Renda fixa atrai 4 vezes mais investidores do que a renda variável na B3

Segundo a B3, 16,3 milhões de pessoas físicas investiam em ativos de renda fixa no 1º trimestre.

Author
Publicado em 17/05/2024 às 15:44h - Atualizado 3 meses atrás Publicado em 17/05/2024 às 15:44h Atualizado 3 meses atrás por Marina Barbosa
Tesouro Direto, CDBs e debêntures são alguns dos ativos de renda fixa disponíveis no mercado brasileiro (Shutterstock)
Tesouro Direto, CDBs e debêntures são alguns dos ativos de renda fixa disponíveis no mercado brasileiro (Shutterstock)

A renda fixa continua na mira dos brasileiros, apesar da redução da taxa Selic. De acordo com a B3 (B3SA3), o segmento contava com 16,3 milhões de investidores pessoa física no primeiro trimestre de 2024. É cerca de quatro vezes mais do que a renda variável.

💲 Enquanto 16,3 milhões de pessoas investiam em ativos de renda fixa, como CDBs, LCIs, LCAs, CRIs, CRAs, debêntures e títulos do Tesouro Direto; 5,1 milhões de investidores apostavam em produtos de renda variável, como ações, FIIs, ETFs e BDRs, no primeiro trimestre.

Dentre esses ativos, os captação bancária, como CDBs, LCIs, e LCAs, eram os mais comuns na carteira dos brasileiros. Segundo dados da B3, 16,1 milhões de pessoas aplicam em pelo menos um produto desse tipo. Já as ações estavam na carteira de 3,9 milhões de pessoas.

Veja o número de investidores por produto:

  • Captação bancária: 16,1 milhões;
  • Ações à vista: 3,9 milhões;
  • Tesouro Direto: 2,6 milhões;
  • Fundo imobiliário: 2,6 milhões;
  • BDR: 1,1 milhão;
  • Dívida corporativa (CRA, CRI, debêntures e notas comerciais): 755 mil.
  • ETF: 506 mil.

Apesar da redução da taxa de juros, a renda fixa continua oferecendo retornos atrativos para muitos investidores. Além disso, apresentam menor risco que o mercado acionário, que, por sinal, teve um primeiro trimestre de turbulência devido às incertezas sobre o rumo dos juros dos Estados Unidos, com o Ibovespa caindo 4,53%.

Ainda assim, o número de pessoas que investem em ações cresceu 11% na comparação com o mesmo período de 2023, segundo a B3. A maior parte dos outros ativos também ampliou a base de investidores, com destaque para a dívida corporativa, que saltou 32%. A exceção foi dos BDRs e dos ETFs. O número de pessoas físicas que investem em BDRs caiu quase pela metade (-46%), já o dos ETFs recuou 3%, segundo a B3.

Leia também: Brasileiros têm mais de R$ 1 trilhão em ativos no exterior

Base total de investidores

De acordo com a B3, só 30% dos investidores pessoa física têm apenas um ativo na carteira. A maior parte (39%) investe em mais de cinco ativos ao mesmo tempo.

Por isso, o número total de pessoas físicas que investem na bolsa brasileira alcançou 19,4 milhões, descontando as duplicidades, no primeiro trimestre de 2024. A base de investidores subiu 2% em relação ao mesmo período de 2023.

Valor de custódia

💰 O valor em custódia na B3 também cresceu, alcançando R$ 556,5 bilhões na renda variável (+27%) e R$ 2,2 trilhões na renda fixa (+24%).

O ADTV (volume médio diário negociado) do mercado de ações, no entanto, vem caindo há meses. No primeiro trimestre, o baque foi de 12% e pesou nos resultados da B3. A operadora da bolsa brasileira teve um lucro líquido recorrente de R$ 1,13 bilhão no período, 7,1% menor que o do mesmo trimestre de 2023.

B3SA3

B3
Cotação

R$ 9,82

Variação (12M)

-23,13 % Logo B3

Margem Líquida

41,48 %

DY

4.09%

P/L

12,63

P/VP

2,84