Vale (VALE3): Investigação nega conflito de interesse em processo sucessório
Companhia contratou apuração independente depois de um conselheiro renunciar dizendo que escolha de novo presidente havia sido manipulada.
O processo de sucessão da Vale (VALE3) seguiu as regras de governança da empresa e não apresenta evidências de conflitos de interesse ou divulgação indevida de informações. A conclusão é da TozziniFreire Advogados, que fez uma apuração independente do processo.
🔎 A Vale informou sobre a conclusão dos trabalhos de apuração da TozziniFreire Advogados nesta sexta-feira (28). De acordo com a companhia, a apuração verificou os fatos relacionados ao referido processo sucessório, com base em entrevistas, dados, documentações internas e outros registros coletados até 31 de março de 2024. Além disso, considerou a conformidade do trabalho com as melhores práticas de governança.
"A conclusão de TozziniFreire, apresentada nesta data ao Conselho de Administração da Vale, foi de que a governança da Companhia foi respeitada conforme competências previstas no Estatuto Social, nas políticas e nos regimentos internos, no que diz respeito aos procedimentos adotados para deliberação sobre o processo sucessório do Presidente", comunicou.
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Ainda segundo a Vale, "não foram identificadas evidências de atos praticados em conflito de interesse e/ou de autoria de divulgações indevidas de informações da Companhia".
A Vale deu início a uma apuração sobre a conformidade do seu processo sucessório depois que José Luciano Penido renunciou ao cargo de conselheiro independente da Vale em março, dizendo que a escolha do próximo presidente da companhia vinha sendo conduzida de forma manipulada, sem atender ao melhor interesse da empresa, sob influência política.
O processo de sucessão da Vale
📆 O processo sucessório da Vale se arrasta desde o início do ano. O mandato do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, acabaria em 26 de maio, mas foi renovado até 31 de dezembro para que a companhia tivesse mais tempo para escolher o próximo presidente.
As incertezas sobre o comando da Vale começaram depois que o governo federal tentou emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o cargo. A possibilidade foi descartada diante da reação negativa do mercado. O Conselho de Administração da Vale, no entanto, não chegou a um acordo sobre a sucessão. Por isso, contratou uma consultoria para apresentar uma lista tríplice de candidatos.
A consultoria Russell Reynolds foi contratada com esse objetivo no fim de maio e deve apresentar a lista tríplice até setembro. Com isso, o novo presidente da Vale deve ser escolhido no início de dezembro para tomar posse em 1º de janeiro. Os prazos foram estipulados pela companhia.
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