Tarifas, impostos e prévia do PIB movimentam a semana do mercado
Enquanto EUA e China trocam ameaças tarifárias, Brasil busca alternativa à MP dos Impostos.

O temor de uma nova guerra comercial entre Estados Unidos e China voltou a assombrar os mercados na sexta-feira (10) e deve continuar afetando os ativos financeiros nos próximos dias.
💲 No Brasil, os investidores também acompanham de perto a tentativa do governo de chegar a uma alternativa à MP (Medida Provisória) que mudava os impostos cobrados sobre investimentos, bets e fintechs e foi derrubada pelo Congresso Nacional.
Além disso, dados sobre a atividade econômica brasileira serão divulgados nos próximos dias, como a prévia do PIB (Produto Interno Bruto). Veja o que vai movimentar a semana do mercado:
Guerra comercial
A China anunciou na quinta-feira (9) controles sobre a exportação de terras raras, minerais essenciais para a fabricação de veículos elétricos e chips.
🗣️ O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não gostou e reagiu, prometendo impor uma tarifa adicional de 100% sobre os produtos chineses e controles de exportação sobre todos os softwares críticos produzidos nos Estados Unidos a partir de 1º de novembro.
O temor de uma guerra comercial derrubou os mercados globais na sexta-feira (10). Ainda assim, a China indicou que não vai recuar.
No domingo (12), um porta-voz do Ministério do Comércio da China disse que o país pode responder às novas tarifas americanas com medidas firmes, porque "não quer uma guerra comercial, mas não tem medo de uma".
Trump até tentou conter a escalada das tensões, dizendo nas redes sociais que não era preciso se preocupar com a China, porque tudo ia ficar bem.
"O respeitadíssimo oresidente Xi acaba de passar por um momento ruim. Ele não quer uma depressão para o seu país, e eu também não. Os EUA querem ajudar a China, não prejudicá-la", disse Trump.
Ainda assim, o mercado deve continuar de olho nas movimentações dos dois países nesta semana, o que pode causar novas turbulências nas bolsas.
MP dos impostos
📊 No Brasil, os investidores também seguem de olho na tentativa do governo federal de fechar as contas do próximo ano.
O Congresso Nacional derrubou na semana passada a medida provisória que prometia aumentar a arrecadação federal, por meio da mudança na tabela de tributação dos investimentos e do aumento dos impostos cobrados a bets e fintechs.
O governo busca, então, uma forma de compensar essa derrota. Tanto que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou a viagem que faria para os Estados Unidos para discutir o assunto.
Na mesa do Executivo, já há alternativas como a taxação das fintechs, o bloqueio de emendas parlamentares e um novo aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Contudo, a decisão sobre o assunto deve sair só a partir de quarta-feira (15), quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) volta de viagem à Itália e deve reunir os ministros para tratar da questão.
Dados econômicos
A semana ainda trará uma série de dados sobre a atividade econômica brasileira.
🏦 Como de costume, o Boletim Focus abre a semana, com as projeções do mercado para os principais indicadores da economia nacional.
A expectativa é de que os analistas cortem novamente a expectativa de inflação de 2025, já que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) veio abaixo do esperado em setembro.
Depois disso, o destaque fica com os dados dos setores de serviços e comércio, que serão divulgados na terça (14) e na quarta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), respectivamente.
Já na quinta-feira (16), o BC (Banco Central) divulga o IBC-BR (Índice de Atividade Econômica) de setembro, que é considerado uma prévia do PIB.

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