Tim (TIMS3) encerra disputa com C6, mas coloca R$ 520 milhões no bolso

Empresas tem parceria desde 2020 para fidelização mútua de clientes

Publicado em 11/02/2025 às 11:17h - Atualizado 9 dias atrás Publicado em 11/02/2025 às 11:17h Atualizado 9 dias atrás por Wesley Santana

Fim da parceria deve ser aprovada por órgãos reguladores (Imagem: Divulgação)

A Tim informou nesta terça-feira (11) que está encerrando uma disputa judicial que tinha contra o C6 Bank. Havia quatro processos arbitrais em andamento que discutiam a parceria entre as duas companhias.

📱 Há cinco anos, as empresas fecharam um acordo que previa uma participação minoritária no banco digital em troca da oferta de clientes. Com isso, a companhia de telefonia diz ter alcançado uma receita de R$ 280 milhões.

As especulações sobre o fim da parceria são feitas há pelo menos quatro anos, quando a Tim teria dado o primeiro não ao banco digital. Com o sucesso do acordo e o formato em que foi proposto, a operadora poderia atingir até 14,5% do capital social, o que não era bem visto pela cúpula do C6.

Para chegar a um acordo e finalizar as disputas judiciais, as empresas acordaram em transferir a totalidade das ações detidas pela Tim para o banco. Além disso, todos os bônus de subscrição em circulação, estes no valor de R$ 520 milhões.

O trato agora depende de análise da Autoridade Monetária das Ilhas Cayman, local onde a fintech está sediada. Caso haja aprovação, o acordo será encerrado definitivamente.

A parceria entre Tim e C6 teve início em 2020, quando foi estabelecido que os clientes da operadora que usassem o serviço do banco ganharIam bônus. Segundo as empresas, nos primeiros meses de operação, o acordo resultou em que 3 milhões de pessoas abrissem contas no C6.

“A combinação de serviços financeiros com telefonia produziu efeitos positivos em outras áreas do negócio da Tim, como, por exemplo, no aumento da fidelização de clientes, aumento da digitalização na compra de recargas e no pagamento de faturas”, destacou a operadora em nota.

O assunto ganhou novos contornos depois que o JP Morgan comprou 40% do C6 e fez o valor de mercado do banco saltar no mercado global. Naquela época, o banco brasileiro ficou avaliado em US$ 5 bilhões (cerca de R$ 25 bi no dólar da ocasião).

O C6 é um dos maiores bancos digitais do país, com uma cartela de clientes que passa de 30 milhões de pessoas. A empresa diz oferecer um portfólio de 90 produtos e serviços, como conta corrente, investimentos e conta em moeda estrangeira.