Startup promete transformar ar e energia em gás natural por apenas R$ 12

Custo representa metade do usado para criar hidrogênio verde

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Publicado em 01/04/2024 às 18:33h - Atualizado 4 meses atrás Publicado em 01/04/2024 às 18:33h Atualizado 4 meses atrás por Wesley Santana
Terraform já conseguiu fechar acordo com duas concessionárias de energia. Foto: Divulgação
Terraform já conseguiu fechar acordo com duas concessionárias de energia. Foto: Divulgação

A startup norte-americana Terraform prometeu um feito inusitado: transformar oxigênio e eletricidade em gás natural sintético.

O primeiro passo para este projeto foi dado nesta segunda-feira (1), com o anúncio da compra de um transformador. O equipamento tem a medida de dois contêiners e é dividido em três subsistemas.

Segundo a empresa, há um capturador, que recebe o CO²; um eletrolisador, usado para converter energia solar em hidrogênio; e um reator químico, que ingere os dois elementos e os transforma em gás natural sintético.

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Em entrevista ao portal norte-americano TechCrunch, o CEO da Terraform, Casey Hadmer destaca que o processo não é “super original”, uma vez que o uso de parte dessa tecnologia já acontece. No entanto, a inovação foi construir um sistema capaz de juntar tudo isso e cria uma fonte de energia variável -nesse caso, a solar.

A empresa com sede na Califórnia promete uma redução de custos que impressiona alguns especialistas. Com este processo, cada quilo de gás vai custar menos de US$ 2,50 (cerca de R$ 12). Para se ter ideia, atualmente, a produção do hidrogênio verde é pelo menos o dobro disso.

“Muitas das ideias criadas para lidar com as mudanças climáticas não visam o lucro, já que não ganham dinheiro. Na verdade, até consomem mais do que ganham”, disse Casey. “Se você descobrir alguma maneira de ganhar mais dinheiro do que usa, então você está dentro da tenda do capitalismo”, disse.

A startup já conseguiu vender sua ideia para duas concessionárias de energia, que pediram anonimato, embora este seja ainda um volume baixo em vista da expectativa. “É um passo muito importante, porque mostra que produzimos um tipo de gás que atende aos padrões da indústria”, afirmou o executivo.