativa da Vibra de aumentar a participação de seus produtos premium.

Com isso, a agência espera que a companhia registre um Ebitda ajustado de R$ 7,1 bilhões em 2025 e e R$ 7,7 bilhões em 2026. Já a alavancagem ajustada deve cair para 2,5x-3,0x até o final deste ano e para perto de 2,0x em 2026, pelos cálculos da S&P.

Dividendos

💰 Diante desse cenário, a S&P também vê espaço para a Vibra rever o seu payout e, assim, distribuir mais dividendos para os seus acionistas.

Na avaliação da agência, a companhia deve distribuir 25% do lucro líquido deste ano aos acionistas. Ou seja, o percentual mínimo previsto em lei, por causa da alavancagem, que atingiu um pico neste ano.

Contudo, a expectativa é de que este payout suba para 40% já a partir de 2026, devido à esperada queda da alavancagem.

VBBR3

VIBRA ENERGIA S.A.
Cotação

R$ 24,47

Variação (12M)

8,82 % Logo VIBRA ENERGIA S.A.

Margem Líquida

3,11 %

DY

4.47%

P/L

4,87

P/VP

1,31