Shein é alvo de 'lei fast-fashion' na França

As varejistas asiáticas terão que pagar multa de US$ 11 para cada item vendido na França até 2030.

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Publicado em 15/03/2024 às 12:46h - Atualizado 1 mês atrás Publicado em 15/03/2024 às 12:46h Atualizado 1 mês atrás por Elanny Vlaxio
(Shutterstock)
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A Shein e outras varejistas asiáticas de fast fashion enfrentarão novas medidas restritivas. Com a proposta da "lei fast-fasion", cada varejista estará sujeita a uma multa de 10 euros (US$ 11) para cada item que venderem na França até 2030.

O PL (Projeto de Lei), aprovado pelos parlamentares franceses na quinta-feira (14), tem como objetivo reduzir o impacto ambiental e social da indústria da moda rápida. Inicialmente, o valor é de 5 euros para cada artigo da legislação.

Apesar de ser amplamente apoiado, o PL ainda precisa ser aprovado pela Câmara Alta do Parlamento. Se aprovado, a lei também irá proibir a publicidade de empresas de moda "efêmeras".

🛒 “A indústria têxtil é a mais poluente, representando 10% das emissões de gases com efeito de estufa”, apontou Anne-Cécile Violland, deputada do Horizons.

Segundo a lei, as varejistas utilizam materiais de baixo custo para produzir roupas, acessórios elegantes e sapatos, vendendo-as mais barato, mas em grandes volumes.

Antes da votação na França, o Parlamento Europeu adotou uma proposta que exigirá que os produtores que vendem têxteis no bloco cubram os custos de triagem, reciclagem e recolha dos mesmos, visando uma indústria mais sustentável.

Em defesa da Shein, um porta-voz afirmou ao "Nikkei Asia", após o debate parlamentar, que o projeto “penalizará desproporcionalmente os consumidores mais preocupados com os custos”.

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