Tesouro Direto sobe 1% após payroll selar cortes de juros nos EUA
Todavia, recuos nas taxas oferecidas pela renda fixa brasileira são modestos diante de temores de recessão.

As taxas no Tesouro Direto caíram nesta sexta-feira (5), liberando ganhos de até +1% com marcação a mercado, dado que os números do payroll de agosto mostraram que a criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos está fraca, ou seja, abrindo espaço para cortes de juros pelo Federal Reserve.
Só que as taxas oferecidas pela renda fixa do governo brasileiro ainda continuam elevadas, sobretudo nos vencimentos de longo prazo, que pouco recuaram, apesar de cortes nos juros americanos abrirem espaço para rendimentos menores aqui no Brasil também.
Prova disso é que o Tesouro IPCA+ 2050 viu a sua remuneração ceder apenas de IPCA+ 7,15% ao ano na véspera para os atuais IPCA+ 7,11% ao ano, o que, em compensação, levou o seu preço unitário a avançar de R$ 819,19 para R$ 826,93. Ou seja, houve uma valorização de quase +1% em apenas um dia.
Diferentemente da repercussão acentuadamente positiva na renda variável brasileira, já que o Ibovespa renovou recorde acima dos 143 mil pontos, o Tesouro Direto teve o seu potencial de lucro com marcação limitado pelo risco de recessão econômica nos EUA revelado pelos dados revisados do payroll.
Em agosto, foram criados apenas 22 mil postos de trabalho ao cidadão urbano dos EUA, bem abaixo das 75 mil vagas projetadas por economistas, e subindo a taxa de desemprego para 4,2%, conforme dados divulgados pelo Departamento de Estatísticas de Trabalho. A revisão do payroll em junho marcou o primeiro registro de perdas de postos de trabalho nos EUA desde o período pandêmico.
Para Rafael Passos, analista da gestora Ajax Asset, essa surpresa negativa nos indicadores econômicos reforça a percepção de desaceleração no mercado de trabalho americano e explica o porquê das taxas de longo prazo da renda fixa seguirem elevadas.
"A fraqueza econômica nos EUA, confirmada pelo mais recente payroll, reforça uma queda de juros já em setembro por parte do Fed. O ritmo dessa desaceleração, contudo, será essencial: quanto mais forte for a desaceleração, maior a chance de o mercado precificar um ciclo de cortes mais agressivo e mais rápido", explica o especialista.
Acompanhe a seguir os preços e as rentabilidades dos títulos públicos no Tesouro Direto na tarde do dia 5 de setembro de 2025:
Títulos pré-fixados
- Tesouro Prefixado 2028 = Aporte mínimo de R$ 7,49 (Rentabilidade: 13,30% ao ano)
- Tesouro Prefixado 2032 = Aporte mínimo de R$ 4,41 (Rentabilidade: 13,88% ao ano)
- Tesouro Prefixado com juros semestrais 2035 = Aporte mínimo de R$ 8,23 (Rentabilidade: 14,02% ao ano)
Títulos pós-fixados
- Tesouro Selic 2028 = Aporte mínimo de R$ 172,65 (Rentabilidade: Selic + 0,0500% ao ano)
- Tesouro Selic 2031 = Aporte mínimo de R$ 171,87 (Rentabilidade: Selic + 0,1055% ao ano)
Títulos indexados à Inflação
- Tesouro IPCA+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 34,45 (Rentabilidade: IPCA + 7,81% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 15,85 (Rentabilidade: IPCA + 7,33% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 8,32 (Rentabilidade: IPCA + 7,08% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2035 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 41,52 (Rentabilidade: IPCA + 7,61% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2045 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 40,03 (Rentabilidade: IPCA + 7,39% ao ano)
- Tesouro IPCA+ 2060 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 38,50 (Rentabilidade: IPCA + 7,29% ao ano)
Títulos para aposentadoria extra
- Tesouro Renda+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 17,91 (Rentabilidade: IPCA + 7,39% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 12,84 (Rentabilidade: IPCA + 7,26% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 9,21 (Rentabilidade: IPCA + 7,18% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2045 = Aporte mínimo de R$ 6,59 (Rentabilidade: IPCA + 7,13% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 4,70 (Rentabilidade: IPCA + 7,11% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2055 = Aporte mínimo de R$ 3,31 (Rentabilidade: IPCA + 7,12% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2060 = Aporte mínimo de R$ 2,36 (Rentabilidade: IPCA + 7,15% ao ano)
- Tesouro Renda+ 2065 = Aporte mínimo de R$ 1,68 (Rentabilidade: IPCA + 7,16% ao ano)
Títulos para custear estudos
- Tesouro Educa+ 2026 = Aporte mínimo de R$ 36,72 (Rentabilidade: IPCA + 8,06% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2027 = Aporte mínimo de R$ 34,19 (Rentabilidade: IPCA + 7,90% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2028 = Aporte mínimo de R$ 31,85 (Rentabilidade: IPCA + 7,79% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 29,67 (Rentabilidade: IPCA + 7,72% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 27,63 (Rentabilidade: IPCA + 7,67% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2031 = Aporte mínimo de R$ 25,76 (Rentabilidade: IPCA + 7,62% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2032 = Aporte mínimo de R$ 24,06 (Rentabilidade: IPCA + 7,56% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2033 = Aporte mínimo de R$ 22,52 (Rentabilidade: IPCA + 7,49% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2034 = Aporte mínimo de R$ 21,07 (Rentabilidade: IPCA + 7,44% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 19,73 (Rentabilidade: IPCA + 7,39% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2036 = Aporte mínimo de R$ 16,46 (Rentabilidade: IPCA + 7,35% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2037 = Aporte mínimo de R$ 17,27 (Rentabilidade: IPCA + 7,32% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2038 = Aporte mínimo de R$ 16,16 (Rentabilidade: IPCA + 7,29% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2039 = Aporte mínimo de R$ 15,11 (Rentabilidade: IPCA + 7,27% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 14,11 (Rentabilidade: IPCA + 7,26% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2041 = Aporte mínimo de R$ 13,19 (Rentabilidade: IPCA + 7,25% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2042 = Aporte mínimo de R$ 12,34 (Rentabilidade: IPCA + 7,23% ao ano)
- Tesouro Educa+ 2043 = Aporte mínimo de R$ 11,54 (Rentabilidade: IPCA + 7,22% ao ano)

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