Trump impõe taxas de 25% para México e Canadá e de 10% para China
Imposto sobre petróleo, porém, deve ficar em 10%
O presidente Donald Trump, impôs nesta sexta-feira (31), taxas de importação para produtos vindos de alguns dos principais parceiros comerciais dos Estados Unidos. Em comunicado divulgado durante a tarde (hora local), ele afirmou que as importações oriundas de México e Canadá serão tarifadas em 25%, enquanto as da China receberão imposto adicional de 10%.
A imposição de novas tarifas comerciais era uma promessa de campanha, que dizia que vários países devem sofrer novas taxações. Chamou a atenção o caso da China, em que Trump preferiu ser mais brando do que os seus vizinhos da América do Norte.
“Vamos impor tarifas ao Canadá e ao México por vários motivos. A primeira é a enorme quantidade de pessoas que entraram ilegalmente em nosso país. A segunda, as drogas como o fentanil que inundam nossas comunidades. E a terceira, os enormes subsídios que lhes damos na forma de deficit comercial”, disse, em coletiva de imprensa na Casa Branca.
As novas cobranças entram em vigor já neste sábado (1º), mas o governo deve impor uma janela de 28 dias para a regulamentação. “Vou colocar a tarifa de 25% no Canadá e separadamente 25% no México, e realmente teremos que fazer isso porque temos déficits muito grandes com esses países”, acrescentou o presidente recém-empossado.
Retaliação
Todos os países ameaçados por novas tarifas prometem retaliar a atitude dos Estados Unidos. A presidente do México, Cláudia Sheinbaum, destacou que também deve aumentar as tarifas para produtos fabricados nos EUA e que isso deve aumentar a inflação no país de Trump.
“Se houver tarifas dos EUA, o México também aumentaria as tarifas”, pontuou. “A posição do México não é fechar fronteiras, mas construir pontes entre governos e seus povos”, continuou.
A indústria automotiva mexicana é uma das que mais temem pelas novas tarifas, já que 25% do que é produzido no país é exportado para os EUA. Os analistas financeiros dizem que as novas tarifas podem zerar os lucros das empresas deste setor.
“Embora seja geralmente entendido que uma tarifa geral de 25% sobre quaisquer veículos ou conteúdo do México ou do Canadá possa ser disruptiva, os investidores subestimam o quão perturbador isso pode ser”, comentaram analistas da consultoria Barclays.
No Canadá, o primeiro-ministro Justin Trudeau pontuou que o país vai responder “com força e de forma imediata, mas razoável” às novas taxas. “Não é o queremos. Mas se ele faz, também vamos agir”, disse.
Barsi da Faria Lima faz o alerta: Selic em 2025 subirá a 'patamares esquecidos'
Fundo Verde, liderado por Luis Stuhlberger, já acumula valorização superior a 26.000% desde 1997 e revela estratégia de investimentos para este ano
Renda fixa isenta de IR está entre as captações favoritas das empresas em 2024
Emissão de debêntures e mercado secundário de renda fixa batem recordes entre janeiro e setembro, diz Anbima
3 REITs de data center que podem subir com o plano de Trump, segundo Wall Street
Presidente eleito dos Estados Unidos anuncia US$ 20 bilhões em investimentos para construir novos data centers no país
Quais tipos de renda fixa ganham e perdem com a eleição de Trump?
Renda fixa em dólar pode ganhar mais fôlego com juros futuros em alta. Aqui no Brasil, a preferência é por títulos pós-fixados
Tesouro Direto sobe mais de 1% em apenas 1 dia com agito das eleições nos EUA
Juros compostos caem e preços dos títulos saltam na marcação a mercado aqui no Brasil, com ligeira vantagem de Kamala Harris contra Donald Trump
Poupança renderá mais com Selic a 10,75%? Cuidado com o mico
Rentabilidade da caderneta de poupança pode ficar travada pelos próximos cinco anos
Renda fixa isenta bate recorde em 2024 e só em novembro já são R$ 2,2 bi com pessoas físicas
Anbima revela que debêntures e CRIs foram os grandes responsáveis para que empresas captassem pico de R$ 677,3 bilhões nos últimos 11 meses
FI-Infra: Qual pagador de dividendos mensais está mais acima do Tesouro Direto?
Fundos de infraestrutura investem o dinheiro dos cotistas em debêntures, que estão pagando bem mais que a renda fixa do governo