2025 é o ano do ouro caro e do dólar barato; saiba o pódio dos investimentos
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O Copom (Comitê de Política Monetária) adotou um tom cauteloso ao manter a taxa Selic em 15% ao ano na sua última reunião de 2025. Com isso, o mercado passou a recalcular a rota para os juros em 2026.
💲 Diante da melhora do quadro inflacionário, parte expressiva do mercado via espaço para a Selic começar a cair já em janeiro do próximo ano. Contudo, essa aposta parece ter perdido força após o comunicado do Copom.
Estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz disse que o comunicado "deixou bastante claro que o Comitê não pretende mexer na taxa de juros em janeiro".
"O texto divulgado é praticamente idêntico ao anterior. Na minha visão, isso foi proposital, para evitar qualquer ruído de que janeiro estaria na mesa", afirmou.
Cruz espera, então, que a Selic seja mantida em 15% na próxima reunião do Copom, podendo começar a cair só a partir de março de 2026.
A XP também acredita que o Copom não está considerando qualquer mudança no curto prazo, sobretudo porque a sua avaliação do cenário econômico pouco se alterou em relação à reunião anterior.
"O Comitê manteve seu diagnóstico e a sua sinalização. Entendemos que isso deve esvaziar as apostas do mercado pelo início do ciclo de cortes de juros em janeiro", reforçou o economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management, Gino Olivares, para quem as condições necessárias para o corte de juros não estarão dadas antes de março.
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🏦 No comunicado, o Copom reconheceu que a atividade econômica e a inflação desaceleraram, mas ressaltou que a inflação segue acima da meta de 3% ao ano e que o mercado de trabalho ainda mostra resiliência.
"O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho", acrescentou.
O Copom voltou a dizer, então, que era preciso manter juros altos por um "período bastante prolongado" para assegurar a convergência da inflação à meta em um ambiente de expectativas desancoradas.
"O cenário atual, marcado por elevada incerteza, exige cautela na condução da política monetária. O Comitê avalia que a estratégia em curso, de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado, é adequada para assegurar a convergência da inflação à meta", concluiu.
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Para a XP, "os sinais sugerem que o Comitê não deve se apressar em flexibilizar a política monetária em resposta à melhora recente da inflação de curto prazo. Avanços adicionais, em especial nas expectativas de inflação, parecem ser necessários para assegurar a continuidade do processo desinflacionário".
A XP disse ainda que isso não ocorrerá a tempo da reunião de janeiro. Por isso, acredita que o Copom só vai começar a cortar os juros em março de 2026.
🔎 Já o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchéz, disse que os cortes podem ficar para abril.
Ele argumentou que a autoridade monetária pode optar por começar o ciclo de afrouxamento monetário só depois do que é precificado pelo mercado para tentar construir credibilidade.
Segundo o Boletim Focus, o consenso de mercado é de que a Selic comece a cair em março e termine o próximo ano em 12,25%.
Ainda de acordo com o relatório, os analistas projetam uma inflação de 4,16% em 2026 e 3,80% em 2027. Contudo, a meta de inflação é de 3% ao ano, com um intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%.
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Nem todos, no entanto, desistiram da ideia de que a Selic pode começar a cair já em janeiro de 2026.
A Monte Bravo Investimentos, por exemplo, reconhece que o Copom surpreendeu ao não flexibilizar o discurso no comunicado desta quarta-feira (10) e, assim, reduziu o espaço para o corte de juros no curto prazo.
Contudo, acredita que no início do ano as projeções do BC já vão apontar para uma inflação na meta. O atual horizonte relevante do Copom é o segundo trimestre de 2027 e a projeção do comitê para este período caiu de 3,3% para 3,2% nesta reunião.
"Nestas condições, o usual é iniciar o ciclo de cortes para evitar uma inflação abaixo da meta devido ao tempo excessivo com uma política monetária contracionista — arriscando um aumento desnecessário do desemprego", disse a Monte Bravo.
✂️ Diante disso, a casa mantém a aposta de um corte de juros em janeiro, mas reduziu o tamanho desse ajuste, de 0,50 para 0,25 ponto percentual.
A economista do BTG, Iana Ferrão, também entende que "um ajuste inicial de 25 pb em janeiro preserva a coerência com a manutenção de condições monetárias restritivas, ao mesmo tempo em que reduz o risco de uma resposta tardia por parte da autoridade monetária".
Ela explicou que o Copom tem dito que a decisão de janeiro depende dos dados que serão divulgados até lá e acredita que "as condições para o início da flexibilização estarão dadas em janeiro de 2026". Isso porque a expectativa é de uma desaceleração adicional da atividade econômica, além de moderação do mercado de trabalho e dos núcleos de inflação.
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