Taxas do Tesouro Direto saltam ao maior patamar da renda fixa desde junho

Juros compostos dos títulos públicos indexados à inflação voltam a ficar acima de IPCA+ 7% ao ano no longo prazo.

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Publicado em 21/08/2025 às 16:06h - Atualizado 11 horas atrás Publicado em 21/08/2025 às 16:06h Atualizado 11 horas atrás por Lucas Simões
Prejuízo com marcação a mercado chega a quase −7% em apenas um mês (Imagem: Shutterstock)
Prejuízo com marcação a mercado chega a quase −7% em apenas um mês (Imagem: Shutterstock)

As taxas oferecidas no Tesouro Direto nesta quinta-feira (21) acumulavam mais um dia de altas à renda fixa, com destaque para os títulos públicos indexados à inflação de longo prazo que bateram as máximas de remuneração ao investidor que empresta dinheiro ao governo brasileiro, embora prejuízos com marcação a mercado cheguem a −7% nos últimos 30 dias.

Isso porque o Tesouro IPCA+ 2050 viu o juro real saltar para 7,07% ao ano hoje, patamar não visto desde o início de junho. Em compensação, o preço unitário do título de renda fixa desabou no período de R$ 891,71 para os atuais R$ 832,75.

Além da insegurança jurídica desencadeada pelas tensões entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Lei Magnitsky, outro fator também contribui para os juros compostos voltarem a subir forte no Tesouro Direito.

Já que nos Estados Unidos, os rendimentos dos títulos do governo subiam, com o título de 10 anos pagando remuneração de Dólar+ Taxa Prefixada de 4,33% ao ano, dado que os investidores globais fazem pressão antes do discurso anual de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, no Simpósio de Jackson Hole na manhã de sexta-feira.

As apostas para a próxima decisão de juros nos EUA em setembro também fazem preço nos investimentos da renda fixa brasileira. No momento, cerca de 80% dos contratos negociados por traders na ferramenta FedWatch cravam a redução dos juros americanos.

No Tesouro Direto, as taxas prefixadas acompanham da mesma forma a tendência positiva dos juros futuros aqui no Brasil, com investidores encontrando oportunidades de travar o seu dinheiro com ganhos ao redor de 14% ao ano, com risco soberano de dívida.

Acompanhe a seguir os preços e as rentabilidades dos títulos públicos no Tesouro Direto na tarde do dia 21 de agosto de 2025:

Títulos pré-fixados

  • Tesouro Prefixado 2028 = Aporte mínimo de R$ 7,44 (Rentabilidade: 13,41% ao ano)
  • Tesouro Prefixado 2032 = Aporte mínimo de R$ 4,37 (Rentabilidade: 13,97% ao ano)
  • Tesouro Prefixado com juros semestrais 2035 = Aporte mínimo de R$ 8,16 (Rentabilidade: 14,10% ao ano)

Títulos pós-fixados

  • Tesouro Selic 2028 = Aporte mínimo de R$ 171,79 (Rentabilidade: Selic + 0,0500% ao ano)
  • Tesouro Selic 2031 = Aporte mínimo de R$ 171,02 (Rentabilidade: Selic + 0,1051% ao ano)

Títulos indexados à Inflação

  • Tesouro IPCA+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 34,36 (Rentabilidade: IPCA + 7,86% ao ano)
  • Tesouro IPCA+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 16,31 (Rentabilidade: IPCA + 7,19% ao ano)
  • Tesouro IPCA+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 8,49 (Rentabilidade: IPCA + 7,07% ao ano)
  • Tesouro IPCA+ 2035 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 41,51 (Rentabilidade: IPCA + 7,58% ao ano)
  • Tesouro IPCA+ 2045 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 40,16 (Rentabilidade: IPCA + 7,34% ao ano)
  • Tesouro IPCA+ 2060 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 38,57 (Rentabilidade: IPCA + 7,26% ao ano)

Títulos para aposentadoria extra

  • Tesouro Renda+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 17,94 (Rentabilidade: IPCA + 7,33% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 12,90 (Rentabilidade: IPCA + 7,19% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 9,25 (Rentabilidade: IPCA + 7,13% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2045 = Aporte mínimo de R$ 6,62 (Rentabilidade: IPCA + 7,10% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 4,72 (Rentabilidade: IPCA + 7,09% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2055 = Aporte mínimo de R$ 3,34 (Rentabilidade: IPCA + 7,10% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2060 = Aporte mínimo de R$ 2,36 (Rentabilidade: IPCA + 7,12% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2065 = Aporte mínimo de R$ 1,67 (Rentabilidade: IPCA + 7,12% ao ano)

Títulos para custear estudos

  • Tesouro Educa+ 2026 = Aporte mínimo de R$ 36,54 (Rentabilidade: IPCA + 8,19% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2027 = Aporte mínimo de R$ 34,04 (Rentabilidade: IPCA + 7,98% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2028 = Aporte mínimo de R$ 31,73 (Rentabilidade: IPCA + 7,84% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 29,56 (Rentabilidade: IPCA + 7,76% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 27,54 (Rentabilidade: IPCA + 7,70% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2031 = Aporte mínimo de R$ 25,71 (Rentabilidade: IPCA + 7,63% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2032 = Aporte mínimo de R$ 24,05 (Rentabilidade: IPCA + 7,55% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2033 = Aporte mínimo de R$ 22,51 (Rentabilidade: IPCA + 7,48% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2034 = Aporte mínimo de R$ 21,12 (Rentabilidade: IPCA + 7,40% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 19,81 (Rentabilidade: IPCA + 7,34% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2036 = Aporte mínimo de R$ 16,57 (Rentabilidade: IPCA + 7,29% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2037 = Aporte mínimo de R$ 17,40 (Rentabilidade: IPCA + 7,25% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2038 = Aporte mínimo de R$ 16,30 (Rentabilidade: IPCA + 7,22% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2039 = Aporte mínimo de R$ 15,22 (Rentabilidade: IPCA + 7,21% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 14,23 (Rentabilidade: IPCA + 7,20% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2041 = Aporte mínimo de R$ 13,28 (Rentabilidade: IPCA + 7,20% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2042 = Aporte mínimo de R$ 12,39 (Rentabilidade: IPCA + 7,20% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2043 = Aporte mínimo de R$ 11,61 (Rentabilidade: IPCA + 7,18% ao ano)